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15/10/2006 - 06h50

Conversas de paz entre governo e rebeldes são retomadas no Nepal

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da Efe, em Katmandu

O governo do Nepal e os rebeldes maoístas se reúnem neste domingo (15) para a retomada das conversas de paz sobre o futuro do país. No entanto, segundo a imprensa local, as possibilidades de um acordo imediato são muito reduzidas.

As negociações foram qualificadas como decisivas pelos governantes, que buscam uma saída para solucionar o instável quadro cotidiano do Nepal, desde que, em abril deste ano, uma revolta popular obrigou o rei Gyanendra a renunciar ao poder absoluto.

O líder maoísta Prachanda reuniu-se neste sábado informalmente com o primeiro-ministro nepalês, Girija Prasad Koirala, para tentar discutir posturas antes do encontro oficial de hoje, mas a reunião foi concluída sem um consenso.

O encontro de hoje é o quarto entre as duas partes em uma semana. Nos anteriores não foi possível chegar a nenhum acordo em torno dos principais empecilhos da negociação: a formação de um Parlamento interino, o desarmamento e a constituição do país.

Em declarações à imprensa local, o ministro de Indústria nepalês, Hridayesh Tripathi, assegurou que 'seria inadequado esperar resultados imediatos destas negociações. Estão sendo tratados temas muito delicados e, embora todos desejam vê-los resolvidos muito em breve, é preciso admitir que ainda existe muito por fazer'.

Uma das grandes diferenças entre os dois lados diz respeito ao papel da monarquia, a qual os maoístas querem a abolição, enquanto o grupo governante Aliança dos Sete Partidos prefere convocar um plebiscito para definir futuro a ser desempenhado pelo rei.

Por outro lado, há também desacordo em torno de como efetuar o desarmamento antes das eleições constituintes, pois os maoístas não aceitam a exigência do governo de um desarme unilateral de suas forças como medida prévia ao processo.

Atualmente, há um cessar-fogo em vigência, declarado há cinco meses. Entretanto, enquanto essas questões não sejam resolvidas, uma paz definitiva não parece possível. As duas partes pediram à ONU que supervisione seus acampamentos, vigie o processo de paz e envie observadores às eleições para a Assembléia Constituinte.

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