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20/11/2006
-
17h44
da Folha Online
Um ex-espião russo envenenado em Londres foi encaminhado para uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nesta segunda-feira após o agravamento de suas condições de saúde.
Alexander Litvinenko, 43, ex-agente secreto da KGB [serviço secreto da ex-União Soviética] exilado no Reino Unido, foi internado no começo deste mês no hospital University College, onde atualmente se recupera de um envenenamento que Scotland Yard considera suspeito.
Conhecido por suas duras críticas ao governo do presidente Vladimir Putin, o ex-agente foi internado após ter sido intoxicado aparentemente por tálio-- um metal incolor e inodoro altamente tóxico, que costumava ser utilizado para exterminar ratos e formigas.
Seus sintomas incluem a perda dos cabelos, danos no sistema nervoso periférico, pulmões, coração, fígado e rins. Segundo o jornal britânico "Mail on Sunday", que cita amigos da vítima, o ex-agente perdeu os cabelos e tem dificuldades para falar.
Segundo o hospital, onde o ex-espião permanece internado, sua condição é "grave, mas apresentou leve piora", e Litvinenko foi transferido para a UTI por precaução.
A polícia britânica investiga se ele foi vítima de uma tentativa de envenenamento.
O ex-agente, que investigava a morte da jornalista russa Anna Politkovskaya, afirmou à imprensa na semana passada que se sentiu mal em 1º de novembro, após comer sushi em um restaurante de Londres com um contato que dizia ter informações sobre o assassinato.
Ele afirmou à imprensa que o Serviço Federal de Segurança [FSB , na sigla em inglês], ainda opera um laboratório secreto de envenenamento da época da ex-União Soviética.
Livtinenko --que vive exilado em Londres-- foi um dos ex-agentes da inteligência que acusaram Moscou de estar por trás do envenenamento por dioxina do presidente ucraniano Viktor Yushchenko durante sua campanha eleitoral, em 2004.
Resposta
Em Moscou, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que qualquer sugestão de que o governo russo tenha ligação com envenenamento de Litvinenko é "pura especulação".
O porta-voz dos serviços secretos também negou qualquer ligação com o crime.
"Nós não temos nada a ver com o que aconteceu com Litvinenko. Os serviços secretos russos não praticam mais há muito tempo o envenenamento ou qualquer forma de assassinato", declarou o porta-voz da inteligência encarregada da espionagem no exterior, Sergueï Ivanov.
Oleg Gordievsky, um ex-agente da KGB que se exilou no Reino Unido na década de 80, afirmou em entrevista ao jornal britânico "The Times" que a pessoa que tentou matar Litvinenko teria que ter permissão de autoridades para realizar a operação.
Segundo Gordievsky, o ataque foi realizado por um agente recrutado da prisão pelo FSB.
Especial
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Piora condição de saúde de ex-espião russo envenenado em Londres
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Um ex-espião russo envenenado em Londres foi encaminhado para uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nesta segunda-feira após o agravamento de suas condições de saúde.
Alexander Litvinenko, 43, ex-agente secreto da KGB [serviço secreto da ex-União Soviética] exilado no Reino Unido, foi internado no começo deste mês no hospital University College, onde atualmente se recupera de um envenenamento que Scotland Yard considera suspeito.
Conhecido por suas duras críticas ao governo do presidente Vladimir Putin, o ex-agente foi internado após ter sido intoxicado aparentemente por tálio-- um metal incolor e inodoro altamente tóxico, que costumava ser utilizado para exterminar ratos e formigas.
Efe |
Alexander Litvinenko, ex-espião russo internado em Londres |
Segundo o hospital, onde o ex-espião permanece internado, sua condição é "grave, mas apresentou leve piora", e Litvinenko foi transferido para a UTI por precaução.
A polícia britânica investiga se ele foi vítima de uma tentativa de envenenamento.
O ex-agente, que investigava a morte da jornalista russa Anna Politkovskaya, afirmou à imprensa na semana passada que se sentiu mal em 1º de novembro, após comer sushi em um restaurante de Londres com um contato que dizia ter informações sobre o assassinato.
Ele afirmou à imprensa que o Serviço Federal de Segurança [FSB , na sigla em inglês], ainda opera um laboratório secreto de envenenamento da época da ex-União Soviética.
Livtinenko --que vive exilado em Londres-- foi um dos ex-agentes da inteligência que acusaram Moscou de estar por trás do envenenamento por dioxina do presidente ucraniano Viktor Yushchenko durante sua campanha eleitoral, em 2004.
Resposta
Em Moscou, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que qualquer sugestão de que o governo russo tenha ligação com envenenamento de Litvinenko é "pura especulação".
O porta-voz dos serviços secretos também negou qualquer ligação com o crime.
"Nós não temos nada a ver com o que aconteceu com Litvinenko. Os serviços secretos russos não praticam mais há muito tempo o envenenamento ou qualquer forma de assassinato", declarou o porta-voz da inteligência encarregada da espionagem no exterior, Sergueï Ivanov.
Oleg Gordievsky, um ex-agente da KGB que se exilou no Reino Unido na década de 80, afirmou em entrevista ao jornal britânico "The Times" que a pessoa que tentou matar Litvinenko teria que ter permissão de autoridades para realizar a operação.
Segundo Gordievsky, o ataque foi realizado por um agente recrutado da prisão pelo FSB.
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