Publicidade
Publicidade
10/10/2006
-
19h43
da Folha Online
Uma série de explosões e mortes nesta terça-feira (10) em Bagdá confirmou uma previsão sombria feita pelos Estados Unidos: a de que o Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer], que começou no final do mês de setembro, seria marcado por um aumento da violência no Iraque.
Forças americanas encontraram em Bagdá, em apenas 24h até a manhã de hoje, mais de 60 corpos espalhados pela cidade, supostamente vítimas de esquadrões da morte. Os esquadrões da morte que agem no Iraque foram aparentemente formados após o ataque a uma mesquita xiita em Samarra (dando início à violência sectária no país).
De acordo com o relato de um funcionário do Ministério do Interior, a maioria dos corpos --todos homens-- tinha marcas de tiros na cabeça, um sinal típico de execução. Muitos foram vendados ou amarrados e apresentavam marcas de espancamento ou membros quebrados.
Só no sábado (7), 50 homens foram presos em diferentes partes de Baquda, a 65 km de Bagdá. Segundo a polícia, os detidos confessaram pertencerem a grupos insurgentes no Iraque. Eles estão presos em um campo de detenção em Baquda.
Também hoje, testemunhas relataram uma série de explosões na chamada zona verde da capital Bagdá durante a tarde. O Iraque está seis horas à frente do horário brasileiro. A Zona Verde abriga casas do corpo político iraquiano e a principal e mais segura base militar dos Estados Unidos no Iraque.
Até o momento, não há informação sobre mortos ou feridos. Vários helicópteros sobrevoavam regiões aparentemente em chamas.
Em outro incidente grave, a madrugada de terça para quarta-feira (11) registrou um incêndio se alastrou por um depósito de munição de uma base militar dos Estados Unidos, dando início a uma série de explosões que puderam ser vistas a quilômetros de distância. Não há relatos de vítimas até o momento.
Ainda não se sabe se o depósito, que pertence à base Falcon, foi atingido em um ataque. As causas do incêndio não são conhecidas.
A base Falcon fica em um antigo depósito em uma área industrial no sudeste de Bagdá.
No bairro de Dora, próximo de onde o incêndio se alastrou, ao menos três outras explosões de bombas deixaram 17 mortos e 12 feridos, entre civis e policiais, até a tarde de hoje.
Violência
O Iraque está tomado por uma luta sangrenta entre muçulmanos xiitas e sunitas desde que uma bomba atingiu o templo xiita em fevereiro. Segundo as Nações Unidas, cerca de 100 iraquianos morrem de causas violentas todos os dias no país.
Na última segunda-feira (9), homens armados e usando uniformes de camuflagem mataram o irmão do vice-presidente do Iraque, o sunita Tareq al Hashemi. Ele foi o terceiro membro da família morto desde abril.
O presidente iraquiano, Nouri al Maliki, enfrenta uma pressão crescente --particularmente vinda da Casa Branca-- para acabar com as milícias sectárias, muitas das quais têm ligação com grupos do próprio governo. Elas são acusadas de se infiltrarem dentro da polícia, o que garantiria que ataques não seriam investigados.
Na semana passada, autoridades iraquianas desativaram uma unidade inteira da polícia devido à suposta cumplicidade do grupo com esquadrões da morte apontados como responsáveis por um seqüestro em massa no final de setembro.
Em mais uma tentativa de controlar a violência no Iraque, Maliki anunciou um plano para formar comitês em distritos de Bagdá que incluiriam representantes de partidos políticos, líderes religiosos e forças policiais e militares. O plano ainda está sob discussão.
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia cobertura completa sobre violência sectária no Iraque
Bagdá enfrenta aumento da violência durante o Ramadã
Publicidade
Uma série de explosões e mortes nesta terça-feira (10) em Bagdá confirmou uma previsão sombria feita pelos Estados Unidos: a de que o Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer], que começou no final do mês de setembro, seria marcado por um aumento da violência no Iraque.
Forças americanas encontraram em Bagdá, em apenas 24h até a manhã de hoje, mais de 60 corpos espalhados pela cidade, supostamente vítimas de esquadrões da morte. Os esquadrões da morte que agem no Iraque foram aparentemente formados após o ataque a uma mesquita xiita em Samarra (dando início à violência sectária no país).
De acordo com o relato de um funcionário do Ministério do Interior, a maioria dos corpos --todos homens-- tinha marcas de tiros na cabeça, um sinal típico de execução. Muitos foram vendados ou amarrados e apresentavam marcas de espancamento ou membros quebrados.
Só no sábado (7), 50 homens foram presos em diferentes partes de Baquda, a 65 km de Bagdá. Segundo a polícia, os detidos confessaram pertencerem a grupos insurgentes no Iraque. Eles estão presos em um campo de detenção em Baquda.
Também hoje, testemunhas relataram uma série de explosões na chamada zona verde da capital Bagdá durante a tarde. O Iraque está seis horas à frente do horário brasileiro. A Zona Verde abriga casas do corpo político iraquiano e a principal e mais segura base militar dos Estados Unidos no Iraque.
Até o momento, não há informação sobre mortos ou feridos. Vários helicópteros sobrevoavam regiões aparentemente em chamas.
Em outro incidente grave, a madrugada de terça para quarta-feira (11) registrou um incêndio se alastrou por um depósito de munição de uma base militar dos Estados Unidos, dando início a uma série de explosões que puderam ser vistas a quilômetros de distância. Não há relatos de vítimas até o momento.
Ainda não se sabe se o depósito, que pertence à base Falcon, foi atingido em um ataque. As causas do incêndio não são conhecidas.
A base Falcon fica em um antigo depósito em uma área industrial no sudeste de Bagdá.
No bairro de Dora, próximo de onde o incêndio se alastrou, ao menos três outras explosões de bombas deixaram 17 mortos e 12 feridos, entre civis e policiais, até a tarde de hoje.
Violência
O Iraque está tomado por uma luta sangrenta entre muçulmanos xiitas e sunitas desde que uma bomba atingiu o templo xiita em fevereiro. Segundo as Nações Unidas, cerca de 100 iraquianos morrem de causas violentas todos os dias no país.
Na última segunda-feira (9), homens armados e usando uniformes de camuflagem mataram o irmão do vice-presidente do Iraque, o sunita Tareq al Hashemi. Ele foi o terceiro membro da família morto desde abril.
O presidente iraquiano, Nouri al Maliki, enfrenta uma pressão crescente --particularmente vinda da Casa Branca-- para acabar com as milícias sectárias, muitas das quais têm ligação com grupos do próprio governo. Elas são acusadas de se infiltrarem dentro da polícia, o que garantiria que ataques não seriam investigados.
Na semana passada, autoridades iraquianas desativaram uma unidade inteira da polícia devido à suposta cumplicidade do grupo com esquadrões da morte apontados como responsáveis por um seqüestro em massa no final de setembro.
Em mais uma tentativa de controlar a violência no Iraque, Maliki anunciou um plano para formar comitês em distritos de Bagdá que incluiriam representantes de partidos políticos, líderes religiosos e forças policiais e militares. O plano ainda está sob discussão.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice