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21/10/2006 - 04h35

Retomadas as buscas pelas vítimas dos atentados de 11 de setembro

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da Efe, em Nova York

A prefeitura de Nova York vai retomar a busca de restos mortais das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, após a descoberta, esta semana, de fragmentos que podem ter pertencido a pessoas mortas na queda das Torres Gêmeas.

"A recuperação dos corpos foi um dos esforços mais importantes após os atentados. Continuaremos com este trabalho com a mesma dignidade e cuidado do passado", afirmou o prefeito adjunto, Edward Skyler, em comunicado após a descoberta dos restos num esgoto.

Skyler se reuniu nesta sexta-feira em caráter de urgência com todos os corpos de segurança, entidades públicas e companhias privadas que atuam na área onde ficavam as Torres Gêmeas.

Participaram do encontro representantes da Verizon, Empire City Subway e Consolidated Edison, empresas cujos trabalhadores encontraram os restos (um braço e uma perna, segundo a imprensa local) enquanto retiravam escombros de um bueiro.

Durante a reunião foi acertada a aplicação imediata de várias medidas caso apareçam mais vestígios humanos no local. "Edison e Verizon inspecionarão vários poços e túneis subterrâneos das áreas próximas à rua West Street, e extrairão qualquer material que encontrarem", disse Skyler.

Pelo acordo, uma equipe de médicos forenses da cidade permanecerá na área para examinar de maneira cuidadosa tudo que for recuperado na busca de restos humanos. "A equipe de forenses trabalhará em colaboração com os membros da Polícia e do Corpo de Bombeiros, que permanecerão no local o tempo todo", explicou Skyler. Segundo ele, qualquer resto recuperado será levado à equipe forense para testes de DNA.

O Departamento de Desenho e Construção do baixo Manhattan estabelecerá um posto de comando para canalizar os esforços de busca nas áreas subterrâneas.

Até o momento, as autoridades só identificaram os restos de 1.150 das 2.749 pessoas que morreram nos atentados, para revolta de diversas associações de parentes das vítimas.

O anúncio da recente descoberta de restos provocou fortes críticas por parte de um dos grupos mais numerosos, o "Famílias por um Enterro Digno". Seus representantes exigiram que as autoridades localizem e identifiquem os restos de todas as vítimas dos ataques. "Não podemos permitir que as descobertas continuem sendo acidentais", disse a organização num comunicado, no qual pediu às autoridades que "façam bem o seu trabalho".

Há pouco mais de um ano, o mesmo grupo solicitou a um tribunal do distrito do Sul de Nova York uma nova busca nos escombros extraídos da área onde ficava o World Trade Center.

Os destroços permanecem num despejo de Staten Island, o que é "impensável" para pessoas que morreram como heróis, denunciaram os autores da reivindicação. Eles dizem acreditar que restos de seus entes queridos possam estar perdidos entre os escombros.

Em sua tarefa, os forenses enfrentam, além disso, outro desafio: muitos corpos não-identificados são de trabalhadores ilegais. Pelo menos 68 deles foram declarados desaparecidos por amigos ou parentes, e só 40 foram identificados.

Até quinta-feira, a última descoberta de supostos restos de vítimas tinha acontecido em março. Na ocasião, trabalhadores que limpavam um arranha-céu próximo à "Zona Zero" encontraram no edifício vestígios humanos que também podem ser de vítimas da tragédia.

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