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10/10/2000
-
12h04
da Reuters
em Madri
Os espanhóis se reuniram na terça-feira para enterrar a 14ª vítima da violência guerrilheira este ano e manifestar sua ira contra o grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade), a quem as mortes são atribuídas.
O promotor Luis Portero, 59 anos, foi morto a tiros na porta de sua casa em Granada, no sul da Espanha, ontem.
O atentado é atribuído ao ETA, grupo guerrilheiro que luta pela criação de um Estado basco independente no norte da Espanha e sudoeste da França.
Colegas do Judiciário descreveram Portero hoje como um homem "honesto e exemplar". Vigílias silenciosas e manifestações foram programadas para hoje em cidades de toda a Espanha.
O ETA já reivindicou 12 assassinatos este ano, e outros dois lhe foram atribuídos desde 21 de setembro. O grupo normalmente espera semanas ou meses antes de assumir a responsabilidade por seus atentados.
As circunstâncias em que se deu o atentado de ontem deixam pouca margem para dúvidas quanto aos culpados: um alto funcionário ou político sem guarda-costas sofreu uma emboscada e levou um tiro pelas costas.
O ETA vem usando esse método ou bombas em cada um dos assassinatos que cometeu desde janeiro. Em dezembro, anunciou o fim do cessar-fogo que declarara 14 meses antes, acusando o governo de não negociar com ele.
Casado e pai de quatro filhos, Portero era o promotor-chefe do Superior Tribunal de Justiça da Andaluzia. Depois de receber um tiro no pescoço, teve morte clínica mas foi mantido vivo com aparelhos durante várias horas, até que os médicos avaliaram que não tinha chances de recuperação.
Portero era respeitado por investigar denúncias de corrupção do governo, e não era conhecido por ter atuado em julgamentos de integrantes do ETA.
Como algumas vítimas anteriores do grupo, pode ter sido escolhido simplesmente por ser um alvo fácil. A imprensa espanhola disse que ele foi trabalhar na manhã de ontem com guarda-costas, mas recusou a escolta ao voltar para casa.
Segundo a polícia, três homens o aguardavam dentro de sua casa, e Portero recebeu um tiro ao entrar.
O ETA já foi responsabilizado por cerca de 800 mortes desde 1968, quando começou sua campanha violenta, ainda sob a ditadura do general Francisco Franco, que, durante seus 36 anos de governo, reprimiu com brutalidade a cultura e as tentativas de autonomia bascas.
Leia mais no especial do ETA.
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Espanha enterra 14ª provável vítima do ETA este ano
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em Madri
Os espanhóis se reuniram na terça-feira para enterrar a 14ª vítima da violência guerrilheira este ano e manifestar sua ira contra o grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade), a quem as mortes são atribuídas.
O promotor Luis Portero, 59 anos, foi morto a tiros na porta de sua casa em Granada, no sul da Espanha, ontem.
O atentado é atribuído ao ETA, grupo guerrilheiro que luta pela criação de um Estado basco independente no norte da Espanha e sudoeste da França.
Colegas do Judiciário descreveram Portero hoje como um homem "honesto e exemplar". Vigílias silenciosas e manifestações foram programadas para hoje em cidades de toda a Espanha.
O ETA já reivindicou 12 assassinatos este ano, e outros dois lhe foram atribuídos desde 21 de setembro. O grupo normalmente espera semanas ou meses antes de assumir a responsabilidade por seus atentados.
As circunstâncias em que se deu o atentado de ontem deixam pouca margem para dúvidas quanto aos culpados: um alto funcionário ou político sem guarda-costas sofreu uma emboscada e levou um tiro pelas costas.
O ETA vem usando esse método ou bombas em cada um dos assassinatos que cometeu desde janeiro. Em dezembro, anunciou o fim do cessar-fogo que declarara 14 meses antes, acusando o governo de não negociar com ele.
Casado e pai de quatro filhos, Portero era o promotor-chefe do Superior Tribunal de Justiça da Andaluzia. Depois de receber um tiro no pescoço, teve morte clínica mas foi mantido vivo com aparelhos durante várias horas, até que os médicos avaliaram que não tinha chances de recuperação.
Portero era respeitado por investigar denúncias de corrupção do governo, e não era conhecido por ter atuado em julgamentos de integrantes do ETA.
Como algumas vítimas anteriores do grupo, pode ter sido escolhido simplesmente por ser um alvo fácil. A imprensa espanhola disse que ele foi trabalhar na manhã de ontem com guarda-costas, mas recusou a escolta ao voltar para casa.
Segundo a polícia, três homens o aguardavam dentro de sua casa, e Portero recebeu um tiro ao entrar.
O ETA já foi responsabilizado por cerca de 800 mortes desde 1968, quando começou sua campanha violenta, ainda sob a ditadura do general Francisco Franco, que, durante seus 36 anos de governo, reprimiu com brutalidade a cultura e as tentativas de autonomia bascas.
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