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14/11/2006 - 08h16

Grupo internacional de advogados vai à Justiça contra Rumsfeld

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da Folha Online

Um grupo internacional de advogados pediu nesta terça-feira a abertura de um processo na Alemanha contra o agora ex-secretário americano de Defesa, Donald Rumsfeld, por sua suposta responsabilidade na aplicação de métodos de tortura a prisioneiros, informou um dos advogados.

Rumsfeld renunciou ao cargo na última quarta-feira (8), logo após ficar claro que os republicanos haviam perdido as eleições legislativas dos Estados Unidos organizadas no dia anterior. O presidente George W. Bush escolheu o ex-diretor da CIA (agência de inteligência americana) Robert Gates para substituí-lo.

O pedido do processo --um documento de 220 páginas-- foi apresentado à promotora federal alemã Monika Harms, na cidade de Karlsruhe (oeste), disse Hannes Honecker, secretário-geral da União de Advogados Republicanos, com sede na Alemanha.

O grupo de advogados, que defende os detidos da base naval americana de Guantánamo (Cuba) já havia anunciado que apresentaria uma acusação contra Rumsfeld por sua suposta responsabilidade na tortura de prisioneiros.

Rumsfeld

Rumsfeld foi um dos principais conselheiros do presidente George W. Bush. Ao lado do vice-presidente Dick Cheney, Rumsfeld fazia parta da ala mais dura do governo Bush.

Especialista em questões antimísseis, Rumsfeld, foi também secretário da Defesa entre 1975 e 1977, durante a Presidência de Gerald Ford (1974-1977). A gestão de Rumsfeld como líder das forças armadas americanas foi alvo de uma série de críticas quanto aos métodos adotados na Guerra do Iraque e no tratamento de prisioneiros dos EUA.

Um dos principais escândalos que marcaram a atuação de Rumsfeld envolve a prisão de Abu Ghraib, nos arredores de Bagdá, que foi usada como locação para cenas de tortura e maus-tratos de prisioneiros iraquianos pelas forças do Exército americano.

Guantánamo

A prisão especial de Guantánamo (Cuba) desencadeia há anos críticas a Rumsfeld pelo tratamento dado aos prisioneiros. Em outubro de 2004, o jornal "New York Times" publicou uma reportagem na qual afirmava que vários suspeitos de terrorismo detidos na base americana haviam sido submetidos [até abril do ano anterior] a um tratamento brutal que, segundo especialistas, era comparável à tortura.

Membros do Pentágono, à época, afirmaram que era mínima a utilização de táticas agressivas nos interrogatórios, descritas detalhadamente em um manual especial --aprovado por Donald Rumsfeld.

No entanto, papéis de governo divulgados em 2004 mostraram que, dois anos antes, o secretário de Defesa havia aprovado técnicas cruéis contra supostos membros do Taleban [grupo extremista islâmico afegão deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001] e da rede terrorista Al Qaeda mantidos em Guantánamo.

Com agências internacionais

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