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19/09/2006
-
08h49
da Efe, em Nova York
Com uma série de reuniões bilaterais, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deu início às suas atividades relacionadas à 61ª Assembléia Geral da ONU, onde defenderá a democracia no Oriente Médio e chamará a atenção para o programa nuclear do Irã.
Bush, segundo o conselheiro de Segurança Nacional, Stephen Hadley, irá enfatizar os avanços conquistados nos processos democráticos levados a cabo no Afeganistão, no Líbano e no Iraque, e pedir apoio a esses países, com o argumento de que a democratização deve ser a resposta à violência terrorista.
No entanto, ele se deparará com uma audiência, no mínimo, cética. Hoje, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, apontou para o "grave perigo" de uma guerra civil no Iraque caso a atual onda de violência continue.
O presidente americano também pretende aproveitar seu discurso para atacar o programa nuclear do Irã e insistir na necessidade de sanções da ONU ao país caso ele não suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio.
O programa nuclear iraniano será objeto esta semana de vários contatos diplomáticos.
O próprio Bush falará do assunto em uma conversa bilateral com seu colega francês, JacquesChirac, enquanto a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, discutirá o tema em um jantar com os ministros de Assuntos Exteriores de Rússia, China, Itália, Alemanha, França e Reino Unido.
UE
O alto representante de Política Externa e Segurança Comum da União Européia (UE), Javier Solana, deverá voltar a se encontrar esta semana com o negociador iraniano, Ali Larijani.
O objetivo é conseguir que o Irã suspenda seu enriquecimento de urânio para que as conversas multilaterais entre o país e a UE, às quais os EUA se incorporariam, possam prosseguir.
Hadley abriu hoje uma porta para o Irã ao dizer que os EUA estão dispostos a aceitar uma suspensão temporária dessas atividades nucleares.
"Falamos de uma suspensão verificável, para que as negociações possam acontecer. Um dos temas nas negociações seria o que ocorre com o programa de enriquecimento a longo prazo", afirmou o conselheiro de Segurança Nacional.
A Casa Branca deixou claro que não haverá nenhum tipo de reunião entre Bush e o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que também estará presente amanhã na Assembléia Geral. O governante americano sequer estará presente durante o discurso do líder iraniano.
Reunião
Bush aproveitou o dia de ontem para se reunir com governantes dos três continentes e obter uma panorama geral da situação mundial.
Na reunião com o presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete, o governante americano tratou do processo eleitoral na República Democrática do Congo e da situação no Burundi e no Quênia, entre outros assuntos, de acordo com a Casa Branca.
Com o primeiro-ministro da Malásia, Abdullah Ahmed Badawi, Bush abordou a situação no sudeste asiático e nos países muçulmanos. Ambos também falaram da polêmica gerada por um discurso do papa Bento 16, que feriu a sensibilidade dos muçulmanos.
Bush afirmou a Badawi que, a seu parecer, o papa "era sincero nas desculpas" que pediu aos muçulmanos, explicou o diretor para a Ásia do Conselho de Segurança Nacional, Dennis Wilder.
Sudão
Além do Irã, Bush também deve voltar sua atenção à situação na região sudanesa de Darfur e nos territórios palestinos.
Na quarta-feira, Bush se reunirá com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que tenta chegar a um acordo com o grupo radical Hamas para a formação de um Governo de unidade nacional.
"Apoiamos as vozes da moderação. Evidentemente, o presidente Abbas é uma. Está comprometido com a paz, trabalhamos com ele e seguiremos colaborando com ele. Por isso o presidente o verá", afirmou Hadley.
Discurso de Bush na ONU será centrado em Irã e Oriente Médio
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Com uma série de reuniões bilaterais, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deu início às suas atividades relacionadas à 61ª Assembléia Geral da ONU, onde defenderá a democracia no Oriente Médio e chamará a atenção para o programa nuclear do Irã.
Bush, segundo o conselheiro de Segurança Nacional, Stephen Hadley, irá enfatizar os avanços conquistados nos processos democráticos levados a cabo no Afeganistão, no Líbano e no Iraque, e pedir apoio a esses países, com o argumento de que a democratização deve ser a resposta à violência terrorista.
No entanto, ele se deparará com uma audiência, no mínimo, cética. Hoje, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, apontou para o "grave perigo" de uma guerra civil no Iraque caso a atual onda de violência continue.
O presidente americano também pretende aproveitar seu discurso para atacar o programa nuclear do Irã e insistir na necessidade de sanções da ONU ao país caso ele não suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio.
O programa nuclear iraniano será objeto esta semana de vários contatos diplomáticos.
O próprio Bush falará do assunto em uma conversa bilateral com seu colega francês, JacquesChirac, enquanto a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, discutirá o tema em um jantar com os ministros de Assuntos Exteriores de Rússia, China, Itália, Alemanha, França e Reino Unido.
UE
O alto representante de Política Externa e Segurança Comum da União Européia (UE), Javier Solana, deverá voltar a se encontrar esta semana com o negociador iraniano, Ali Larijani.
O objetivo é conseguir que o Irã suspenda seu enriquecimento de urânio para que as conversas multilaterais entre o país e a UE, às quais os EUA se incorporariam, possam prosseguir.
Hadley abriu hoje uma porta para o Irã ao dizer que os EUA estão dispostos a aceitar uma suspensão temporária dessas atividades nucleares.
"Falamos de uma suspensão verificável, para que as negociações possam acontecer. Um dos temas nas negociações seria o que ocorre com o programa de enriquecimento a longo prazo", afirmou o conselheiro de Segurança Nacional.
A Casa Branca deixou claro que não haverá nenhum tipo de reunião entre Bush e o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que também estará presente amanhã na Assembléia Geral. O governante americano sequer estará presente durante o discurso do líder iraniano.
Reunião
Bush aproveitou o dia de ontem para se reunir com governantes dos três continentes e obter uma panorama geral da situação mundial.
Na reunião com o presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete, o governante americano tratou do processo eleitoral na República Democrática do Congo e da situação no Burundi e no Quênia, entre outros assuntos, de acordo com a Casa Branca.
Com o primeiro-ministro da Malásia, Abdullah Ahmed Badawi, Bush abordou a situação no sudeste asiático e nos países muçulmanos. Ambos também falaram da polêmica gerada por um discurso do papa Bento 16, que feriu a sensibilidade dos muçulmanos.
Bush afirmou a Badawi que, a seu parecer, o papa "era sincero nas desculpas" que pediu aos muçulmanos, explicou o diretor para a Ásia do Conselho de Segurança Nacional, Dennis Wilder.
Sudão
Além do Irã, Bush também deve voltar sua atenção à situação na região sudanesa de Darfur e nos territórios palestinos.
Na quarta-feira, Bush se reunirá com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que tenta chegar a um acordo com o grupo radical Hamas para a formação de um Governo de unidade nacional.
"Apoiamos as vozes da moderação. Evidentemente, o presidente Abbas é uma. Está comprometido com a paz, trabalhamos com ele e seguiremos colaborando com ele. Por isso o presidente o verá", afirmou Hadley.
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