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31/10/2006 - 19h38

Morre Pieter Botha, último presidente sul-africano do apartheid

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Da Folha Online

O ex-presidente da África do Sul, Pieter Botha, 90, que governou o país de 1978 a 1989, morreu em sua casa em Johannesburgo nesta terça-feira. Segundo autoridades, ele morreu pacificamente por volta das 20h (15h de Brasília).

Divulgação
Pieter Botha, que governou a África do Sul de 1978 a 1989, morreu hoje
Pieter Botha, que governou a África do Sul de 1978 a 1989, morreu hoje
Botha foi presidente durante os últimos anos do apartheid, período de maior isolamento internacional da África do Sul. Através de sanções econômicas ao país, maior produtor mundial de ouro e de diamantes, líderes mundiais pediam a Botha que desse fim ao regime racista e libertasse o preso político mais conhecido do mundo, Nelson Mandela.

O presidente, no entanto, resistiu às pressões. As reformas só tiveram início em 1989, com a renúncia dele e a ascensão de Frederik de Klerk. Em 1998, uma comissão de inquérito do governo, organizada por Nelson Mandela, considerou Botha culpado de uma série de violações a direitos humanos, como ordem de assassinatos e até atentados a bomba.

Mas o delicado estado de saúde do ex-presidente evitou que o processo contra ele fosse levado adiante. Até o fim da vida, Botha se recusou a pedir desculpas pelo apartheid e negou que tivesse conhecimento de torturas e assassinatos em seu governo.

Depois do apartheid

Com uma população de 44 milhões (70% de negros), a África do Sul vai superando as mais de quatro décadas de apartheid. O regime implantado na Constituição elaborada pelo Partido Nacional, em 1948, negava direitos civis à população negra.

Após Frederik de Klerk subir ao poder, o Congresso Nacional Africano, maior grupo de oposição, recuperou os direitos políticos e as leis do apartheid foram gradualmente revogadas. Nelson Mandela foi libertado em 1990, após 28 anos de prisão. Ele e De Klerk receberam o Prêmio Nobel da Paz em 1993.

No ano seguinte, foram realizadas as primeiras eleições livres no país e Mandela chegou ao poder com mais de 60% dos votos. O ex-preso político deixou o governo em 1999, substituído por Thabo Mbeki, que ainda lidera o país.

Especial
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