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09/11/2006
-
19h40
da Folha Online
Doze aviões de combate israelenses violaram nesta quinta-feira o espaço aéreo libanês apesar de a França ter pedido um fim aos vôos do Exército de Israel no Líbano. A França anunciou que, há oito dias, caças de Israel estiveram a ponto de causar um confronto armado com as forças de paz francesas deslocadas no local.
Hoje, doze caça-bombardeiros sobrevoaram a elevada altitude a localidade de Naqura (sul), quartel-general da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul), perto da fronteira com Israel. Os aviões israelenses sobrevoaram em seguida várias regiões do sul do Líbano e passaram a baixa altitude sobre Baalbeck, leste do país.
A ministra da Defesa francesa, Michele Alliot-Marie, declarou nesta quarta-feira à noite que os Capacetes Azuis (soldados das forças de paz) franceses já chegaram a quase disparar contra os caças israelenses, mas pararam a poucos segundos de responder às aeronaves.
Segundo fontes governamentais francesas, o incidente com os caças ocorreu no dia 31 de outubro. A ministra não explicou porque o anúncio não foi feito na ocasião.
A comunidade internacional criticou energicamente as violações israelenses do espaço aéreo libanês, que prosseguem apesar de as hostilidades entre o Israel e o Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano] terem terminado em 14 de agosto, depois de um mês de guerra.
Tensão
O embaixador israelense na França, Daniel Shek, foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores em Paris.
Shek disse que o sobrevôo por parte de Israel sobre uma posição dos Capacetes Azuis franceses não foi hostil. "Todos os vôos da aviação israelense no Líbano têm um único objetivo: o reconhecimento. Não há exceção a esta regra. Parece que estes vôos foram mal-interpretados pelas forças francesas", afirmou.
O ministro das Relações Exteriores francês, Philippe Douste-Blazy, explicou que um avião israelense sobrevoou em posição de ataque um ponto onde estavam situados os Capacetes Azuis franceses no sul do Líbano e estes estiveram a ponto de responder.
"É um milagre que não tenha ocorrido nada grave, porque poderia ter havido uma resposta por parte dos militares franceses", declarou o ministro, anunciando que a França vai lançar uma advertência a Israel para que estes incidentes não se repitam.
O ministro da Defesa israelense Amir Peretz justificou que esses vôos sobre o Líbano são necessários para impedir o tráfico de armas de que se beneficiam os combatentes do Hizbollah.
Segundo fontes governamentais francesas, o incidente com os caças ocorreu no dia 31 de outubro.
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o conflito entre o Hizbollah e Israel
Caças israelenses sobrevoam Líbano e causam incidente com França
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Doze aviões de combate israelenses violaram nesta quinta-feira o espaço aéreo libanês apesar de a França ter pedido um fim aos vôos do Exército de Israel no Líbano. A França anunciou que, há oito dias, caças de Israel estiveram a ponto de causar um confronto armado com as forças de paz francesas deslocadas no local.
Hoje, doze caça-bombardeiros sobrevoaram a elevada altitude a localidade de Naqura (sul), quartel-general da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul), perto da fronteira com Israel. Os aviões israelenses sobrevoaram em seguida várias regiões do sul do Líbano e passaram a baixa altitude sobre Baalbeck, leste do país.
A ministra da Defesa francesa, Michele Alliot-Marie, declarou nesta quarta-feira à noite que os Capacetes Azuis (soldados das forças de paz) franceses já chegaram a quase disparar contra os caças israelenses, mas pararam a poucos segundos de responder às aeronaves.
Segundo fontes governamentais francesas, o incidente com os caças ocorreu no dia 31 de outubro. A ministra não explicou porque o anúncio não foi feito na ocasião.
A comunidade internacional criticou energicamente as violações israelenses do espaço aéreo libanês, que prosseguem apesar de as hostilidades entre o Israel e o Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano] terem terminado em 14 de agosto, depois de um mês de guerra.
Tensão
O embaixador israelense na França, Daniel Shek, foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores em Paris.
Shek disse que o sobrevôo por parte de Israel sobre uma posição dos Capacetes Azuis franceses não foi hostil. "Todos os vôos da aviação israelense no Líbano têm um único objetivo: o reconhecimento. Não há exceção a esta regra. Parece que estes vôos foram mal-interpretados pelas forças francesas", afirmou.
O ministro das Relações Exteriores francês, Philippe Douste-Blazy, explicou que um avião israelense sobrevoou em posição de ataque um ponto onde estavam situados os Capacetes Azuis franceses no sul do Líbano e estes estiveram a ponto de responder.
"É um milagre que não tenha ocorrido nada grave, porque poderia ter havido uma resposta por parte dos militares franceses", declarou o ministro, anunciando que a França vai lançar uma advertência a Israel para que estes incidentes não se repitam.
O ministro da Defesa israelense Amir Peretz justificou que esses vôos sobre o Líbano são necessários para impedir o tráfico de armas de que se beneficiam os combatentes do Hizbollah.
Segundo fontes governamentais francesas, o incidente com os caças ocorreu no dia 31 de outubro.
Com agências internacionais
Especial
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