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26/09/2006 - 16h02

Bush nega que Guerra do Iraque aumente risco de terror

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da Folha Online

O presidente americano, George W. Bush, afirmou hoje que é um "erro ingênuo" achar que a Guerra no Iraque piora a questão do terrorismo, apesar de um relatório da inteligência americana, que teve trechos divulgados no domingo (24), apontar o contrário.

"Alguns interpretaram mal o que diz o relatório e concluíram que [o documento diz] que invadir o Iraque foi um erro. Eu discordo totalmente", disse Bush. Segundo ele, alguns trechos vazaram do documento por "motivos políticos", referindo-se às eleições de 7 de novembro.

AP
O presidente dos EUA, George W. Bush (à dir.), ao lado do líder afegão, Hamid Karzai
Bush deu as declarações durante uma coletiva na Casa Branca ao lado do presidente afegão, Hamid Karzai. Democratas utilizaram o relatório para criticar a política de Bush no Iraque. O governo afirma que as partes do documento que vazaram "não contam toda a história".

O relatório secreto traz a primeira avaliação conjunta das 16 agências de inteligência americanas sobre a guerra contra o terror desde março de 2003, quando o conflito começou.

Partes do documento que vazou sugerem que a ameaça do terrorismo cresceu desde os ataques de 11 de Setembro e da Guerra do Afeganistão, e também do conflito no Iraque.

O texto menciona a Guerra no Iraque como uma das razões para a expansão da ideologia islâmica radical no mundo e diz que, por causa da invasão, uma nova geração de células terroristas que não têm laços diretos com o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, surgiu.

Tortura

Na semana passada, um segundo relatório divulgado pela ONU, citando evidências de graves torturas, mostrou que o Iraque se transformou no lugar mais mortífero dos último tempos.

Segundo o documento da organização, 6.599 iraquianos morreram de forma violenta nos dois últimos meses, 700 a mais que as mortes registradas nos dois meses anteriores.

De acordo com o chefe da ONU (Organização das Nações Unidas) do setor antitortura, Manfred Nowak, os resultados apresentados mostram que talvez a questão da tortura no país esteja pior neste momento que à época do regime de Saddam Hussein, deposto em 2003 pelos EUA.

Muitas das vítimas foram torturadas e assassinadas por esquadrões da morte na sangrenta violência sectária que atinge o Iraque. Os confrontos entre xiitas e sunitas tiveram início em fevereiro deste ano, após um importante mausoléu xiita ser atacado e parcialmente destruído em Samarra, ao norte de Bagdá.

Ramadã

O início oficial do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, nesta segunda-feira, foi pontuado por focos de violência por todo o Iraque, incluindo-se um ataque a uma delegacia de polícia e o descobrimento de aparentes vítimas de ataques sectaristas na capital.

Um policial foi morto e seis ficaram feridos quando a delegacia de Musayyib, a cerca de 60 quilômetros ao sul de Bagdá, sofreu um pesado ataque, disse a polícia.

A sudeste de Bagdá, a polícia encontrou os corpos de dois homens com cerca de 30 anos. Eles foram alvejados diversas vezes na cabeça e seus pés e mãos estavam amarrados. Outros dois cadáveres foram encontrados a sudoeste da capital na noite anterior.

Sete outros corpos foram levados ao necrotério de Kut, dos quais cinco estavam decapitados, outro sem as pernas e todos apresentavam sinais de tortura.

Cerca de 115 km a oeste de Bagdá, em Ramadi, um homem-bomba conduziu um carro em direção a uma blitz policial. Sete policiais morreram e outros sete sofreram ferimentos leves, segundo fontes oficiais.

Com agências internacionais

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