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09/10/2006
-
22h58
da Folha Online
Milhares de professores que saíram em marcha de protesto do Estado sulista de Oaxaca chegaram nesta segunda-feira (9) à Cidade do México para pedir a renúncia do governador Ulises Ruiz. Os protestantes querem entregar uma nova proposta ao governo para que seja colocado fim a um grave conflito social que já dura aproximadamente cinco meses.
Após caminhar quase 500 km durante 19 dias, os professores planejam instalar-se indefinidamente nas imediações do Senado mexicano, como medida de pressão para exigir que o Legislativo e o Executivo federais cassem o mandato do governador de Oaxaca.
A última proposta de solução para o conflito feita pelo governo foi recusada há três dias pelos líderes dos professores e pela Assembléia Popular do Povo de Oaxaca (APPO). Eles então se reuniram com o ministro do Interior do México, Carlos Abascal, para entregar uma nova proposição.
Depois de vários encontros, as reuniões não tiveram êxito e o conflito continua.
Greve
A luta social --que começou em 22 de maio com a exigência de aumentos salariais e que atualmente foca a cassação do mandato de Ruiz-- já custou a vida de quatro pessoas e mantém mais de um milhão dos estudantes de Oaxaca sem aula. No dia 14 de junho, depois de uma tentativa policial de desalojar professores das instalações que ocupavam, foi criada a APPO.
Os líderes de 70 mil professores em greve disseram que não retomariam às aulas até que o governador Ruiz "fosse destituído".
Em declarações à cadeia W-Rádio, Flavio Sosa, dirigente da APPO, disse hoje que o governo tinha pedido que eles entregassem à Polícia Federal Preventiva (PFP) o controle das áreas de Oaxaca tomadas há meses.
Essa possibilidade foi rejeitada este fim de semana pela APPO, que pede a substituição dos comandantes da Polícia estadual de Oaxaca por subsecretários (vice-ministros) federais, e a criação de um comitê cidadão que supervisione a segurança.
Prejuízo
O ex-candidato esquerdista à Presidência Andrés Manuel López Obrador liderou --até 14 de setembro, na Cidade do México-- um plantão de 47 dias, após denunciar uma fraude nas eleições de 2 de julho que deram a vitória a seu adversário Felipe Calderón.
Na época, a tomada da cidade causou prejuízos de cerca de US$ 700 milhões aos empresários da capital, que temem novos efeitos em sua economia com a chegada dos professores.
Em entrevista coletiva, o prefeito da capital, Alejandro Encinas, pediu ao governo e ao Congresso que resolvam o conflito o mais rápido possível, mas disse acreditar que os professores e a APPO não afetarão a capital mexicana "seriamente".
Com Efe
Especial
Leia o que já foi publicado sobre greve de professores
Protesto de professores reúne milhares na Cidade do México
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Milhares de professores que saíram em marcha de protesto do Estado sulista de Oaxaca chegaram nesta segunda-feira (9) à Cidade do México para pedir a renúncia do governador Ulises Ruiz. Os protestantes querem entregar uma nova proposta ao governo para que seja colocado fim a um grave conflito social que já dura aproximadamente cinco meses.
Após caminhar quase 500 km durante 19 dias, os professores planejam instalar-se indefinidamente nas imediações do Senado mexicano, como medida de pressão para exigir que o Legislativo e o Executivo federais cassem o mandato do governador de Oaxaca.
A última proposta de solução para o conflito feita pelo governo foi recusada há três dias pelos líderes dos professores e pela Assembléia Popular do Povo de Oaxaca (APPO). Eles então se reuniram com o ministro do Interior do México, Carlos Abascal, para entregar uma nova proposição.
Depois de vários encontros, as reuniões não tiveram êxito e o conflito continua.
Greve
A luta social --que começou em 22 de maio com a exigência de aumentos salariais e que atualmente foca a cassação do mandato de Ruiz-- já custou a vida de quatro pessoas e mantém mais de um milhão dos estudantes de Oaxaca sem aula. No dia 14 de junho, depois de uma tentativa policial de desalojar professores das instalações que ocupavam, foi criada a APPO.
Os líderes de 70 mil professores em greve disseram que não retomariam às aulas até que o governador Ruiz "fosse destituído".
Em declarações à cadeia W-Rádio, Flavio Sosa, dirigente da APPO, disse hoje que o governo tinha pedido que eles entregassem à Polícia Federal Preventiva (PFP) o controle das áreas de Oaxaca tomadas há meses.
Essa possibilidade foi rejeitada este fim de semana pela APPO, que pede a substituição dos comandantes da Polícia estadual de Oaxaca por subsecretários (vice-ministros) federais, e a criação de um comitê cidadão que supervisione a segurança.
Prejuízo
O ex-candidato esquerdista à Presidência Andrés Manuel López Obrador liderou --até 14 de setembro, na Cidade do México-- um plantão de 47 dias, após denunciar uma fraude nas eleições de 2 de julho que deram a vitória a seu adversário Felipe Calderón.
Na época, a tomada da cidade causou prejuízos de cerca de US$ 700 milhões aos empresários da capital, que temem novos efeitos em sua economia com a chegada dos professores.
Em entrevista coletiva, o prefeito da capital, Alejandro Encinas, pediu ao governo e ao Congresso que resolvam o conflito o mais rápido possível, mas disse acreditar que os professores e a APPO não afetarão a capital mexicana "seriamente".
Com Efe
Especial
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