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01/11/2006
-
10h35
da France Presse, em Ramallah
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas qualiificou nesta quarta-feira de "massacre" as mortes de seis palestinos na faixa de Gaza, em uma ofensiva militar de Israel.
"O presidente condenou energicamente a matança israelense que deixou seis mortos e quase 40 feridos em Beit Hannun", diz um comunicado da Presidência da ANP.
Classificando a operação do Exército israelense de "crime odioso", Abbas exigiu que o "governo da ocupação ponha fim imediatamente a todas as ações hostis contra nosso povo".
Também pediu que a comunidade internacional "intervenha rapidamente para pôr fim as agressões e impedir uma nova deterioração da situação na região".
Durante a noite de terça-feira e a madrugada desta quarta-feira, tropas israelenses penetraram na faixa de Gaza, matando seis palestinos e deixando pelo menos outros 35 feridos, segundo o último balanço.
Unidades de infantaria israelenses apoiadas por tanques ocuparam totalmente Beit Hanoun, segundo fontes da segurança palestinas. O hospital da localidade foi cercado por tanques israelenses, que impediam o acesso, acrescentaram testemunhas.
Um porta-voz militar confirmou que uma "importante operação" estava em curso na região para pôr fim aos disparos de foguetes em direção ao sul de Israel.
"Trinta palestinos armados foram atingidos", afirmou.
Foguetes
Segundo ele, desde o início do ano foram disparados 300 foguetes de Beit Hanoun para o sul de Israel, provocando essencialmente danos materiais.
O porta-voz afirmou que a aviação lançou dois ataques contra palestinos armados durante a operação.
O gabinete de segurança israelense se reuniu neste quarta-feira para decidir sobre uma ampliação da operação na faixa de Gaza, informou o gabinete do primeiro-ministro Ehud Olmert.
Reunião
Trata-se da primeira reunião com a presença do novo ministro de Assuntos Estratégicos, Avigdor Lieberman, chefe do partido ultranacionalista Israel Beitenu.
Segundo a rádio militar, o ministro de Defesa Amir Peretz é contra os planos de operações apresentados pelo Estado-Maior, que sugerem o lançamento de uma operação de grande envergadura, sobretudo no sul da faixa de Gaza, para tentar pôr fim ao contrabando de armas provenientes do Egito por meio de túneis.
O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, denunciou as ameaças israelenses.
"Os ataques, as ameaças e as detenções continuam. As ameaças abriram uma nova etapa, pois (os israelenses) falam de uma reocupação parcial da faixa de Gaza para tentar isolá-la do Egito", declarou o chefe de governo.
Há algumas semanas vários dirigentes israelenses evocaram a possibilidade de realizar essa operação para tentar acabar com os disparos de foguetes contra Israel e conseguir a libertação de um soldado feito prisioneiro em 25 de junho por combatentes palestinos na fronteira com a faixa de Gaza.
Os EUA classificaram de "legítima defesa" o projeto da ofensiva israelense nessa região.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a faixa de Gaza
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Abbas qualifica como "massacre" ofensiva israelense em Gaza
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O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas qualiificou nesta quarta-feira de "massacre" as mortes de seis palestinos na faixa de Gaza, em uma ofensiva militar de Israel.
"O presidente condenou energicamente a matança israelense que deixou seis mortos e quase 40 feridos em Beit Hannun", diz um comunicado da Presidência da ANP.
Classificando a operação do Exército israelense de "crime odioso", Abbas exigiu que o "governo da ocupação ponha fim imediatamente a todas as ações hostis contra nosso povo".
Também pediu que a comunidade internacional "intervenha rapidamente para pôr fim as agressões e impedir uma nova deterioração da situação na região".
Durante a noite de terça-feira e a madrugada desta quarta-feira, tropas israelenses penetraram na faixa de Gaza, matando seis palestinos e deixando pelo menos outros 35 feridos, segundo o último balanço.
Unidades de infantaria israelenses apoiadas por tanques ocuparam totalmente Beit Hanoun, segundo fontes da segurança palestinas. O hospital da localidade foi cercado por tanques israelenses, que impediam o acesso, acrescentaram testemunhas.
Um porta-voz militar confirmou que uma "importante operação" estava em curso na região para pôr fim aos disparos de foguetes em direção ao sul de Israel.
"Trinta palestinos armados foram atingidos", afirmou.
Foguetes
Segundo ele, desde o início do ano foram disparados 300 foguetes de Beit Hanoun para o sul de Israel, provocando essencialmente danos materiais.
O porta-voz afirmou que a aviação lançou dois ataques contra palestinos armados durante a operação.
O gabinete de segurança israelense se reuniu neste quarta-feira para decidir sobre uma ampliação da operação na faixa de Gaza, informou o gabinete do primeiro-ministro Ehud Olmert.
Reunião
Trata-se da primeira reunião com a presença do novo ministro de Assuntos Estratégicos, Avigdor Lieberman, chefe do partido ultranacionalista Israel Beitenu.
Segundo a rádio militar, o ministro de Defesa Amir Peretz é contra os planos de operações apresentados pelo Estado-Maior, que sugerem o lançamento de uma operação de grande envergadura, sobretudo no sul da faixa de Gaza, para tentar pôr fim ao contrabando de armas provenientes do Egito por meio de túneis.
O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, denunciou as ameaças israelenses.
"Os ataques, as ameaças e as detenções continuam. As ameaças abriram uma nova etapa, pois (os israelenses) falam de uma reocupação parcial da faixa de Gaza para tentar isolá-la do Egito", declarou o chefe de governo.
Há algumas semanas vários dirigentes israelenses evocaram a possibilidade de realizar essa operação para tentar acabar com os disparos de foguetes contra Israel e conseguir a libertação de um soldado feito prisioneiro em 25 de junho por combatentes palestinos na fronteira com a faixa de Gaza.
Os EUA classificaram de "legítima defesa" o projeto da ofensiva israelense nessa região.
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