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28/09/2006 - 10h02

Bush receberá mais US$ 70 bi para guerra contra terror

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da Folha de S.Paulo

Apesar da forte divisão na Câmara dos Representantes (deputados) dos EUA em relação aos rumos da Guerra do Iraque, os parlamentares aprovaram anteontem o aporte de US$ 70 bilhões para as operações militares no país do Oriente Médio e no Afeganistão. O dinheiro é parte do Orçamento aprovado para a Defesa: US$ 448 bilhões, um recorde.

A aprovação ocorre dias antes de os congressistas deixarem Washington para a campanha pela eleição de novembro e em meio à discussão sobre o relatório sigiloso do governo que concluiu que a Guerra do Iraque agravou a ameaça terrorista. A ofensiva, cada vez mais impopular, é hoje a face mais visível da divisão entre republicanos e democratas.

Pesquisa recente do Gallup mostra que, apesar das tentativas do governo de culpar o ex-presidente democrata Bill Clinton pela não-captura do terrorista Osama bin Laden, a maioria dos americanos considera que o republicano Bush é o culpado --53% contra 36%.

O Orçamento da Defesa deve ser votado pelo Senado ainda nesta semana. Serão destinados US$ 378 bilhões aos principais programas --excluídas as operações no Iraque e no Afeganistão--, um crescimento de 5%. Só a ação no Iraque custa US$ 8 bilhões ao mês.

Relatório

A divulgação nesta semana do relatório sigiloso que concluiu que a ofensiva no Iraque "está formando uma nova geração de líderes terroristas" acirrou os ânimos no Congresso. Com a série de discursos de Bush para marcar os cinco anos do 11 de Setembro, os republicanos estavam mais confiantes em relação às eleições. O relatório, porém, deu novos argumentos para os democratas.

Parlamentares da oposição questionaram o governo sobre outro relatório, focado apenas no Iraque. Eles acusaram os republicanos de tentar ocultá-lo até as eleições. A Casa Branca diz que ele não está pronto.

Interrogatório

Apesar das objeções de democratas e até de republicanos, o governo obteve uma vitória ontem, com a aprovação na Câmara, por 253 a 168, de projeto sobre métodos de interrogatório de suspeitos de terrorismo e procedimentos para julgamentos na base de Guantánamo.

Líderes democratas, que se referem ao projeto como "lei da tortura", afirmam que a legislação permitirá deter suspeitos por tempo indefinido, sem acusação formal, e pode permitir maus-tratos. Para eles, a Suprema Corte derrubará a lei. O governo alega que os suspeitos terão seus direitos garantidos.

Com agências internacionais

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