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30/10/2006
-
12h25
da Folha Online
Após cinco meses de protesto em que manifestantes ocuparam a praça central da cidade colonial de Oaxaca, no sul do México, as Forças Armadas do país retomaram o controle da situação.
Na noite deste domingo, policiais federais e soldados do Exército romperam barricadas e tomaram o Zócalo, como é conhecido o local.
Os soldados enfrentaram resistência. Manifestantes armados com pedras e paus tentaram interromper seu avanço. Fogueiras foram acesas no centro da cidade, em uma tentativa de barrar os veículos que transportavam as forças do governo.
A operação foi ordenada pelo presidente do México, Vicente Fox, após dois manifestantes e um jornalista americano terem sido mortos em confrontos entre militantes de esquerda e Forças Armadas, na última sexta-feira (27).
A administração Fox argumenta que o avanço dos soldados foi necessário, pois o Estado e as autoridades locais não conseguiam mais manter a ordem e a segurança pública. Segundo Fox, "grupos radicais fora de controle tinham colocado em risco a segurança dos cidadãos".
Na Cidade do México, capital do país, focos de protesto refletiram os confrontos em Oaxaca. Apoiadores dos manifestantes cercaram o hotel onde Ulises Ruiz, governador do Estado, estaria hospedado, chamando-o de assassino.
Levante de professores
Os conflitos em Oaxaca tiveram início há cinco meses, quando professores entraram em greve por reajustes salariais. A situação fugiu ao controle quando o governador enviou policiais para deter manifestações pacíficas, provocando a adesão de outros grupos à greve e a escalada de violência.
O impasse havia aparentemente chegado ao fim. Os professores decidiram retornar às aulas nesta segunda-feira, após receber um aumento em seus salários, mas milhares de manifestantes recusavam-se a deixar as ruas, exigindo a renúncia do governador. Ele é acusado de fraudar a eleição de 2004 e comandar o Estado com "mão-de-ferro".
"Assim que o governador for embora, interromperemos os protestos e iremos para casa. O povo está cansado desse homem que nos trata como se não fôssemos nada", disse Joel Santiago, 38, um dos manifestantes na linha de frente dos protestos no domingo.
Mas alguns moradores da cidade estavam aliviados com a ação do Exército e da polícia. À medida em que as tropas avançavam, pessoas saíam de suas casas, aplaudindo a chegada dos soldados. "Obrigado por terem vindo em socorro de nossa cidade", disse o empresário Teófilo Rodríguez, 56.
Com "The New York Times"
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Oaxaca
Forças Armadas mexicanas retomam controle de Oaxaca
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Após cinco meses de protesto em que manifestantes ocuparam a praça central da cidade colonial de Oaxaca, no sul do México, as Forças Armadas do país retomaram o controle da situação.
Na noite deste domingo, policiais federais e soldados do Exército romperam barricadas e tomaram o Zócalo, como é conhecido o local.
Os soldados enfrentaram resistência. Manifestantes armados com pedras e paus tentaram interromper seu avanço. Fogueiras foram acesas no centro da cidade, em uma tentativa de barrar os veículos que transportavam as forças do governo.
Reuters |
Tropa de choque controla situação em Oaxaca, sul do México; manifestantes tentam resistir |
A administração Fox argumenta que o avanço dos soldados foi necessário, pois o Estado e as autoridades locais não conseguiam mais manter a ordem e a segurança pública. Segundo Fox, "grupos radicais fora de controle tinham colocado em risco a segurança dos cidadãos".
Na Cidade do México, capital do país, focos de protesto refletiram os confrontos em Oaxaca. Apoiadores dos manifestantes cercaram o hotel onde Ulises Ruiz, governador do Estado, estaria hospedado, chamando-o de assassino.
Levante de professores
Os conflitos em Oaxaca tiveram início há cinco meses, quando professores entraram em greve por reajustes salariais. A situação fugiu ao controle quando o governador enviou policiais para deter manifestações pacíficas, provocando a adesão de outros grupos à greve e a escalada de violência.
O impasse havia aparentemente chegado ao fim. Os professores decidiram retornar às aulas nesta segunda-feira, após receber um aumento em seus salários, mas milhares de manifestantes recusavam-se a deixar as ruas, exigindo a renúncia do governador. Ele é acusado de fraudar a eleição de 2004 e comandar o Estado com "mão-de-ferro".
"Assim que o governador for embora, interromperemos os protestos e iremos para casa. O povo está cansado desse homem que nos trata como se não fôssemos nada", disse Joel Santiago, 38, um dos manifestantes na linha de frente dos protestos no domingo.
Mas alguns moradores da cidade estavam aliviados com a ação do Exército e da polícia. À medida em que as tropas avançavam, pessoas saíam de suas casas, aplaudindo a chegada dos soldados. "Obrigado por terem vindo em socorro de nossa cidade", disse o empresário Teófilo Rodríguez, 56.
Com "The New York Times"
Especial
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