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13/11/2006
-
15h24
da Folha Online
A crise política do Líbano se agravou nesta segunda-feira quando o gabinete de governo --que já perdeu seis de seus ministros desde o último sábado (11)-- aprovou uma proposta de estatuto da ONU que estabelece um tribunal especial para julgar os acusados pelo assassinado do ex-premiê Rafik al Hariri em fevereiro de 2005.
De acordo com oficiais do governo, o premiê Fouad Siniora irá agora enviar a proposta de volta para a ONU em Nova York e esperar pelo texto final da corte especial. "Estamos hoje no caminho certo para revelar a verdade e alcançar a justiça por meio da corte com caráter internacional que será formada para pôr um fim a esta série de atos terroristas e criminosos", disse Siniora hoje a jornalistas.
Autoridades sírias foram acusadas de envolvimento na morte de Hariri, ocorrida em fevereiro de 2005, após uma investigação conduzida pela ONU.
Crise
A aprovação de hoje se deu em meio à crise política que ameaça se transformar em confrontos de rua no Líbano. Poucas horas antes do anúncio da decisão, o ministro do Meio Ambiente, Yacoub Sarraf, que é leal ao presidente libanês pró-Síria, Emile Lahoud, renunciou a seu posto.
No último final de semana, nada menos do que cinco outros ministros xiitas ligados a movimentos pró-Síria renunciaram no governo do Líbano, em protesto contra o fracasso de negociações para a formação de um governo de unidade nacional que daria mais poder a estes grupos.
Os ministros, pertencentes ao Amal e ao Hizbollah, protestavam também contra a insistência da maioria anti-Síria no governo libanês de pedir a criação do tribunal internacional para tratar o caso do assassinato de Hariri.
Governo ameaçado
O gabinete de governo libanês possui 24 membros e é necessário que ao menos nove renunciem para que ele seja derrubado. Como um ministro sunita já havia renunciado em fevereiro (apesar de sua renúncia não ter sido oficialmente aceita), o Líbano conta hoje com 17 ministros no gabinete de governo.
O líder da oposição cristã, Michel Aoun, que é um aliado do grupo extremista islâmico Hizbollah, disse que continuará a exigir um governo de unidade nacional, e afirma que o gabinete de Siniora perdeu sua legitimidade uma vez que os xiitas --a maior comunidade no Líbano-- saíram do governo.
O presidente libanês também afirmou que o gabinete não possui mais legitimidade, apesar das manifestações em contrário de Siniora hoje.
Com agências internacionais
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Ministros xiitas renunciam em meio à crise do Líbano
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A crise política do Líbano se agravou nesta segunda-feira quando o gabinete de governo --que já perdeu seis de seus ministros desde o último sábado (11)-- aprovou uma proposta de estatuto da ONU que estabelece um tribunal especial para julgar os acusados pelo assassinado do ex-premiê Rafik al Hariri em fevereiro de 2005.
De acordo com oficiais do governo, o premiê Fouad Siniora irá agora enviar a proposta de volta para a ONU em Nova York e esperar pelo texto final da corte especial. "Estamos hoje no caminho certo para revelar a verdade e alcançar a justiça por meio da corte com caráter internacional que será formada para pôr um fim a esta série de atos terroristas e criminosos", disse Siniora hoje a jornalistas.
Autoridades sírias foram acusadas de envolvimento na morte de Hariri, ocorrida em fevereiro de 2005, após uma investigação conduzida pela ONU.
Crise
A aprovação de hoje se deu em meio à crise política que ameaça se transformar em confrontos de rua no Líbano. Poucas horas antes do anúncio da decisão, o ministro do Meio Ambiente, Yacoub Sarraf, que é leal ao presidente libanês pró-Síria, Emile Lahoud, renunciou a seu posto.
No último final de semana, nada menos do que cinco outros ministros xiitas ligados a movimentos pró-Síria renunciaram no governo do Líbano, em protesto contra o fracasso de negociações para a formação de um governo de unidade nacional que daria mais poder a estes grupos.
Os ministros, pertencentes ao Amal e ao Hizbollah, protestavam também contra a insistência da maioria anti-Síria no governo libanês de pedir a criação do tribunal internacional para tratar o caso do assassinato de Hariri.
Governo ameaçado
O gabinete de governo libanês possui 24 membros e é necessário que ao menos nove renunciem para que ele seja derrubado. Como um ministro sunita já havia renunciado em fevereiro (apesar de sua renúncia não ter sido oficialmente aceita), o Líbano conta hoje com 17 ministros no gabinete de governo.
O líder da oposição cristã, Michel Aoun, que é um aliado do grupo extremista islâmico Hizbollah, disse que continuará a exigir um governo de unidade nacional, e afirma que o gabinete de Siniora perdeu sua legitimidade uma vez que os xiitas --a maior comunidade no Líbano-- saíram do governo.
O presidente libanês também afirmou que o gabinete não possui mais legitimidade, apesar das manifestações em contrário de Siniora hoje.
Com agências internacionais
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