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14/11/2006 - 20h25

Investigação sobre morte de Jean Charles sofre atraso

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da Folha Online

A investigação sobre a atuação do comissário-chefe da Scotland Yard, Ian Blair, no caso do assassinato do brasileiro Jean Charles Menezes, em 22 de julho de 2005, está atrasada, e as conclusões não poderão ser conhecidas até o próximo ano, conforme disseram hoje os investigadores.

Uma porta-voz da Comissão de Investigação de Queixas à Polícia (IPCC, sigla em inglês), explicou que a pesquisa de dados é mais complexa do que se esperava, por isso os resultados não poderão ser divulgados a público ainda neste outono, conforme estava previsto.

A IPCC investiga se o comissário cometeu alguma irregularidade ao publicar dados errôneos poucas horas depois da morte, no metrô de Londres, do brasileiro Jean Charles de Menezes por disparos efetuados por vários policiais que o confundiram com um terrorista.

Quando compareceu ante à imprensa para explicar os fatos, no dia seguinte a ataques frustrados contra o metrô londrino, Blair assegurara que a morte do jovem estava "diretamente relacionada" com uma operação antiterrorista.

Explicou que a vítima havia desobedecido às ordens dos agentes e depois a polícia emitiu um comunicado em que afirmava que sua vestimenta era demasiadamente larga e sua atitude suspeita.

Registros posteriores levados a público sobre o ocorrido demostraram que, na realidade, Jean Charles havia entrado no metrô como um usuário comum, validando seu bilhete e parando para pegar um exemplar de jornal gratuito.

A família do brasileiro acusou comissário, cujo cargo está em jogo, de tê-los enganado e à opinião pública.

A pesquisa da IPCC sobre a atuação de Blair, chamada Stockwell 2, é complexa porque deve estabelecer a seqüência precisa de acontecimentos e inclui entrevistas com testemunhas, agentes e o próprio comissário, que fora interrogado em agosto passado, revelou a porta-voz.
A fonte assegurou que manterá os familiares informados sobre os avanços da investigação.

Por outro lado, a fiscalização britânica decidiu, no verão passado, eximir de culpa todos os agentes implicados na morte de Jean Charles de Menezes, uma vez que estavam cumprindo a lei de segurança.

Com Efe

Especial
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