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13/09/2006 - 05h16

Polícia encontra 60 corpos com sinais de tortura em Bagdá

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da Folha Online

A polícia encontrou cerca de 60 corpos não identificados em vários pontos de Bagdá, muitos deles com sinais de tortura e execução, afirmaram fontes do Ministério do Interior nesta quarta-feira.

Vários corpos estavam amarrados, com sinais de espancamento e marcas de tiro na cabeça.

A descoberta mostra como os esquadrões da morte de grupos sectários continuam a agir na capital iraquiana, apesar do reforço na segurança adotado pelo governo.

No mesmo dia, as explosões de dois carros-bomba mataram pelo menos 11 pessoas e deixaram mais de 30 feridos nesta quarta-feira no bairro de Al Rasafa, região leste de Bagdá, segundo o Ministério do Interior.

Em outro ataque, pelo menos quatro pessoas foram feridas pela explosão de morteiros contra um centro de recrutamento perto do aeroporto de Muthana, no norte de Bagdá, onde, no domingo, um atentando suicida com carro-bomba havia matado 13 pessoas.

Líderes iraquianos e norte-americanos afirmam que a maior ameaça ao Iraque não vem mais da revolta de três anos de antigos aliados sunitas de Saddam Hussein, mas dos conflitos entre os sunitas e o grupo xiita majoritário no poder atual.

Violência

Um relatório da ONU distribuído na terça-feira (12) em Genebra denunciou a transformação do Iraque em um dos países mais violentos do mundo, com cerca de cem civis mortos e mais de 400 pessoas feridas diariamente.

O documento, elaborado pela Missão de Assistência da ONU para o Iraque (Unami) e enviado ao Conselho de Segurança (CS), assinala que o número de civis que morrem diariamente no país aumentou consideravelmente nos últimos meses.

Além disso, cerca de 14 mil civis ficam feridos a cada mês e, desde o ataque em Samarra, em 22 de fevereiro, cerca de 200 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas.

O relatório de 15 páginas mostra que a maior parte do país vem sendo vítima de ataques por parte de insurgentes, milicianos e terroristas, assim como de violações flagrantes dos direitos humanos.

Além disso, reitera que, apesar dos esforços do governo do Iraque para melhorar a segurança e a presença de forças multinacionais para treinar os agentes de segurança iraquianos, a situação do país não será resolvida por meio de soluções militares.

A Unami defende que grande parte das vítimas desses ataques e violações são mulheres, crianças e minorias, e sustenta que a intensificação das atividades das milícias é tanto causa como conseqüência do agravamento da insegurança e da multiplicação das violações dos direitos humanos fundamentais.

Com agências internacionais

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