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13/10/2006 - 18h17

Eleitores escolhem entre 13 candidatos novo presidente do Equador

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da Efe, em Quito

Após o término da campanha eleitoral, os equatorianos contam agora com dois dias de reflexão para decidir seu voto e o futuro do país nas eleições deste domingo. Cerca de 9,1 milhões de eleitores recenseados estão convocados para votar e eleger eleger presidente [entre 13 candidatos] e vice-presidente, cem deputados, cinco parlamentares andinos, conselheiros provinciais e autoridades locais.

Apesar do grande número de aspirantes à Presidência, a maioria dos equatorianos leva em conta apenas de três a cinco, já que o restante parece não ter um apoio significativo, segundo analistas políticos.

Os que parecem liderar, inclusive pelas críticas e pelo tom utilizado por seus adversários quando se referem a eles, são o esquerdista Rafael Correa, o magnata bananeiro Álvaro Noboa e o social-democrata León Roldós, três formas muito distintas de encarar a política e o país.

Atrás deles estariam a social-cristã Cynthia Viteri e o populista Gilmar Gutiérrez, irmão do ex-presidente deposto Lucio Gutiérrez, que teriam poucas possibilidades de passar ao segundo turno se a eleição não for decidida logo no primeiro, o que nunca aconteceu no Equador.

Em relação ao espectro de eleitores que apóia cada candidato, os analistas apontam que Correa e Roldós dividem uma mesma faixa, a da classe média e alta com um alto nível educativo, enquanto Noboa, Viteri e Gutiérrez teriam a seu favor as pessoas mais pobres e de ensino mais básico.

Sobre a localização desses eleitores, Correa e Roldós são mais populares na serra andina, enquanto Noboa e Viteri compartilham preferências no litoral, e Gutiérrez poderia ter uma influência enorme na Amazônia.

Os analistas concordam que o voto no país não é guiado pela ideologia, embora discordem dos motivos que levem a isso: alguns apontam que o voto é "de castigo" ao sistema, enquanto outros o consideram "da contracultura", para "rir do sistema".

Segundo a imprensa local, a campanha acabou à meia noite da quinta-feira pobre em idéias, mas de maneira pacífica, sem que tenha sido divulgado qualquer incidente violento.

A maioria dos comentaristas equatorianos acredita que a campanha teve pouco apelo junto à população, devido ao desinteresse em uma classe política que não inspira confiança, após sete presidentes terem dirigido o país nos dez últimos anos.

Um analista político, que pediu para não ser identificado, disse que, "mais que de reflexão, a sexta-feira e o sábado serão de alívio, pois não há como suportar os candidatos".

Para evitar situações de violência, a "lei seca" entrará em vigor no país nesta sexta-feira e durará até a segunda-feira, e as forças de segurança receberam orientação para deter todas as pessoas que apresentem sinais de embriaguez.

O chefe da missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), o argentino Rafael Bielsa, descartou hoje a possibilidade de existência de fraude nas eleições do próximo domingo no Equador.

Bielsa argumentou que seria impossível conseguir um acordo para alterar as cédulas entre as milhares de pessoas que estarão diretamente envolvidas no processo eleitoral.

Segundo o observador, há 41 mil pessoas, entre membros da polícia e das Forças Armadas, envolvidas na segurança do processo eleitoral, e por isso considera "complicado" que todos concordem em adulterar ou alterar alguma urna, embora tenha pedido que todos "tomem todos os cuidados".

A preocupação surgiu na região do vulcão Tungurahua, onde os tribunais eleitorais provinciais notificaram que sua atividade aumentou nos últimos dias e advertiram que as eleições terão de ser adiadas se acontecer uma erupção forte antes do domingo.

Especial
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