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30/11/2006 - 12h37

Chávez tenta reeleição de olho na liderança da América do Sul

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PAULO ARAUJO
Colaboração para a Folha Online

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, 52, tenta reeleger-se como chefe de governo na eleição presidencial do próximo dia 3. Controverso, Chávez usa o discurso anti-EUA e sua relação com Fidel Castro como "cabos eleitorais" para se manter no palácio de Miraflores --mas mira liderança na América do Sul.

Marcado pelo tom populista, o governo de Chávez sobreviveu a diversas crises políticas e a um breve "golpe" promovido pela Confederação dos Trabalhadores da Venezuela (CTV) e pela Fedecámaras [principal associação empresarial do país].

01.fev.2006/AP
Hugo Chávez, presidente da Venezuela, que tenta reeleição
Hugo Chávez, presidente da Venezuela, que tenta reeleição
A promessa de Chávez quando assumiu a Presidência era erradicar a miséria e a corrupção no país, por meio do que chama de revolução bolivariana. Chávez toma como seu inspirador Símon Bolívar (1783-1830), líder da independência dos países andinos.

Nascido em 28 de julho de 1954, o presidente da Venezuela construiu sua carreira na caserna. Ingressou na Academia Militar da Venezuela em 1975 e tornou-se tenente-coronel em 1990. No Exército, começou a amadurecer o ideal bolivariano com colegas de farda.

Em 1992, liderou uma rebelião contra o então presidente Carlos Andrés Pérez (1974-79; 1989-93). No site oficial do governo, Chávez justifica a sublevação afirmando que tratava-se de pôr fim a uma "ordem política e social caracterizada pela corrupção e injustiça".

O golpe acabou fracassado, e Chávez ficou preso por dois anos. Depois de solto, fundou com companheiros de armas o Movimento 5ª República que, posteriormente, uniu-se a outros movimentos sociais.

Em 1998, lançou sua campanha para a Presidência. Venceu com 56,2% dos votos, derrotando os tradicionais partidos políticos venezuelanos. Eleito, Chávez reformou a Constituição, o Congresso e a Justiça, e, sobretudo, irritou Washington várias vezes com o discurso antiimperialista, suas visitas aos governantes da Líbia e ao então ditador iraquiano Saddam Hussein, e sua amizade com Fidel.

Internamente, Chávez tomou medidas polêmicas e enfrentou diversas greves e o acirramento da oposição. Em 2001, decretou uma lei que permitia a expropriação de terras improdutivas acima de 5.000 hectares e outra que aumentava os royalties pagos por empresas estrangeiras pela exploração do petróleo.

As relações com o governo de George W. Bush tornaram-se ainda mais ríspidas após o golpe sofrido em 2002. À época, Chávez acusou o governo norte-americano de envolvimento com os golpistas.

Posteriormente, para afastar uma eventual invasão externa, demonstrou sua intenção de aumentar o poder bélico da Venezuela. No ano passado, Chávez comprou 100 mil fuzis Kalashnikov do governo russo e 40 helicópteros blindados, no valor de US$ 174 milhões. Em julho deste ano, a Venezuela firmou com a Rússia um contrato de US$ 1 bilhão para a compra de armas e equipamentos militares.

Fontes: Governo da Venezuela e agências internacionais

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