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30/10/2006
-
12h19
da Folha Online
Tropas paquistanesas apoiadas por helicópteros lançaram nesta segunda-feira o mais violento ataque contra supostos rebeldes, matando 80 pessoas e destruindo uma escola religiosa que seria usada como local de treinamento para novos membros da rede terrorista Al Qaeda.
Com as mortes, ocorridas no distrito de Bajur, perto da fronteira com o Afeganistão, o ataque se torna o mais violento realizado pelo Exército paquistanês contra supostos terroristas no país.
De acordo com testemunhas e líderes locais, apenas estudantes e professores morreram no ataque contra a madrassa [escola religiosa] na vila de Chingai, perto da cidade de Khar.
A operação causou protestos em Chingai, Khar e em outras cidades de Bajur, enquanto líderes políticos e tribais denunciaram o Exército paquistanês, dizendo que apenas civis inocentes, e não terroristas, foram mortos na ação.
As tensões ameaçaram os esforços de paz entre autoridades de governo e líderes da região tribal, que é cenário de atividades de rebeldes que se opõem às tropas paquistanesas e às forças americanas no Afeganistão.
Helicópteros lançaram ao menos quatro mísseis contra a madrassa, onde mais de 80 pessoas se reuniam, segundo o porta-voz do Exército, Shaukat Sultan. As explosões destruíram o prédio e espalharam partes de corpos, sangue e escombros pela área.
Segundo Sultan, que cita fontes da inteligência, o ataque matou cerca de 80 supostos rebeldes paquistaneses e estrangeiros. Apenas três pessoas teriam sobrevivido ao ataque.
"Os militantes estavam envolvidos em ações no Paquistão, e provavelmente no Afeganistão", disse o porta-voz militar. Segundo ele, a madrassa era utilizada para treinar rebeldes e foi atacada depois que os avisos para que fosse fechada foram ignorados nas últimas semanas.
Na madrassa, dezenas de moradores recolhiam corpos do local, colocando pedaços de corpos em sacos plásticos. "Nós ouvimos helicópteros e, em seguida, explosões de bombas", disse uma das testemunhas, Haji Youssef. "Estamos todos muito tristes com o que presenciamos".
A região de Bajur fica próxima da região da Província de Kunar, no Afeganistão, e grupos rebeldes supostamente lançam armas e suprimentos pela fronteira para ajudar nos ataques contra as forças dos EUA que operam na área.
O Paquistão se transformou no principal aliado dos EUA em sua guerra contra o terror após os ataques de 11 de Setembro. Mais de 80 mil soldados foram destacados na região para combater membros da Al Qaeda e da milícia Taleban que agem na região.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Paquistão
Leia o que já foi publicado sobre a Al Qaeda
Paquistão mata 80 em ataque mais violento contra supostos rebeldes
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Tropas paquistanesas apoiadas por helicópteros lançaram nesta segunda-feira o mais violento ataque contra supostos rebeldes, matando 80 pessoas e destruindo uma escola religiosa que seria usada como local de treinamento para novos membros da rede terrorista Al Qaeda.
Com as mortes, ocorridas no distrito de Bajur, perto da fronteira com o Afeganistão, o ataque se torna o mais violento realizado pelo Exército paquistanês contra supostos terroristas no país.
De acordo com testemunhas e líderes locais, apenas estudantes e professores morreram no ataque contra a madrassa [escola religiosa] na vila de Chingai, perto da cidade de Khar.
A operação causou protestos em Chingai, Khar e em outras cidades de Bajur, enquanto líderes políticos e tribais denunciaram o Exército paquistanês, dizendo que apenas civis inocentes, e não terroristas, foram mortos na ação.
As tensões ameaçaram os esforços de paz entre autoridades de governo e líderes da região tribal, que é cenário de atividades de rebeldes que se opõem às tropas paquistanesas e às forças americanas no Afeganistão.
Helicópteros lançaram ao menos quatro mísseis contra a madrassa, onde mais de 80 pessoas se reuniam, segundo o porta-voz do Exército, Shaukat Sultan. As explosões destruíram o prédio e espalharam partes de corpos, sangue e escombros pela área.
Segundo Sultan, que cita fontes da inteligência, o ataque matou cerca de 80 supostos rebeldes paquistaneses e estrangeiros. Apenas três pessoas teriam sobrevivido ao ataque.
"Os militantes estavam envolvidos em ações no Paquistão, e provavelmente no Afeganistão", disse o porta-voz militar. Segundo ele, a madrassa era utilizada para treinar rebeldes e foi atacada depois que os avisos para que fosse fechada foram ignorados nas últimas semanas.
Na madrassa, dezenas de moradores recolhiam corpos do local, colocando pedaços de corpos em sacos plásticos. "Nós ouvimos helicópteros e, em seguida, explosões de bombas", disse uma das testemunhas, Haji Youssef. "Estamos todos muito tristes com o que presenciamos".
A região de Bajur fica próxima da região da Província de Kunar, no Afeganistão, e grupos rebeldes supostamente lançam armas e suprimentos pela fronteira para ajudar nos ataques contra as forças dos EUA que operam na área.
O Paquistão se transformou no principal aliado dos EUA em sua guerra contra o terror após os ataques de 11 de Setembro. Mais de 80 mil soldados foram destacados na região para combater membros da Al Qaeda e da milícia Taleban que agem na região.
Com agências internacionais
Especial
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