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01/10/2006
-
17h54
da Folha Online
Confrontos entre o Hamas e o Fatah mataram seis pessoas neste domingo na faixa de Gaza, na pior crise de violência interna palestina desde que o Hamas chegou ao poder. Outras duas pessoas morreram em confrontos ocorridos na noite deste sábado.
A onda de violência diminui as chances de criação de um governo de união nacional entre os dois grupos, que daria fim às sanções econômicas enfrentadas pelo governo palestino.
O Hamas obteve o controle do governo após alcançar a maioria no Parlamento nas eleições de 25 de janeiro. Desde então, a União Européia (UE) e os EUA impuseram um boicote econômico ao governo palestino, por temer que recursos fossem desviados para ações terroristas.
Com o corte de fundos vindos do Ocidente e de Israel, o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) ficou impossibilitado de pagar os salários de cerca de 165 mil funcionários, gerando ondas de greves e protestos.
Os confrontos deste domingo duraram o dia todo na região, obrigando crianças e outros civis da Cidade de Gaza a buscar abrigo e causando indignação entre muitos palestinos.
"Isto é proibido neste mês do Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos]", afirmou Majed Badawi, 33, que conseguiu escapar ileso depois que seu carro foi atingido por tiros. "É uma vergonha para o Hamas, e também para o Fatah. Eles estão disputando o quê? Somos vítimas de ambos".
Confrontos
Os confrontos tiveram início em Khan Younis, no sul da faixa de Gaza. Em seguida, um novo confronto entre policiais ligados ao Fatah e membros do Hamas começou no norte de Gaza.
A violência se espalhou e chegou até o prédio do Parlamento da Cidade de Gaza, onde membros da segurança e trabalhadores civis atiraram pedras contra membros do Hamas.
O Hamas revidou efetuando disparos, lançando foguetes e granadas contra os manifestantes.
Em seguida, houve troca de tiros entre homens ligados ao Fatah --incluindo seguranças particulares do presidente da ANP, Mahmoud Abbas-- e partidários do Hamas.
Membros do Fatah também atearam fogo no prédio do Parlamento, em Ramallah, e atacaram escritórios do Hamas na Cisjordânia.
Vítimas
Os confrontos deixaram seis mortos --entre eles, um segurança de Abbas e um adolescente de 15 anos-- e cerca de cem feridos segundo Baker Abu Safia, diretor do Hospital Shifa, em Gaza.
Uma sétima pessoa, membro da força de segurança preventiva, foi morta na noite de sábado, quando seu carro foi atingido por homens desconhecidos, segundo fontes da segurança.
Uma oitava vítima --ligada ao Fatah-- morreu depois que milhares de partidários do grupo marcharam do campo de refugiados de Bureij até a casa de um líder local do Hamas. A vítima foi atingida por uma granada lançada contra a multidão. Segundo o Hamas, o grupo atacou a casa.
Na cidade de Hebron, na Cisjordânia, membros do Fatah bloquearam ruas, colocaram fogo em pneus e saquearam escritórios de legisladores Hamas.
Em Nablus, homens armados do Fatah atacaram uma sede do Hamas e trocaram tiros com membros do grupo.
Especial
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Confrontos entre Hamas e Fatah deixam oito mortos em Gaza
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Confrontos entre o Hamas e o Fatah mataram seis pessoas neste domingo na faixa de Gaza, na pior crise de violência interna palestina desde que o Hamas chegou ao poder. Outras duas pessoas morreram em confrontos ocorridos na noite deste sábado.
A onda de violência diminui as chances de criação de um governo de união nacional entre os dois grupos, que daria fim às sanções econômicas enfrentadas pelo governo palestino.
O Hamas obteve o controle do governo após alcançar a maioria no Parlamento nas eleições de 25 de janeiro. Desde então, a União Européia (UE) e os EUA impuseram um boicote econômico ao governo palestino, por temer que recursos fossem desviados para ações terroristas.
Efe |
Membros do Hamas e do Fatah entram em confronto em Gaza; ao menos oito pessoas morreram |
Os confrontos deste domingo duraram o dia todo na região, obrigando crianças e outros civis da Cidade de Gaza a buscar abrigo e causando indignação entre muitos palestinos.
"Isto é proibido neste mês do Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos]", afirmou Majed Badawi, 33, que conseguiu escapar ileso depois que seu carro foi atingido por tiros. "É uma vergonha para o Hamas, e também para o Fatah. Eles estão disputando o quê? Somos vítimas de ambos".
Confrontos
Os confrontos tiveram início em Khan Younis, no sul da faixa de Gaza. Em seguida, um novo confronto entre policiais ligados ao Fatah e membros do Hamas começou no norte de Gaza.
A violência se espalhou e chegou até o prédio do Parlamento da Cidade de Gaza, onde membros da segurança e trabalhadores civis atiraram pedras contra membros do Hamas.
O Hamas revidou efetuando disparos, lançando foguetes e granadas contra os manifestantes.
Em seguida, houve troca de tiros entre homens ligados ao Fatah --incluindo seguranças particulares do presidente da ANP, Mahmoud Abbas-- e partidários do Hamas.
Membros do Fatah também atearam fogo no prédio do Parlamento, em Ramallah, e atacaram escritórios do Hamas na Cisjordânia.
Vítimas
Os confrontos deixaram seis mortos --entre eles, um segurança de Abbas e um adolescente de 15 anos-- e cerca de cem feridos segundo Baker Abu Safia, diretor do Hospital Shifa, em Gaza.
Uma sétima pessoa, membro da força de segurança preventiva, foi morta na noite de sábado, quando seu carro foi atingido por homens desconhecidos, segundo fontes da segurança.
Uma oitava vítima --ligada ao Fatah-- morreu depois que milhares de partidários do grupo marcharam do campo de refugiados de Bureij até a casa de um líder local do Hamas. A vítima foi atingida por uma granada lançada contra a multidão. Segundo o Hamas, o grupo atacou a casa.
Na cidade de Hebron, na Cisjordânia, membros do Fatah bloquearam ruas, colocaram fogo em pneus e saquearam escritórios de legisladores Hamas.
Em Nablus, homens armados do Fatah atacaram uma sede do Hamas e trocaram tiros com membros do grupo.
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