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20/09/2006 - 04h42

Shinzo Abe deve se tornar o novo primeiro-ministro do Japão

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da Efe, em Tóquio

O ministro porta-voz do governo japonês, Shinzo Abe, foi eleito o novo presidente do PLD (Partido Liberal-Democrata) e deve assumir também o cargo o primeiro-ministro do Japão, já que o partido tem ampla maioria no Parlamento.

Abe foi eleito nas eleições internas desta quarta-feira, em que derrotou outros dois candidatos, o ministro de Relações Exteriores, Taro Aso, e o de Finanças, Sadakazu Tanigaki. No dia 26 de setembro, o Legislativo vai confirmar o nome do sucessor do atual primeiro-ministro, Junichiro Koizumi.

Abe, que faz 52 anos amanhã, é um político conservador, considerado um dos "falcões" do Governo de Koizumi. O novo presidente do PLD é neto de um primeiro-ministro e filho de um chanceler. Abe será o primeiro chefe do Executivo nascido no pós-guerra.

Entre suas metas para a direção do Governo está a mudança da atual Constituição pacifista do país, promulgada em 1947 pelos Estados Unidos, e a melhora das relações com a China e Coréia do Sul, muito deterioradas no último ano de poder de Koizumi. "Se reunir todo o apoio possível, serei capaz de formar um Gabinete forte", disse hoje Abe à imprensa.

Em suas declarações, Abe também prometeu reformar "o velho PLD", para evitar as lutas entre facções, um mal endêmico que provocou no ano passado a dissolução do governo e do Parlamento e a realização de eleições antecipadas, vencidas por Koizumi.

A direção do PLD é ligada ao cargo de primeiro-ministro há mais de meio século. O partido só não governou Japão, por 11 meses, entre 1993 e 1994.

Abe contava com o apoio da maior parte das facções do PLD. Ele recebeu 464 dos 703 votos dos militantes e deputados do PLD, contra 163 de Aso, 102 de Tanigaki e um voto cancelado. Para ser eleito, ele precisava da maioria dos 703 votos, que somam os 403 de parlamentares do PLD e os 300 de representantes locais dos 1,06 milhão de filiados.

Ao fim da votação, Abe agradeceu aos militantes do PLD e ressaltou seu respeito por Aso e Tanigaki. Depois, falou da "grande magnitude" do trabalho que tem pela frente, chefiando o PLD e o Governo. Ele destacou seu compromisso com as reformas iniciadas por seus antecessores.

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