Publicidade
Publicidade
19/10/2006
-
19h14
da Folha Online
Um dia após o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ter admitido a comparação entre as guerras do Iraque e do Vietnã, um porta-voz do Exército americano em Bagdá reconheceu publicamente nesta quinta-feira (19) que as últimas ações militares no país falharam e que será preciso agora uma nova estratégia de ação.
De acordo com o general William Caldwell, porta-voz chefe do Exército americano no Iraque, o último plano de segurança adotado --que teve início em agosto-- não conseguiu reduzir a violência no país.
O número de ataques aumentou mais de 20% nas primeiras três semanas do Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer], se comparadas com as três semanas anteriores, de acordo uma reportagem publicada hoje no jornal "The New York Times".
Fracasso
O plano de segurança fracassado previa a retomada do controle de Bagdá pelas forças de segurança americanas por meio de uma ocupação bairro-a-bairro. Os militares promoveram buscas em casas, instalaram postos de segurança e conseguiram "limpar" diversas regiões da presença de insurgentes, mas a manutenção do controle nessas áreas se mostrou mais difícil do que o imaginado.
"Eles continuam retornando", afirmou Caldwell sobre os insurgentes, ainda segundo o "New York Times". Os militares consideram que o controle de Bagdá é crucial para o sucesso da ofensiva no Iraque.
O general acrescentou que a força militar americana estava "trabalhando em conjunto com o governo do Iraque para determinar a melhor forma de redirecionar os esforços" no país. Não ficou claro quais serão os próximos passos tomados pelo Exército dos EUA no Iraque.
Vietnã
Ontem, o presidente Bush disse à TV americana ABC que a situação no Iraque atualmente é similar à da ofensiva de Tet (1968), no Vietnã, considerada como ponto crucial da derrota americana de então.
A guerra no Vietnã (1965-1975), uma ferida que continua aberta para os americanos, terminou com a derrota dos EUA e um saldo de quase 60 mil americanos e mais de 1 milhão de vietnamitas mortos.
Em outubro, as mortes no Iraque atingiram a marca de três por dia, número mais alto desde janeiro de 2005. Cerca de 70 militares americanos já morreram desde o início de outubro. Calcula-se que cerca de 2.700 soldados americanos já morreram no país desde a invasão em 2003.
Apesar dos problemas, o presidente americano garantiu que as tropas americanas não deixariam o Iraque, mesmo com o aumento do número de militares mortos.
"A Al Qaeda ainda é muito ativa no Iraque. Eles não querem só matar soldados americanos, mas também fomentar violência sectária. Eles crêem que se criarem bastante caos, o povo americano ficará farto do esforço feito no Iraque e pedir a retirada", disse.
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Após comparação com Vietnã, EUA admitem fracasso no Iraque
Publicidade
Um dia após o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ter admitido a comparação entre as guerras do Iraque e do Vietnã, um porta-voz do Exército americano em Bagdá reconheceu publicamente nesta quinta-feira (19) que as últimas ações militares no país falharam e que será preciso agora uma nova estratégia de ação.
De acordo com o general William Caldwell, porta-voz chefe do Exército americano no Iraque, o último plano de segurança adotado --que teve início em agosto-- não conseguiu reduzir a violência no país.
O número de ataques aumentou mais de 20% nas primeiras três semanas do Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer], se comparadas com as três semanas anteriores, de acordo uma reportagem publicada hoje no jornal "The New York Times".
Fracasso
O plano de segurança fracassado previa a retomada do controle de Bagdá pelas forças de segurança americanas por meio de uma ocupação bairro-a-bairro. Os militares promoveram buscas em casas, instalaram postos de segurança e conseguiram "limpar" diversas regiões da presença de insurgentes, mas a manutenção do controle nessas áreas se mostrou mais difícil do que o imaginado.
"Eles continuam retornando", afirmou Caldwell sobre os insurgentes, ainda segundo o "New York Times". Os militares consideram que o controle de Bagdá é crucial para o sucesso da ofensiva no Iraque.
O general acrescentou que a força militar americana estava "trabalhando em conjunto com o governo do Iraque para determinar a melhor forma de redirecionar os esforços" no país. Não ficou claro quais serão os próximos passos tomados pelo Exército dos EUA no Iraque.
Vietnã
Ontem, o presidente Bush disse à TV americana ABC que a situação no Iraque atualmente é similar à da ofensiva de Tet (1968), no Vietnã, considerada como ponto crucial da derrota americana de então.
A guerra no Vietnã (1965-1975), uma ferida que continua aberta para os americanos, terminou com a derrota dos EUA e um saldo de quase 60 mil americanos e mais de 1 milhão de vietnamitas mortos.
Em outubro, as mortes no Iraque atingiram a marca de três por dia, número mais alto desde janeiro de 2005. Cerca de 70 militares americanos já morreram desde o início de outubro. Calcula-se que cerca de 2.700 soldados americanos já morreram no país desde a invasão em 2003.
Apesar dos problemas, o presidente americano garantiu que as tropas americanas não deixariam o Iraque, mesmo com o aumento do número de militares mortos.
"A Al Qaeda ainda é muito ativa no Iraque. Eles não querem só matar soldados americanos, mas também fomentar violência sectária. Eles crêem que se criarem bastante caos, o povo americano ficará farto do esforço feito no Iraque e pedir a retirada", disse.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice