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27/10/2006
-
16h42
da Folha Online
A polícia francesa mobilizou 4.000 homens para reforçar a segurança um ano após revolta popular --iniciada por moradores de subúrbios parisienses, e que durou três semanas -- ter deixado 9.000 carros destruídos em cerca de 200 cidades francesas.
Nesta sexta-feira, dois homens encapuzados e armados atacaram e incendiaram um ônibus em Blanc Mesnil, na periferia de Paris. O motorista e 15 passageiros foram ameaçados e obrigados a sair do veículo. Não houve feridos. Os dois agressores jogaram gasolina em volta do ônibus e atearam fogo.
As violentas manifestações ocorridas há exatos 12 meses foram desencadeadas quando dois jovens que viviam em Clichy-sous-Bois, perto da capital francesa, morreram eletrocutados acidentalmente quando fugiam da polícia.
Hoje, uma marcha silenciosa de milhares de pessoas lembrou a morte dos dois jovens e os incidentes do ano passado em Clichy-sous-Bois, no nordeste de Paris. Autoridades pediram calma aos manifestantes depois de uma série de incidentes nesses últimos dias ameaçarem a retomada de uma nova onda onda de violência.
"É preciso que a calma, a dignidade e a coragem que reinam aqui persistam", disse o prefeito socialista de Clichy-sous-Bois, Claude Dilain. "Uma vez mais a França, o mundo, estão nos olhando", acrescentou.
Ontem, vários ônibus foram incendiados depois de serem atacados. Um deles foi tomado por uma dezena de jovens que ameaçaram os passageiros com armas. Esta retomada das tensões levou o ministro do Interior Nicolas Sarkozy a anunciar na noite de ontem o reforço da segurança. "Decidi mobilizar a totalidade das forças de que dispomos para garantir a segurança dos que usam o transporte público."
Em viagem nesta sexta-feira pelo sul da França, Sarkozy, candidato provável da direita para a eleição presidencial de 2007, disse que "não havia nenhum aniversário para ser comemorado".
Marcha
A marcha de protesto foi liderada pelas famílias de Bouna Traore e Zyed Benna, os dois adolescentes de 15 e 17 anos eletrocutados. Diante do transformador, um imã (líder religioso muçulmano) fez uma oração em árabe e em francês. "Que Deus abençoe esses bairros de paz e de respeito, que Deus evite uma catástrofe como aquela", disse.
Durante os tumultos de 2005, que deixaram centenas de feridos, mais de 9.000 veículos e cerca de 300 prédios, entre eles várias escolas, foram incendiados.
A violência trouxe à tona problemas de integração dos jovens franceses de origem estrangeira, vítimas de discriminações e de uma taxa de desemprego elevada, que chegam em alguns bairros a 40%.
Recentemente, a imprensa francesa revelou estimativas que apontam que "a maior parte das condições que provocaram, há um ano, a onda de violência coletiva estão novamente presentes nas mesmas regiões.
Segundo uma pesquisa publicada nesta sexta-feira, 59% dos prefeitos franceses consideram provável que os tumultos se repitam nos próximos meses nos subúrbios.
Com agências internacionais
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Um ano após tumultos, Paris põe 4.000 policiais nas ruas
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A polícia francesa mobilizou 4.000 homens para reforçar a segurança um ano após revolta popular --iniciada por moradores de subúrbios parisienses, e que durou três semanas -- ter deixado 9.000 carros destruídos em cerca de 200 cidades francesas.
Nesta sexta-feira, dois homens encapuzados e armados atacaram e incendiaram um ônibus em Blanc Mesnil, na periferia de Paris. O motorista e 15 passageiros foram ameaçados e obrigados a sair do veículo. Não houve feridos. Os dois agressores jogaram gasolina em volta do ônibus e atearam fogo.
Efe |
Paris põe 4.000 policiais nas ruas; distúrbios destruíram 9.000 carros no ano passado |
Hoje, uma marcha silenciosa de milhares de pessoas lembrou a morte dos dois jovens e os incidentes do ano passado em Clichy-sous-Bois, no nordeste de Paris. Autoridades pediram calma aos manifestantes depois de uma série de incidentes nesses últimos dias ameaçarem a retomada de uma nova onda onda de violência.
"É preciso que a calma, a dignidade e a coragem que reinam aqui persistam", disse o prefeito socialista de Clichy-sous-Bois, Claude Dilain. "Uma vez mais a França, o mundo, estão nos olhando", acrescentou.
Ontem, vários ônibus foram incendiados depois de serem atacados. Um deles foi tomado por uma dezena de jovens que ameaçaram os passageiros com armas. Esta retomada das tensões levou o ministro do Interior Nicolas Sarkozy a anunciar na noite de ontem o reforço da segurança. "Decidi mobilizar a totalidade das forças de que dispomos para garantir a segurança dos que usam o transporte público."
Em viagem nesta sexta-feira pelo sul da França, Sarkozy, candidato provável da direita para a eleição presidencial de 2007, disse que "não havia nenhum aniversário para ser comemorado".
Marcha
A marcha de protesto foi liderada pelas famílias de Bouna Traore e Zyed Benna, os dois adolescentes de 15 e 17 anos eletrocutados. Diante do transformador, um imã (líder religioso muçulmano) fez uma oração em árabe e em francês. "Que Deus abençoe esses bairros de paz e de respeito, que Deus evite uma catástrofe como aquela", disse.
Durante os tumultos de 2005, que deixaram centenas de feridos, mais de 9.000 veículos e cerca de 300 prédios, entre eles várias escolas, foram incendiados.
A violência trouxe à tona problemas de integração dos jovens franceses de origem estrangeira, vítimas de discriminações e de uma taxa de desemprego elevada, que chegam em alguns bairros a 40%.
Recentemente, a imprensa francesa revelou estimativas que apontam que "a maior parte das condições que provocaram, há um ano, a onda de violência coletiva estão novamente presentes nas mesmas regiões.
Segundo uma pesquisa publicada nesta sexta-feira, 59% dos prefeitos franceses consideram provável que os tumultos se repitam nos próximos meses nos subúrbios.
Com agências internacionais
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