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28/09/2006 - 12h38

Violência sectária ganha força no Iraque; país registra 21 mortes

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da Folha Online

Bombas e tiroteios causaram a morte de ao menos 21 pessoas nesta quinta-feira no Iraque, marcando mais um dia de violência sectária em vários pontos da capital Bagdá. A nova onda de crimes ocorre durante o Ramadã --mês sagrado para os muçulmanos.

Nas últimas 24 horas, a polícia iraquiana encontrou mais 40 corpos em Bagdá, aparentemente assassinados por grupos rivais que se enfrentam na briga religiosa iniciada em fevereiro último, quando um dos mais importantes templos xiitas no Iraque foi atacado na cidade de Samarra.

Relatórios de várias coalizões informam que as matanças entre xiitas e sunitas são levadas a cabo por diferentes grupos [guangues e esquadrões da morte]. Parte delas estariam ligadas ao principal líder xiita no Iraque, Moqtada al Sadr, e receberiam apoio do Irã.

O governo iraquiano alertou moradores de Bagdá sobre restrição de movimento de veículos, como parte das medidas de segurança que visam a combater a violência.

As Brigadas de Al Mahdi, criadas pelo clérigo Al Sadr, é uma das maiores e mais poderosas milícias xiitas armadas do Iraque. Segundo informações confidenciais da inteligência iraquiana, há "quebras" no braço político do movimento de Al Sadr devido à opinião de algumas lideranças que o consideram menos radical que o necessário.

Na última sexta-feira, Al Sadr pediu a seus seguidores que não usassem de força contra as tropas dos Estados Unidos presentes no Iraque. "Eu quero uma guerra pacífica contra eles [americanos], e não um derramamento de sangue", disse Al Sadr.

Apesar disso, informações dão conta que Al Sadr ainda mantém uma poderosa organização aos moldes do grupo radial xiita Hizbollah, chefiado por Hassan Nasrallah, que conduz ações políticas, econômicas, sociais, religiosas e armadas em várias regiões no Líbano.

Al Qaeda

Nesta quinta-feira, o Exército americano anunciou a detenção de dois supostos terroristas, supostamente relacionados à rede terrorista Al Qaeda, durante uma operação no norte de Bagdá.

Segundo um comunicado do comando militar americano, os supostos terroristas foram capturados na terça-feira (26) numa operação realizada por unidades do Exército iraquiano, com apoio de helicópteros militares, no bairro de Al Tarmiya al Zirayia.

Os detidos, que não apresentaram resistência, são acusados de vários seqüestros e do assassinato de civis iraquianos, além de ligações com a Al Qaeda, acrescenta a nota.

O Exército americano informou também que um soldado morreu devido aos ferimentos causados por tiros de insurgentes iraquianos no sul de Bagdá.

Desde que março de 2003, quando ocorreu a invasão do Iraque por tropas multinacionais lideradas pelos EUA, 2.700 soldados americanos morreram.

Com agências internacionais

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