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01/11/2006
-
22h00
da Folha Online
O comando do Exército americano concluiu há duas semanas que o Iraque vive uma situação de caos, segundo uma reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal "The New York Times" (NYT). O relatório militar, intitulado "Index de um conflito civil", apresenta uma barra de classificação da situação no país que varia de "paz" (à esquerda) a "caos" (à direita). Uma seta coloca o cenário atual no Iraque numa zona vermelha na extrema direita da barra.
O Exército admitiu que a violência no país atingiu seu nível mais alto desde que as forças da coalizão lideradas pelos EUA invadiram o Iraque em 2003 e depuseram o então ditador Saddam Hussein, mas continua a afirmar que a deflagração total de uma guerra civil pode ser evitada.
A reportagem afirma que o documento, no entanto, indica uma queda constante em direção ao caos desde o bombardeio de uma mesquita xiita em Samarra, em fevereiro deste ano. O gráfico foi preparado pelo Comando Centra dos EUA, que supervisiona operações no Iraque, e apresentado em um encontro em 18 de outubro, segundo relatou o "NYT".
A tabela indica ainda mais uma aproximação do caos na última semana.
Negativas
O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, disse que o gráfico era apenas uma "fotografia instantânea" da escalada da violência no Iraque durante o Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer, que acontece no nono mês do calendário islâmico].
"Se você tivesse recebido o mesmo relatório na semana passada, veria que os incidentes entre facções rivais caíram 23% entre os dias 21 e 27 de outubro. A mortes em todo o país também caíram 23%, conflitos em Bagdá caíram outros 23% e mortes na capital, 41%."
O comando central não quis comentar o material, mas um porta-voz disse que o líder militar general John Abizaid e outros líderes vêm "discutindo a realidade da situação no Iraque há meses".
"Na realidade, em agosto o general Abizaid testemunhou perante o Congresso que sinais de alarme eram cada vez mais freqüentes no Iraque e que o país poderia se encaminhar para uma guerra civil", disse o capitão da força aérea Gary Arasin, que também é um porta-voz do comando central.
"Para evitar que isso aconteça, o presidente George W. Bush e o premiê iraquiano, Nouri al Maliki, resolveram estabelecer um time de conselheiros para abordar agressivamente a situação".
Arasin disse ainda que os EUA "têm considerável confiança em nossa liderança, nossas tropas e no governo do Iraque, que está expandindo suas forças de segurança para coibir a violência e permitir que os iraquianos vivam sem medo em uma sociedade democrática".
Baixas
Na segunda-feira (30), o Exército anunciou as mortes de dois soldados em combate, elevando o número de baixas no Iraque neste mês para 103. Um dos soldados morreu no oeste de Bagdá, quando foi atingido por disparos durante uma operação, informou um comunicado do Exército.
Ele era membro da Divisão Multinacional de Bagdá. Outubro detém o recorde em número de baixas em tropas americanas desde o início da guerra, em março de 2003.
Um total de 2.816 soldados já morreram durante o conflito, iniciado em março de 2003. Outubro, que registrou cem baixas entre militares americanos, foi o mês mais mortífero para para os EUA desde janeiro de 2005, quando 107 soldados morreram.
Com Reuters
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Comando militar dos EUA diz que Iraque vive caos
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O comando do Exército americano concluiu há duas semanas que o Iraque vive uma situação de caos, segundo uma reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal "The New York Times" (NYT). O relatório militar, intitulado "Index de um conflito civil", apresenta uma barra de classificação da situação no país que varia de "paz" (à esquerda) a "caos" (à direita). Uma seta coloca o cenário atual no Iraque numa zona vermelha na extrema direita da barra.
O Exército admitiu que a violência no país atingiu seu nível mais alto desde que as forças da coalizão lideradas pelos EUA invadiram o Iraque em 2003 e depuseram o então ditador Saddam Hussein, mas continua a afirmar que a deflagração total de uma guerra civil pode ser evitada.
A reportagem afirma que o documento, no entanto, indica uma queda constante em direção ao caos desde o bombardeio de uma mesquita xiita em Samarra, em fevereiro deste ano. O gráfico foi preparado pelo Comando Centra dos EUA, que supervisiona operações no Iraque, e apresentado em um encontro em 18 de outubro, segundo relatou o "NYT".
A tabela indica ainda mais uma aproximação do caos na última semana.
Negativas
O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, disse que o gráfico era apenas uma "fotografia instantânea" da escalada da violência no Iraque durante o Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer, que acontece no nono mês do calendário islâmico].
"Se você tivesse recebido o mesmo relatório na semana passada, veria que os incidentes entre facções rivais caíram 23% entre os dias 21 e 27 de outubro. A mortes em todo o país também caíram 23%, conflitos em Bagdá caíram outros 23% e mortes na capital, 41%."
O comando central não quis comentar o material, mas um porta-voz disse que o líder militar general John Abizaid e outros líderes vêm "discutindo a realidade da situação no Iraque há meses".
"Na realidade, em agosto o general Abizaid testemunhou perante o Congresso que sinais de alarme eram cada vez mais freqüentes no Iraque e que o país poderia se encaminhar para uma guerra civil", disse o capitão da força aérea Gary Arasin, que também é um porta-voz do comando central.
"Para evitar que isso aconteça, o presidente George W. Bush e o premiê iraquiano, Nouri al Maliki, resolveram estabelecer um time de conselheiros para abordar agressivamente a situação".
Arasin disse ainda que os EUA "têm considerável confiança em nossa liderança, nossas tropas e no governo do Iraque, que está expandindo suas forças de segurança para coibir a violência e permitir que os iraquianos vivam sem medo em uma sociedade democrática".
Baixas
Na segunda-feira (30), o Exército anunciou as mortes de dois soldados em combate, elevando o número de baixas no Iraque neste mês para 103. Um dos soldados morreu no oeste de Bagdá, quando foi atingido por disparos durante uma operação, informou um comunicado do Exército.
Ele era membro da Divisão Multinacional de Bagdá. Outubro detém o recorde em número de baixas em tropas americanas desde o início da guerra, em março de 2003.
Um total de 2.816 soldados já morreram durante o conflito, iniciado em março de 2003. Outubro, que registrou cem baixas entre militares americanos, foi o mês mais mortífero para para os EUA desde janeiro de 2005, quando 107 soldados morreram.
Com Reuters
Especial
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