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24/11/2006 - 16h47

Chávez e Rosales encerram campanha eleitoral na Venezuela

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da Efe, em Caracas

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que busca a reeleição em 3 de dezembro, e o líder opositor Manuel Rosales preparam grandes fechamentos de campanha em Caracas, onde cresce a tensão com a aproximação das eleições.

Os protagonistas da disputa eleitoral se dispõem a realizar neste final de semana na capital venezuelana suas respectivas marchas ou concentrações, na ansiedade de demonstrar seu poder de convocação faltando uma semana para as eleições, e no meio de um crescente nervosismo dos cidadãos.

Rosales, o homem que aglutinou sob sua candidatura uma oposição dispersa a fim de tirar Hugo Chávez do poder, encerrará sua campanha em Caracas no sábado com marchas que partirão de diferentes pontos da cidade para concluir na estrada Francisco Fajardo sua passagem pelo movimentado bairro Las Mercedes.

Desde que anunciou em agosto sua candidatura à Presidência da Venezuela, Rosales, 53, governador do rico Estado petroleiro de Zulia, centrou sua campanha em concentrações e caminhadas, que sua equipe costuma chamar de "avalanches", e percorreu o país pedindo o voto da mudança com o lema "Atreva-se".

Na última semana, Rosales se declarou convencido da vitória e insistido em que as pesquisas apontam um "empate" nas intenções de voto dos venezuelanos.

Já Hugo Chávez, que procura repetir o mandato após quase oito anos de Presidência, convocou os cidadãos para participar no domingo de uma "caravana" na região central da capital que culminará com o que sua equipe de campanha chamou de "uma grande festa bolivariana".

Favoritismo

Favorito segundo a maioria das pesquisas, que lhe outorgam vantagens de cerca de 20 pontos, Chávez, 52, passou o último mês dividido entre a campanha eleitoral e as tarefas de presidente.

Ele inaugurou linhas de metrô, pontes e escolas, sob o olhar crítico da oposição que lhe acusou de se aproveitar do cargo para multiplicar sua presença diante das câmaras de televisão.

Os encerramentos de campanha em Caracas neste final de semana preocupam os moradores da capital, já habitualmente saturada pelo tráfego caótico e grandes engarrafamentos.

Os venezuelanos também temem a ocorrência de distúrbios, apesar de que nenhum incidente violento ter sido registrado durante a campanha.

A nove dias do pleito, os moradores de Caracas foram aos supermercados para comprar comida e outros produtos frente à incerteza do que possa ocorrer no domingo, 3 de dezembro.

A "guerra das pesquisas", que se materializou nos últimos dias com denúncias e críticas de um lado e outro se somou a declarações alarmistas sobre um suposto plano de desestabilização, supostos riscos de fraude e acusações ao governo, reproduzidas pela imprensa de oposição.

ONU

Nesta semana, as missões de observadores da União Européia e da Organização dos Estados Americanos (OEA) começaram seus trabalhos no país. Os órgãos são encarregadas de avaliar o processo eleitoral e verificar a apuração dos votos.

Em um encontro com a imprensa, o chefe da Missão de Observação da OEA, Juan Enrique Fischer, destacou que "por trás do natural fragor que existe em qualquer eleição" encontrou uma "grande serenidade" no ambiente.

Fischer, à frente de uma missão de 60 observadores, se declarou satisfeito com as reuniões com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), autoridades venezuelanas e o candidato da oposição.

O chefe de missão leu uma carta do secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, que destaca a convicção de que o CNE "atuará para garantir a todos os venezuelanos" seus direitos de votar sem pressões, com a certeza de um voto secreto, e que a contabilidade dos votos se faça de maneira íntegra e transparente.

"Esperamos que suas decisões e competências (do CNE), adotadas dentro da lei, sejam respeitadas por todos", conclui a carta de Insulza.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Hugo Chávez
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