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23/11/2006 - 08h05

Partido do premiê vence eleições legislativas na Holanda

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da France Presse

O Partido Cristão-Democrata (CDA), do premiê em final de mandato, Jan Peter Balkenende, ganhou as eleições legislativas de ontem na Holanda, com 41 das 150 cadeiras em disputa, de acordo com primeiro boletim divulgado nesta quinta-feira pela Comissão Eleitoral após o fim da apuração.

O CDA, que perde três assentos em relação às eleições legislativas de 2003, poderá formar governo, mas não sozinho: será preciso organizar uma coalizão.

Os trabalhistas do PvdA, liderados por Wouter Bos, conseguiram 32 vagas (dez a menos do que possuíam). Já o Partido Socialista (SP, de extrema esquerda), uma formação antiliberal com distantes raízes maoístas, protagonizou uma virada espetacular, com 26 deputados --um ganho de 17 cadeiras.

O VVD liberal, antigo aliado do CDA na coalizão governista de centro direita, perdeu seis cadeiras e agora tem 22.

A participação chegou a 80,1% dos 12 milhões de eleitores inscritos. Ao todo, dez partidos estarão representados no Parlamento holandês.

Vitória parcial

Antes mesmo do fim da apuração, Balkenende já tinha proclamado sua vitória, afirmando que seu partido foi a força mais votada. "Somos de novo o primeiro partido (...). O esforço de quatro anos de trabalho duro foi recompensado e isso me orgulha", declarou Balkenende a seus partidários, que freqüentemente o interrompiam aos gritos de "mais quatro anos".

"Os resultados eleitorais são complicados", admitiu no entanto o premiê, prevendo as dificuldades que terá para formar uma coalizão de governo.

Com estes resultados, não é matematicamente possível uma coalizão entre cristãos-democratas e trabalhistas, a aliança mais freqüente na Holanda desde a Segunda Guerra Mundial, motivo pelo qual as negociações, que em geral duram semanas, podem levar meses.

A União Cristã (CU), que obteve seis cadeiras, acenou com a possibilidade de se aliar ao CDA e PdvA.

Já o Partido Socialista fez campanha contra as reformas econômicas e sociais, contra a Constituição Européia de 2005 e contra os trabalhistas, acusando-os de complacência com o liberalismo. "A Holanda mostrou que quer um governo mais social e mais humano", comentou seu líder, Jan Marijnissen.

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