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29/09/2006 - 16h46

Muro entre EUA e México enfrenta aprovação do Senado americano

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da Folha Online

Depois de um rápido debate na sessão de ontem, senadores americanos decidiram, por 71 votos a favor e 28 contra, votar nas próximas 30 horas o projeto de construção de um muro de 1.200 km na fronteira com o México.

O polêmico projeto foi criticado por democratas, mas integra o projeto de reforma migratória ampla proposta pelo presidente Goerge W. Bush.

A votação acontecerá, portanto, antes do recesso das eleições legislativas de 7 de novembro.

A ampla maioria alcançada na votação desta quinta-feira deixa supor que os senadores aprovarão o polêmico projeto de cobrir a terça parte da fronteira com o México com vários tramos de valas para impedir a entrada de imigrantes sem documentação.

Em um breve debate prévio à votação, o senador democrata Edward Kennedy expressou sua oposição ao projeto, ao assegurar que "se jogava dinheiro pela janela" com a construção do muro, já que a maioria dos ilegais não cruzaram esta fronteira, apenas permaneceram nos Estados Unidos após expirar seu visto.

Já o republicano Jeff Sessions replicou que "era hora de a vala se tornar uma realidade", após recordar que o Senado já havia aprovado a idéia em maio, em seu projeto de reforma migratória ampla, que devia abrir assim mesmo o caminho à regulamentação dos imigrantes ilegais, medida que ficou entalada no Congresso.

O projeto do muro suscitou numerosas críticas no México, embora também inesperadas mensagens de apoio, como a do presidente do Banco Central mexicano, Guillermo Ortiz, que surpreendeu a seu próprio governo ao assegurar que o projeto do muro "no seria de todo mal".

"Creio que o México necessite de sua gente. O melhor seria mantê-la no país e dar-lhe incentivos para a criação dos empregos que são necessários", disse Ortiz, segundo editorial de quarta-feira do diário texano "The Dallas Morning News".

Apesar de admitir, no início do mês, um possível fracasso da reforma migratória ampla, exigida pelo presidente George W. Bush, os republicanos avançaram gradativamente com as medidas mais emblemáticas e mais polêmicas da reforma aprovada pela Câmara em dezembro passado.

Uma delas era a construção do muro na fronteira, que o Senado reduzir a 600 km em seu projeto aprovado em maio. A Câmara voltou a aprovar o projeto de 1.200 km faz duas semanas e agora o Senado está a ponto de aceitá-lo justo antes do início da campanha eleitoral.

Depois da reforma da Câmara, o Senado aprovou um texto muito diferente que incluía, como pedia Bush, uma via para a regularização de grande parte dos 12 milhões de ilegais que vivem no país, mediante à aplicação de um programa de trabalho temporário.

O grupo parlamentar integrado pelas duas Casas, que tinha de conciliar as duas versões não conseguiu um acordo, apesar dos numerosos chamados do governo para que se aprovasse uma reforma ampla antes da campanha eleitoral.

Na sexta-feira, chegará a hora da verdade para o muro, uma construção que conta com apoio do setor mais rígido do Partido Republicano para conservar sua maioria em ambas câmaras em 7 de novembro, quando os americanos renovarão toda a Câmara e um terço do Senado.

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