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24/10/2006
-
14h16
da Folha Online
Um investigação de dois anos levada a cabo por setores da Defesa de Israel apontam que, apesar das promessas do governo israelense, os assentamentos judaicos em áreas palestinas aumentaram em vez de diminuir, segundo reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal israelense "Haaretz".
A informação teria sido apresentada a dois ministros da Defesa de Israel, Amir Peretz e seu predecessor, Shaul Mofaz, mas não foi divulgado publicamente e várias pessoas que participaram do estudo tiveram de se comprometer a não revelar nenhuma informação.
Segundo informações de fontes de segurança que conhecem o material, o estudo é uma "bomba" política e diplomática, informa o "Haaretz", acrescentando que a não-publicação seria uma tentativa de evitar uma crise com o governo dos EUA.
Israel se comprometera a não expandir os assentamentos judaicos dentro dos territórios palestinos e a oferecer melhorias para a vida dos palestinos.
Aposentado há um mês, o general-de-brigada Baruch Spiegel [que era assistente do Ministério da Defesa] também era o responsável por vários assuntos relativos aos territórios palestinos.
Uma das tarefas de Spiegel era atualizar o banco de dados sobre os territórios. Só que durante conversas entre autoridades americanas e organizações não-governamentais, como a Peace Now, revelou-se que informações sobre os colonos haviam sido omitidas e que a maioria dos dados eram provenientes da administração civil dos territórios.
Spiegel e sua equipe compararam dados da Administração Civil a dados dos EUA e realizaram vários sobrevôos nas regiões dos assentamentos para completar os dados disponíveis. Os resultados do estudo, segundo fontes da segurança, apontam discrepância entre os dados da Administração Civil e a realidade dos territórios.
Há três anos, após diálogo com os EUA, Israel prometeu que as novas construções em assentamentos ocorreriam apenas perto de áreas já existentes. Novas construções seriam limitadas ao crescimento natural dos assentamentos, dando fim à expansão descontrolada.
O estudo mostra que Israel falhou não cumpriu seus compromissos. Segundo a reportagem, em muitos casos, as construções foram realizadas em propriedades privadas palestinas.
Em muitos casos, com a justificativa do risco de ataques e da necessidade de proteger os territórios israelenses, fazendeiros palestinos foram impedidos de entrar em suas terras vizinhas aos assentamentos israelenses.
Em um comunicado, o Ministério da Defesa afirmou que "a questão está sendo examinada, que os trabalhos terminarão em breve e alguns trechos do relatório serão divulgados". Ainda segundo o anúncio, o Ministério da Defesa "irá discutir a questão com o primeiro-ministro Ehud Olmert".
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Um investigação de dois anos levada a cabo por setores da Defesa de Israel apontam que, apesar das promessas do governo israelense, os assentamentos judaicos em áreas palestinas aumentaram em vez de diminuir, segundo reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal israelense "Haaretz".
A informação teria sido apresentada a dois ministros da Defesa de Israel, Amir Peretz e seu predecessor, Shaul Mofaz, mas não foi divulgado publicamente e várias pessoas que participaram do estudo tiveram de se comprometer a não revelar nenhuma informação.
Segundo informações de fontes de segurança que conhecem o material, o estudo é uma "bomba" política e diplomática, informa o "Haaretz", acrescentando que a não-publicação seria uma tentativa de evitar uma crise com o governo dos EUA.
Israel se comprometera a não expandir os assentamentos judaicos dentro dos territórios palestinos e a oferecer melhorias para a vida dos palestinos.
Aposentado há um mês, o general-de-brigada Baruch Spiegel [que era assistente do Ministério da Defesa] também era o responsável por vários assuntos relativos aos territórios palestinos.
Uma das tarefas de Spiegel era atualizar o banco de dados sobre os territórios. Só que durante conversas entre autoridades americanas e organizações não-governamentais, como a Peace Now, revelou-se que informações sobre os colonos haviam sido omitidas e que a maioria dos dados eram provenientes da administração civil dos territórios.
Spiegel e sua equipe compararam dados da Administração Civil a dados dos EUA e realizaram vários sobrevôos nas regiões dos assentamentos para completar os dados disponíveis. Os resultados do estudo, segundo fontes da segurança, apontam discrepância entre os dados da Administração Civil e a realidade dos territórios.
Há três anos, após diálogo com os EUA, Israel prometeu que as novas construções em assentamentos ocorreriam apenas perto de áreas já existentes. Novas construções seriam limitadas ao crescimento natural dos assentamentos, dando fim à expansão descontrolada.
O estudo mostra que Israel falhou não cumpriu seus compromissos. Segundo a reportagem, em muitos casos, as construções foram realizadas em propriedades privadas palestinas.
Em muitos casos, com a justificativa do risco de ataques e da necessidade de proteger os territórios israelenses, fazendeiros palestinos foram impedidos de entrar em suas terras vizinhas aos assentamentos israelenses.
Em um comunicado, o Ministério da Defesa afirmou que "a questão está sendo examinada, que os trabalhos terminarão em breve e alguns trechos do relatório serão divulgados". Ainda segundo o anúncio, o Ministério da Defesa "irá discutir a questão com o primeiro-ministro Ehud Olmert".
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