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15/10/2006 - 05h44

Blog de jornalista grávida e solteira vira sensação na China

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da Efe, em Beijing

O blog de uma jornalista chinesa que decidiu seguir adiante com sua gravidez apesar do fim de seu relacionamento abriu o debate entre os internautas da China, um país considerado muito tradicional e com uma visão negativa em relação às mães solteiras.

O blog já registrou, desde agosto desse ano, mais de 600 mil visitas em seu livro de visitas, intitulado "Palavras para o meu bebê", onde recebeu tanto mensagens duras como conselhos de outras mães solteiras chinesas que escreveram mensagens de apoio admirando sua coragem, segundo a edição deste domingo do jornal "China Daily".

A jovem decidiu seguir adiante com sua gravidez após romper com seu companheiro e diariamente escreve em seu blog poemas para seu futuro filho, a quem chama carinhosamente de "Porquinho".

"Não é uma decisão impulsiva. Acho que enfrentarei muitas dificuldades no futuro, mas acredito que poderei resolvê-las com fé", escreveu a jornalista.

O debate gerado por este diário na Internet demonstra como a transição chinesa faz posições muito conservadoras conviverem com outras mais liberais: "Seu bebê terá uma vida incompleta sem um pai e seus pais vão sofrer uma grande pressão por parte da sociedade", escreveu um internauta. No entanto, outras mães solteiras animam a jornalista grávida com mensagem de apoio. "Ame a você mesma e ame o seu "porquinho", isso será suficiente. Este problema é seu, você não está fazendo mal a ninguém. Seja feliz e tenha coragem para fazer o que quiser", aconselha uma admiradora.

Embora a Lei de Planejamento Familiar e População da China não proíba as mães solteiras de terem filhos, a sociedade chinesa, conservadora na aparência, costuma condenar estas mulheres ao ostracismo.

"As mães solteiras desfrutam dos mesmos direitos e do mesmo tratamento de uma mulher casada", lembra Wu Changzhen, catedrático da Universidade Chinesa de Ciências Políticas e Lei.

Para o sociólogo Xia Xueluan, da Universidade de Beijing, "o povo deveria respeitar o direito das mulheres solteiras de ter filhos, já que o peso social e econômico poderia forçar estas mulheres a abandonarem seus herdeiros".

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