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12/10/2006 - 19h02

Acidente com avião em Nova York relança debate sobre segurança

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da France Presse, em Nova York

O avião que se chocou ontem contra um edifício em pleno centro de Nova York relançou o debate sobre a eficácia das medidas de segurança adotadas desde os atentados de 11 de setembro de 2001.

Desde os ataques, há restrições aos vôos sobre Manhattan; unidades da Guarda Nacional patrulham as estações da cidade e os passageiros do metrô estão sujeitos a revistas aleatórias de suas bolsas.

Outras medidas tomadas pelas autoridades foram estabelecer maior vigilância sobre os veículos que circulam por túneis e pontes de acesso à cidade e reforçar a segurança nas áreas próximas a monumentos famosos, sobretudo quando há concentrações públicas.

O fato de um pequeno avião ter penetrado nesse escudo e se chocado contra um edifício levantou suspeitas sobre a vulnerabilidade da cidade.

O pequeno avião, no qual estavam o jogador do time de beisebol Yankees Cory Lidle, 34, e seu instrutor de vôo, decolou de um aeroporto em Nova Jersey, voou em torno da Estátua da Liberdade e se dirigiu para o East River antes de desaparecer das telas dos radares. Chocou-se contra um prédio residencial à tarde, matando seus dois tripulantes e causando um grande buraco na estrutura do edifício.

O governador de Nova York, George Pataki, exortou as autoridades federais a revisarem as restrições de vôo sobre Manhattan e implementarem uma área proibida para aeronaves, como a que existe em Washington.

O prefeito Michael Bloomberg, por sua vez, minimizou o perigo apresentado pelo avião, embora aviões militares estejam sobrevoando a cidade como precaução. "Tristemente, um acidente como esse custou a vida de duas pessoas, mas não sei se há algum significado maior", disse ontem a jornalistas.

O acidente colocou em alerta os moradores de Nova York, onde testemunhas assustadas lembraram com nitidez os ataques de 11 de setembro de 2001.

Bloomberg disse entender essa reação: "Nesta época, obviamente todos se sensibilizam quando escutam que um avião caiu num edifício. Graças a Deus não foi algo mais sério. Tivemos sorte".

"O espaço aéreo de Nova York deve desfrutar das mesmas proteções da capital", que desde 11 de setembro de 2001 tem uma zona de exclusão do tráfego aéreo, insistiu o governador Pataki.

Segundo a legislação atual, os aviões pequenos podem usar um corredor aéreo no nordeste de Manhattan com certos limites de altitude, mas o governador quer que todas as aeronaves que voem no perímetro de Nova York abaixo de 455 metros fiquem sob controle do tráfego aéreo.

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