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13/09/2006 - 17h54

Ministros palestinos abrem caminho para formação de novo governo

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da Efe, em Gaza

Os ministros do governo palestino entregaram nesta quarta-feira suas pastas ao primeiro-ministro Ismail Haniyeh, em um ato simbólico com o qual expressaram sua disposição em colaborar com a formação de um governo de união nacional.

"Todos os ministros transferiram suas pastas ministeriais à responsabilidade do primeiro-ministro, em uma tentativa de deixar o caminho livre para a formação de um governo de união nacional", informou o movimento islâmico Hamas, em uma nota divulgada à imprensa em Gaza.

Ghazi Hamad, porta-voz do governo palestino, disse que, desta forma, os ministros põem seus cargos à disposição de Haniyeh.

Especialistas locais afirmaram que a medida tem como objetivo a formação de um Executivo de união nacional.

Segundo Hamad, "não se trata da renúncia dos ministros".

"A única coisa que foi feita foi a devolução da responsabilidade à Haniyeh, para que aja como considerar apropriado", afirmou o porta-voz.

A renúncia do atual Conselho de Ministros, formado em março, seria o primeiro passo rumo à constituição de um governo de união nacional liderado pelos movimentos Hamas e Fatah.

A isso deve seguir-se a renúncia do próprio Haniyeh, que já tem a promessa do presidente palestino, Mahmoud Abbas, de que liderará o próximo governo.

"Não é segredo para ninguém que Ismail Haniyeh é o candidato para a liderança do novo governo", disse hoje Abbas, em Ramallah.

O novo executivo terá como base os princípios da Iniciativa Saudita de paz de 2002, assim como o Documento dos Prisioneiros, apresentado deste ano, o que envolveria pela primeira vez o reconhecimento implícito do Estado de Israel pelo Hamas.

O objetivo dos governantes é restabelecer a ajuda internacional aos palestinos, que foi suspensa quando o Hamas chegou ao poder, em março.

O Quarteto de Madri (União Européia, Estados Unidos, Rússia e a ONU) exige que o Hamas aceite os acordos de paz assinados e o cessar-fogo.

Abbas afirmou que a ANP está preparada "para negociações sérias com Israel, para alcançar uma paz global e justa e pôr fim à ocupação e ao sofrimento do povo palestino".

Segundo o presidente palestino, a formação do novo Executivo de união nacional "respeitará os acordos que foram assinados entre a OLP [Organização pela Libertação da Palestina] e Israel".
 

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