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02/11/2006 - 10h50

Policial envolvido em morte de brasileiro em Londres mata suspeito

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da Folha Online

Um dos policiais envolvidos na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, 27, assassinado em uma estação de metrô de Londres em julho de 2005, matou um suspeito durante uma operação policial realizada no Condado de Kent, no sudeste do Reino Unido, na terça-feira (31).

Os policiais, membros da unidade armada CO19 da Scotland Yard, davam apoio a uma equipe da inteligência que tentava prender um suspeito de roubo de armas em New Romney.

Nesta quarta-feira, a polícia não forneceu detalhes a respeito do incidente. Segundo fontes policiais, o suspeito --um homem não identificado de 42 anos-- abriu fogo antes do policial, usando uma pistola. A Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês) iniciou uma investigação sobre o caso.

Divulgação
O brasileiro Jean Charles de Menezes, que foi morto pela polícia londrina no ano passado
Três homens foram presos na operação em Kent e estão sendo interrogados pela polícia.

Em um comunicado, a polícia metropolitana descreveu a operação em Kent de "pró-ativa" e voltada para "deter e prender" suspeitos de uma tentativa de roubos de armas, mas lamentou a morte, dizendo que as equipes armadas incluem apenas profissionais equipados e treinados.

"Eles executam uma função extremamente difícil e vital, respondendo a ameaças armadas contra a população e seus colegas desarmados. É extremamente raro usarem suas armas", diz o anúncio, que afirma ainda ser "lamentável quando alguém morre em uma ação policial".

No comunicado, a polícia metropolitana confirmou que a equipe de policiais enviada para a operação incluía agentes envolvidos no tiroteio em Stockwell que matou o brasileiro.

Caso Jean

Menezes, que era eletricista, foi morto a tiros por policiais um dia depois de uma tentativa fracassada de atentados contra o transporte público de Londres, em julho de 2005.

Na manhã de 22 de julho, o jovem saiu de um bloco de apartamentos vigiado no bairro de Tulse Hill, no sul de Londres, entrou em um ônibus e foi até a estação de Stockwell, onde foi baleado pela polícia ao ser confundido com um terrorista suicida.

Após receber um relatório da IPCC, encarregada de investigar o caso, a procuradoria anunciou em julho que não havia provas suficientes para acusar agentes pela morte do jovem. Por isso, decidiu acusar a Scotland Yard por "violação das normas de saúde e segurança no trabalho".

Sua família criticou a decisão da Promotoria Pública de não processar os agentes responsáveis pela morte, que qualificou de "vergonhosa", e entrou com ação judicial contestando a decisão.

Com agências internacionais

Especial
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