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16/10/2006
-
11h08
da Ansa, em Londres
A família do brasileiro Jean Charles de Menezes, 27, morto a tiros pela polícia britânica em julho do ano passado ao ser confundido com um terrorista, levou à Suprema Corte de Londres nesta segunda-feira seu pedido para anulação da decisão de não acusar formalmente nenhum oficial da Scotland Yard pela morte do eletricista.
Os familiares de Jean Charles querem uma revisão judicial urgente da decisão da Procuradoria Geral britânica, segundo a qual não existe evidência suficiente para tratar o caso como um assassinato e, portanto, formular acusações contra alguém.
O jovem brasileiro foi alvejado com sete tiros na cabeça e um no ombro disparados por três agentes da Polícia Metropolitana de Londres, que alegaram ter confundido a vítima com um terrorista suicida no metrô de Londres.
No dia anterior ao crime, atentados com bomba contra o sistema de transporte da cidade tinham sido frustrados pela polícia, enquanto duas semanas antes 52 pessoas morreram e 700 ficaram feridas nos ataques cometidos contra três vagões de metrô e um ônibus.
A procuradoria acusou o Serviço da Polícia britânica por crimes de violação a leis de Saúde e Segurança. A força policial foi acusada de falhar no momento de fornecer segurança e bem-estar a Jean Charles no dia em que foi morto na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres.
Os advogados da família do brasileiro afirmam que a forma como o caso foi tratado "violou os direitos humanos da família Menezes".
Uma das defensoras, Harriet Wistrich, acusou a Procuradoria Geral britânica de "usurpar o papel de jurado em sua decisão por falta de provas", o que levou à decisão de não acusar os agentes envolvidos no crime.
A defesa também se opõe à suspensão do processo pelos próximos meses e criticou a falha da Comissão Independente de Queixas Policiais (IPCC), ao publicar seu relatório próprio dos fatos.
Segundo Wistrich, todos os fatores combinados "fazem parecer que ocorreram alguns arranjos".
Um dos primos de Jean Charles, Alex Pereira, acusou também a procuradoria e a Comissão de Queixas Independentes "por ocultar" fatos.
"Está claro que querem esconder a verdade. Esta revisão judicial pretende que alguém seja responsabilizado pelo que ocorreu", acrescentou Wistrich.
Especial
Leia cobertura completa sobre os ataques em Londres
Leia o que já foi publicado sobre Jean Charles de Menezes
Família de Jean Charles leva caso à Suprema Corte britânica
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A família do brasileiro Jean Charles de Menezes, 27, morto a tiros pela polícia britânica em julho do ano passado ao ser confundido com um terrorista, levou à Suprema Corte de Londres nesta segunda-feira seu pedido para anulação da decisão de não acusar formalmente nenhum oficial da Scotland Yard pela morte do eletricista.
Os familiares de Jean Charles querem uma revisão judicial urgente da decisão da Procuradoria Geral britânica, segundo a qual não existe evidência suficiente para tratar o caso como um assassinato e, portanto, formular acusações contra alguém.
Arquivo pessoal |
Jean Charles, morto pela polícia em Londres |
No dia anterior ao crime, atentados com bomba contra o sistema de transporte da cidade tinham sido frustrados pela polícia, enquanto duas semanas antes 52 pessoas morreram e 700 ficaram feridas nos ataques cometidos contra três vagões de metrô e um ônibus.
A procuradoria acusou o Serviço da Polícia britânica por crimes de violação a leis de Saúde e Segurança. A força policial foi acusada de falhar no momento de fornecer segurança e bem-estar a Jean Charles no dia em que foi morto na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres.
Os advogados da família do brasileiro afirmam que a forma como o caso foi tratado "violou os direitos humanos da família Menezes".
Uma das defensoras, Harriet Wistrich, acusou a Procuradoria Geral britânica de "usurpar o papel de jurado em sua decisão por falta de provas", o que levou à decisão de não acusar os agentes envolvidos no crime.
A defesa também se opõe à suspensão do processo pelos próximos meses e criticou a falha da Comissão Independente de Queixas Policiais (IPCC), ao publicar seu relatório próprio dos fatos.
Segundo Wistrich, todos os fatores combinados "fazem parecer que ocorreram alguns arranjos".
Um dos primos de Jean Charles, Alex Pereira, acusou também a procuradoria e a Comissão de Queixas Independentes "por ocultar" fatos.
"Está claro que querem esconder a verdade. Esta revisão judicial pretende que alguém seja responsabilizado pelo que ocorreu", acrescentou Wistrich.
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