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17/11/2006
-
11h52
da Efe, em Jerusalém
Três famílias palestinas que perderam 19 parentes em bombardeios da artilharia israelense ocorridos na semana passada na localidade de Beit Hanoun querem apresentar uma ação judicial para exigir indenizações a Israel, informou hoje o jornal israelense "Haaretz".
Representantes das famílias Athamne, Kasem e Aduan pediram ao advogado Ehud Segev que as represente no caso, de acordo com o jornal.
Ghassan Kasem, que perdeu seu irmão mais velho nos ataques, disse ao jornal que acredita que as circunstâncias do bombardeio contra sua casa foram diferentes das de outros casos nos quais morreram civis palestinos. "Sei que existe um conflito e uma guerra, mas desta vez Israel admitiu abertamente que as casas foram atingidas devido a um erro técnico", explicou Kasem.
"Sabemos que Israel não reconhece as demandas palestinas, mas este caso é especial. Não havia nenhum confronto na região e não foram disparados foguetes Qassam do nosso lado".
Ao se referir a seus familiares mortos no bombardeio, Kasem disse que "perderam a vida enquanto dormiam em suas camas". Para ele, "Israel reconhece que isto é diferente e assumiu a responsabilidade, portanto agora deve pagar indenizações".
Kasem afirmou que as famílias afetadas têm outras opções, como apelar ao Tribunal Internacional de Haia, mas por enquanto não querem recorrer a instâncias superiores.
Direitos Humanos
Segundo Kasem, algumas organizações palestinas e de direitos humanos estão estimulando as famílias de Beit Hanoun a recorrer a Haia com o objetivo de elevar o aspecto político das circunstâncias nas quais os 19 civis palestinos morreram, em sua maioria mulheres e crianças.
No entanto, as famílias rejeitaram esta opção e também mostraram reservas em levar suas queixas a deputados árabes do Parlamento israelense (Knesset).
"Haverá muitos que ficarão furiosos conosco por nos dirigirmos diretamente a Israel através de um advogado israelense, mas até mesmo a Autoridade Nacional Palestina (ANP) só apelou a Haia em uma ocasião, e foi sobre o muro de separação", explicou.
Na ocasião, a Corte Internacional de Justiça sentenciou que o muro de separação que Israel constrói em boa parte da Cisjordânia, alegando "razões de segurança", é ilegal e exigiu seu desmantelamento e indenizações econômicas aos afetados.
No entanto, Israel não cumpriu nenhum dos pontos exigidos na sentença do Tribunal Internacional e considerou a ação da ANP como "motivada politicamente".
Apelação
Kasem esclareceu sua posição e insistiu em que as famílias de Beit Hanoun, por enquanto, preferem se dirigir diretamente a Israel e que, só no caso de não conseguirem o que querem por esta via, apelarão ao Tribunal Internacional.
O advogado das famílias disse estar analisando a ação, "independentemente do conflito entre israelenses e palestinos".
"Só estou me concentrando no aspecto moral e étnico para exigir indenizações aos que assumiram responsabilidades do erro. A lei em Israel exige que se deve aceitar uma responsabilidade para exigir indenizações", acrescentou Segev.
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Famílias palestinas querem indenização por ataques de Israel
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Três famílias palestinas que perderam 19 parentes em bombardeios da artilharia israelense ocorridos na semana passada na localidade de Beit Hanoun querem apresentar uma ação judicial para exigir indenizações a Israel, informou hoje o jornal israelense "Haaretz".
Representantes das famílias Athamne, Kasem e Aduan pediram ao advogado Ehud Segev que as represente no caso, de acordo com o jornal.
Ghassan Kasem, que perdeu seu irmão mais velho nos ataques, disse ao jornal que acredita que as circunstâncias do bombardeio contra sua casa foram diferentes das de outros casos nos quais morreram civis palestinos. "Sei que existe um conflito e uma guerra, mas desta vez Israel admitiu abertamente que as casas foram atingidas devido a um erro técnico", explicou Kasem.
"Sabemos que Israel não reconhece as demandas palestinas, mas este caso é especial. Não havia nenhum confronto na região e não foram disparados foguetes Qassam do nosso lado".
Ao se referir a seus familiares mortos no bombardeio, Kasem disse que "perderam a vida enquanto dormiam em suas camas". Para ele, "Israel reconhece que isto é diferente e assumiu a responsabilidade, portanto agora deve pagar indenizações".
Kasem afirmou que as famílias afetadas têm outras opções, como apelar ao Tribunal Internacional de Haia, mas por enquanto não querem recorrer a instâncias superiores.
Direitos Humanos
Segundo Kasem, algumas organizações palestinas e de direitos humanos estão estimulando as famílias de Beit Hanoun a recorrer a Haia com o objetivo de elevar o aspecto político das circunstâncias nas quais os 19 civis palestinos morreram, em sua maioria mulheres e crianças.
No entanto, as famílias rejeitaram esta opção e também mostraram reservas em levar suas queixas a deputados árabes do Parlamento israelense (Knesset).
"Haverá muitos que ficarão furiosos conosco por nos dirigirmos diretamente a Israel através de um advogado israelense, mas até mesmo a Autoridade Nacional Palestina (ANP) só apelou a Haia em uma ocasião, e foi sobre o muro de separação", explicou.
Na ocasião, a Corte Internacional de Justiça sentenciou que o muro de separação que Israel constrói em boa parte da Cisjordânia, alegando "razões de segurança", é ilegal e exigiu seu desmantelamento e indenizações econômicas aos afetados.
No entanto, Israel não cumpriu nenhum dos pontos exigidos na sentença do Tribunal Internacional e considerou a ação da ANP como "motivada politicamente".
Apelação
Kasem esclareceu sua posição e insistiu em que as famílias de Beit Hanoun, por enquanto, preferem se dirigir diretamente a Israel e que, só no caso de não conseguirem o que querem por esta via, apelarão ao Tribunal Internacional.
O advogado das famílias disse estar analisando a ação, "independentemente do conflito entre israelenses e palestinos".
"Só estou me concentrando no aspecto moral e étnico para exigir indenizações aos que assumiram responsabilidades do erro. A lei em Israel exige que se deve aceitar uma responsabilidade para exigir indenizações", acrescentou Segev.
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