Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/10/2006 - 09h20

Mulheres sem véu "incitam crime sexual", diz líder muçulmano

Publicidade

da France Presse, em Sydney

O principal religioso muçulmano da Austrália, o xeque Taj Aldin al Hilali, provocou polêmica ao afirmar que as mulheres que não usam véu incitam a ocorrência de crimes sexuais.

"Se vocês colocam a carne na rua, no jardim ou no parque sem cobri-la, os gatos aparecem para comê-la (...) quem deve levar a culpa, os gatos ou a carne ao ar livre?", disse ele no mês passado diante de 500 fiéis, segundo o jornal "The Australian".

"A carne ao ar livre, aí está o problema. Se ela tivesse permanecido em seu dormitório, em sua casa, vestindo seu véu, não teria acontecido nenhum problema", acrescentou o líder religioso muçulmano. As declarações rapidamente provocaram polêmica.

A representante do governo australiano na Comissão de Luta Contra a Discriminação, Pro Goward, pediu que o líder religioso renuncie e seja expulso do país. "É uma incitação ao crime (...) Jovens muçulmanos realizariam estupros de mulheres para defender seus comentários".

"Penso que é hora de pedir que saia e convido as autoridades a se perguntar se devemos permitir que um homem que incita jovens muçulmanos ao crime permaneça em território nacional".

Ela não comentou se o religioso, de origem egípcia, que chegou à Austrália em 1982, possui ou não a nacionalidade australiana.

Taj Aldin al Hilali se defendeu explicando que se referia somente às prostitutas, mas segundo o "Australian", isso não foi especificado em seu sermão.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre crimes sexuais
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página