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28/09/2006 - 15h12

Invasão de escola no Colorado tinha "caráter sexual", diz polícia

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da Folha Online

O homem armado que invadiu uma escola em Bailey, no Colorado, e se matou com um tiro após matar uma das seis estudantes que manteve refém cometeu agressões sexuais contra algumas das garotas durante o ataque, informou a polícia nesta quinta-feira.

"Ele traumatizou e molestou nossas crianças", disse o delegado Fred Wegener, do Condado de Jefferson. "O crime teve caráter sexual", acrescentou.

A polícia identificou o criminoso como Duane R. Morrison, 53, que era da área de Denver mas atualmente vivia dentro de seu próprio carro. Segundo os investigadores, a polícia não estabeleceu conexão prévia entre ele e nenhuma das estudantes feitas reféns.

AP
Duane Morrison, que invadiu escola e se matou após entrada da polícia
Dados da polícia apontam que Morrison foi preso em julho de 2006 no subúrbio de Lakewood, em Denver, por obstruir a ação policial. Ele também foi preso por porte de maconha em 1973.

Segundo autoridades, Morrison havia libertado quatro das reféns quando uma equipe da Swat [grupo policial de elite] invadiu a escola Platte Canyon. Ele atirou contra uma das reféns, uma garota de 16 anos, e atirou contra si mesmo em seguida. A segunda garota escapou ilesa.

"Este crime mudou minha comunidade", disse Wegener, 36, que é morador de Bailey. Segundo ele, Morrison fez poucas exigências durante o ataque. "Ele dizia apenas: deixe-me sozinho, saiam daqui", afirmou o delegado.

Questionado a respeito da decisão de invadir a escola, Wegener disse: "Como delegado de uma comunidade pequena, conhecendo os pais, as crianças, é muito difícil. Mas eu gostaria que quem estivesse no meu lugar, fizesse o mesmo, para salvar vidas", afirmou.

Garotas

Segundo testemunhas, após invadir uma sala de aula, Morrison colocou os alunos de costas para a lousa e bateu nos ombros daqueles que ele queria que deixassem a sala.

Um adolescente de 16 anos conta que Morrison entrou na sala, disparou para o alto e ordenou que os alunos ficassem de pé de frente para a parede. Ele pediu que alguns saíssem.

"Ele queria que apenas garotas ficassem na sala", disse o estudante à rede NBC. "Ele bateu no meu ombro e pediu que eu saísse, mas eu disse que queria ficar. Ele então me disse que, se eu não saísse, iria me matar", afirmou.

O estudante disse que queria ficar para que as garotas não ficassem sozinhas.

Nenhum dos alunos reconheceu Morrison, que estava vestido como um estudante. "Ele veio com um objetivo, e acho que conseguiu o que queria", disse o estudante.

Luto

Moradores se reuniram em silêncio nesta quinta-feira no restaurante Cutthroat Cafe, onde a adolescente morta trabalhou como garçonete durante dois anos, para homenageá-la.

"Somos uma comunidade em luto", disse a superintendente escolar Jim Walpole. "Nossos pensamentos e nossas orações estão com os estudantes e suas famílias, principalmente com a família da estudante morta", afirmou.

"É muito triste. A família perdeu uma filha mas, como comunidade, perdemos uma criança. Estamos em choque, as pessoas estão dando apoio umas às outras".

As aulas foram canceladas até o final da semana na escola invadida, que fica perto do rio South Platte, cerca de 56 quilômetros ao sudoeste de Denver, conta com 770 estudantes.

Em 1999, dois estudantes armados atacaram uma escola na cidade vizinha de Columbine, matando 13 pessoas antes de cometerem suicídio.

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