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18/10/2006 - 13h20

Hamas pede à comunidade internacional fim das operações de Israel

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da Efe, em Gaza

O governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) liderado pelo grupo radical Hamas [que possui braço político e armado], pediu nesta quarta-feira que a comunidade internacional e a ONU (Organização das Nações Unidas) tomem medidas para colocar fim aos ataques israelenses na faixa de Gaza, que se intensificaram nas últimas horas.

"O governo palestino condena energicamente os crimes israelenses nos territórios palestinos e pede que a comunidade internacional e a ONU coloquem fim às agressões israelenses e protejam os civis das forças de ocupação", disse em comunicado o porta-voz do Executivo da ANP, Ghazi Hamad.

Reuters
Palestinas passam pelo controverso muro construído por Israel, perto de Ramallah
Palestinas passam pelo controverso muro construído por Israel, perto de Ramallah
Na madrugada passada, o Exército israelense lançou uma grande operação no sul da faixa de Gaza, e chegou a entrar 1,5 quilômetro dentro do território palestino.

Forças de infantaria entraram nas proximidades do terminal fronteiriço de Rafah e fizeram buscas de túneis subterrâneos, com a ajuda de um batalhão de rastreadores beduínos.

Dois membros de grupos palestinos morreram em um dos confrontos iniciados pouco depois da incursão israelense na localidade de Rafah.

Entre eles, segundo fontes do braço armado do Hamas, está um dos que participaram do seqüestro do soldado israelense Gilad Shalit, em 25 de junho.

O jornal israelense "Haaretz" informa nesta quarta-feira que a incursão nas imediações de Rafah, concretamente na Rota Filadélfia, é a maior na faixa de Gaza desde que Israel saiu desse território, em meados de 2005.

O jornal cita fontes militares, que disseram que a operação ao longo da fronteira entre Gaza e Egito tem por missão continuar a busca de túneis usados pelas milícias palestinas para introduzir armas na faixa de Gaza.

Tanques israelenses estão posicionados nas imediações da passagem fronteiriça, disseram fontes palestinas, que acham que a nova incursão israelense tem por objetivo impedir que o ministro do Interior da ANP, Said Siyam, do Hamas, volte à faixa de Gaza.

O primeiro-ministro da ANP, Ismail Haniyeh, disse hoje ter esperança de que Siyam possa voltar à faixa de Gaza.

Israel

Nesta quarta-feira, o ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, disse no Parlamento (Knesset) que Israel não tem intenção de reconquistar a faixa de Gaza, apesar das intensas operações militares.

Segundo os órgãos de segurança israelenses, desde que o Exército se retirou há pouco mais de um ano o território de Gaza, as facções palestinas conseguiram por contrabando --procedentes do Egito-- foguetes antitanque e antiaéreos, além de 20 toneladas de explosivos, através de túneis subterrâneos.

Durante um discurso no Parlamento sobre as operações militares em Gaza, Peretz disse que, "se os palestinos conseguiram dezenas de foguetes de contrabando, não esperaremos que mais milhares deles os possuam".

Durante as incursões e os ataques da Força Aérea conhecidos como "assassinatos seletivos" contra chefes e milicianos, mais de 250 palestinos morreram na faixa de Gaza.

Nas últimas 24 horas, nove palestinos morreram em operações do Exército e em confrontos armados em Gaza e na Cisjordânia.

Ainda nesta quarta-feira, efetivos do Exército e do Shin Bet (serviço de inteligência israelense) detiveram na cidade de Nablus, na Cisjordânia, supostos membros de uma célula palestina clandestina que atacaria alvos em Israel, entre eles seu chefe, Fouad Sufan (do Fatah), informaram fontes militares israelenses.

A célula supostamente também distribuía explosivos e materiais para atos de sabotagem a outros grupos da organização.

A detenção de Sufan e de dos outros membros foi possível graças ao depoimento de outro militante, capturado antes de sair para uma missão suicida, disseram as fontes.

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