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11/10/2006
-
23h29
da Folha Online
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou nesta quarta-feira (11) que a Venezuela não "cruzará os braços" diante de uma agressão externa ou interna contra o governo boliviano de Evo Morales e acrescentou que não reconhecerá qualquer governo surgido de uma rebelião na Bolívia.
A declaração de Chávez se segue aos conflitos deflagrados na Bolívia devido a grupos de transportadores --que ameaçam para amanhã uma greve geral no país-- e à disputa entre grupos rivais de mineiros que já resultou em 16 mortes, segundo números oficiais do país.
"Alertamos, a Venezuela não vai ficar de braços cruzados se o governo e o povo da Bolívia forem agredidos, de fora ou de dentro", disse Chávez em discurso para empresários venezuelanos.
"A Venezuela não reconhecerá qualquer governo que surja de um movimento insurrecional em qualquer de nossos países", advertiu o presidente, após denunciar uma campanha para desestabilizar Morales.
A advertência de Chávez coincide com um apelo de Evo Morales para a organização de uma mobilização de indígenas e cocaleros nesta quinta-feira (12) contra a greve nos transportes e a forte oposição da direita na Bolívia.
Apoio
No sábado passado, em um discurso diante de um grupo de cocaleros na Bolívia, o embaixador da Venezuela garantiu que "se nos pedirem nosso sangue ou nossas vidas, estaremos aqui" para defender "nossa linda revolução".
Na noite desta quarta-feira, o governo da Bolívia enviou uma nota ao embaixador pedindo-lhe "cautela" em suas declarações.
A nota veio após os protestos da oposição, que considerou o discurso de sábado uma ingerência nos assuntos internos do país, anunciou o chanceler boliviano, David Choquehuanca.
Greve
A Confederação de Motoristas da Bolívia ameaçou na última terça-feira (10) o presidente Evo Morales com uma greve nacional de 48 horas que poderá começar amanhã (12).
Ao mesmo tempo, a Central Operária Boliviana (COB) insistiu que Morales será processado pela morte de 16 trabalhadores das minas de estanho em Huanuni.
As ameaças coincidiram com um dia de protestos que incluiu várias manifestações nas ruas na terça. Foi o segundo dia sem transporte público em La Paz e houve uma greve de professores, confrontos entre manifestantes e policiais, agressões a jornalistas e depredações no centro da cidade.
Mineiros
A Central Operária Boliviana (COB) e o sindicato de mineiros da Corporação Mineira da Bolívia (Comibol) fizeram ontem uma manifestação em La Paz que exigia uma solução imediata do governo para o conflito entre dois grupos mineiros rivais.
No conflito, que se transformou na semana passada em uma batalha campal, com armas de fogo e dinamite, grupos rivais de mineiros brigam pela maior jazida de estanho da Bolívia, em Huanuni, no departamento de Oruro.
Os choques de quinta e sexta-feira passadas deixaram 16 mortos e 61 feridos, segundo números oficiais, entre operários da empresa estatal Comibol e seus adversários da Federação de Cooperativas Mineiras da Bolívia (Fecomin).
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Erramos: Chávez ameaça intervir na Bolívia para defender Morales
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A declaração de Chávez se segue aos conflitos deflagrados na Bolívia devido a grupos de transportadores --que ameaçam para amanhã uma greve geral no país-- e à disputa entre grupos rivais de mineiros que já resultou em 16 mortes, segundo números oficiais do país.
"Alertamos, a Venezuela não vai ficar de braços cruzados se o governo e o povo da Bolívia forem agredidos, de fora ou de dentro", disse Chávez em discurso para empresários venezuelanos.
"A Venezuela não reconhecerá qualquer governo que surja de um movimento insurrecional em qualquer de nossos países", advertiu o presidente, após denunciar uma campanha para desestabilizar Morales.
A advertência de Chávez coincide com um apelo de Evo Morales para a organização de uma mobilização de indígenas e cocaleros nesta quinta-feira (12) contra a greve nos transportes e a forte oposição da direita na Bolívia.
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No sábado passado, em um discurso diante de um grupo de cocaleros na Bolívia, o embaixador da Venezuela garantiu que "se nos pedirem nosso sangue ou nossas vidas, estaremos aqui" para defender "nossa linda revolução".
Na noite desta quarta-feira, o governo da Bolívia enviou uma nota ao embaixador pedindo-lhe "cautela" em suas declarações.
A nota veio após os protestos da oposição, que considerou o discurso de sábado uma ingerência nos assuntos internos do país, anunciou o chanceler boliviano, David Choquehuanca.
Greve
A Confederação de Motoristas da Bolívia ameaçou na última terça-feira (10) o presidente Evo Morales com uma greve nacional de 48 horas que poderá começar amanhã (12).
Ao mesmo tempo, a Central Operária Boliviana (COB) insistiu que Morales será processado pela morte de 16 trabalhadores das minas de estanho em Huanuni.
As ameaças coincidiram com um dia de protestos que incluiu várias manifestações nas ruas na terça. Foi o segundo dia sem transporte público em La Paz e houve uma greve de professores, confrontos entre manifestantes e policiais, agressões a jornalistas e depredações no centro da cidade.
Mineiros
A Central Operária Boliviana (COB) e o sindicato de mineiros da Corporação Mineira da Bolívia (Comibol) fizeram ontem uma manifestação em La Paz que exigia uma solução imediata do governo para o conflito entre dois grupos mineiros rivais.
No conflito, que se transformou na semana passada em uma batalha campal, com armas de fogo e dinamite, grupos rivais de mineiros brigam pela maior jazida de estanho da Bolívia, em Huanuni, no departamento de Oruro.
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