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21/11/2006
-
22h03
da Folha Online
Israel cometeu "violações flagrantes" dos direitos humanos durante a guerra do Líbano neste verão (no hemisfério sul, inverno), denunciou nesta terça-feira a comissão da ONU encarregada pelo Conselho dos Direitos Humanos de investigar o conflito.
Em um relatório de 125 páginas divulgado no site da internet do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, os três especialistas nomeados no dia 11 de agosto consideram que Israel "recorreu à força de maneira excessiva, indiscriminada e desproporcional" no conflito em que enfrentou o movimento xiita libanês Hizbollah.
"O Exército israelense fez uso desproporcional da força contra os civis" e "não distinguiu entre civis e militares" como exigem as normas internacionais relativas aos direitos humanos, segundo a comissão.
Os especialistas também condenam "o excessivo uso de bombas de fragmentação (...) não justificado por necessidades militares", e consideram que as forças israelenses lançaram de maneira deliberada estas bombas de fragmentação para impedir o acesso às plantações e cidades do sul do Líbano.
Advertência insuficiente
Quando foi advertida de um ataque, a população não teve tempo suficiente para fugir, acrescenta o informe, que também reúne vários casos de ataques diretos contra pessoal médico e de socorro.
O argumento israelense de que algumas instalações civis eram utilizadas para fins militares pelo Hizbollah é válido em alguns casos, mas não em todos, segundo os especialistas.
A comissão ressalta que não fazia parte de suas atribuições um pronunciamento sobre as violações cometidas pelo Hizbollah em Israel, embora no Líbano os especialistas reconheçam que o movimento xiita utilizou instalações civis como "escudo" --mesmo que isso tenha sido feito depois da saída da população.
Israel e o Hizbollah estiveram em conflito armado do dia 12 de julho até o dia 14 de agosto, quando foi estabelecido um cessar-fogo. O estopim do conflito foi o seqüestro de dois soldados israelenses pelo Hizbollah --a ação deixou ainda oito soldados israelenses e dois membros do Hizbollah mortos.
Durante 34 dias, Israel lançou ataques ao Líbano por terra, ar e mar. O Hizbollah também lançou foguetes (cerca de 4.000) contra o território israelense.
Com France Presse
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a ONU
Leia cobertura completa sobre o conflito no Líbano
ONU acusa Israel de violar direitos humanos no Líbano
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Israel cometeu "violações flagrantes" dos direitos humanos durante a guerra do Líbano neste verão (no hemisfério sul, inverno), denunciou nesta terça-feira a comissão da ONU encarregada pelo Conselho dos Direitos Humanos de investigar o conflito.
Em um relatório de 125 páginas divulgado no site da internet do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, os três especialistas nomeados no dia 11 de agosto consideram que Israel "recorreu à força de maneira excessiva, indiscriminada e desproporcional" no conflito em que enfrentou o movimento xiita libanês Hizbollah.
"O Exército israelense fez uso desproporcional da força contra os civis" e "não distinguiu entre civis e militares" como exigem as normas internacionais relativas aos direitos humanos, segundo a comissão.
Os especialistas também condenam "o excessivo uso de bombas de fragmentação (...) não justificado por necessidades militares", e consideram que as forças israelenses lançaram de maneira deliberada estas bombas de fragmentação para impedir o acesso às plantações e cidades do sul do Líbano.
Advertência insuficiente
Quando foi advertida de um ataque, a população não teve tempo suficiente para fugir, acrescenta o informe, que também reúne vários casos de ataques diretos contra pessoal médico e de socorro.
O argumento israelense de que algumas instalações civis eram utilizadas para fins militares pelo Hizbollah é válido em alguns casos, mas não em todos, segundo os especialistas.
A comissão ressalta que não fazia parte de suas atribuições um pronunciamento sobre as violações cometidas pelo Hizbollah em Israel, embora no Líbano os especialistas reconheçam que o movimento xiita utilizou instalações civis como "escudo" --mesmo que isso tenha sido feito depois da saída da população.
Israel e o Hizbollah estiveram em conflito armado do dia 12 de julho até o dia 14 de agosto, quando foi estabelecido um cessar-fogo. O estopim do conflito foi o seqüestro de dois soldados israelenses pelo Hizbollah --a ação deixou ainda oito soldados israelenses e dois membros do Hizbollah mortos.
Durante 34 dias, Israel lançou ataques ao Líbano por terra, ar e mar. O Hizbollah também lançou foguetes (cerca de 4.000) contra o território israelense.
Com France Presse
Especial
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