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25/11/2006 - 19h27

Democratas dizem para Iraque esperar mudança de planos dos EUA

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da Efe, em Washington

Os democratas, que assumirão em janeiro o controle das duas câmaras do Congresso americano, disseram hoje que o governo iraquiano deve esperar dos Estados Unidos uma mudança de seu papel no país e do apoio oferecido ao Executivo de Bagdá.

Segundo Steny Hoyer, que será o novo líder da maioria na Câmara de Representantes no início de 2007, os iraquianos devem saber que o compromisso dos EUA, "que é grande, não é interminável".

"Nos próximos dias, (os iraquianos) devem tomar decisões difíceis e aceitar a responsabilidade sobre seu futuro", disse Hoyer no discurso dos democratas transmitido pela rádio aos sábados. A mensagem foi gravada antes dos ataques que aconteceram na última quinta-feira no Iraque.

Nesse dia, a explosão de seis veículos e tiros de morteiros mataram 203 pessoas na Cidade de Sadr, bairro de seguidores do clérigo radical xiita Moqtada al-Sadr. Depois desses ataques, foram feitos disparos de morteiros contra regiões sunitas de Bagdá.

Na sexta-feira, houve um outro atentado duplo com carros-bombas na cidade de Tal Afar, 470 quilômetros a noroeste de Bagdá, que deixou 22 mortos e 27 feridos.

Hoyer afirmou que os democratas trabalharão com o presidente americano, George W. Bush, e "com nossos companheiros republicanos para conseguir uma nova direção no Iraque, já que, claramente, a atual estratégia não funciona". "A violência sectária continua aumentando. Nossos valentes soldados continuam morrendo e sofrem mutilações. Além disso, a guerra não tornou os EUA mais seguros", afirmou Hoyer.

O futuro líder democrata na Câmara dos Representantes americana disse também que seu partido devolverá "civismo e integridade" ao processo legislativo americano, assim "como transparência e responsabilidade" ao governo dos EUA.

Hoyer afirmou que, a partir de janeiro, os democratas trabalharão para implementar as recomendações da comissão bipartidária que estudou os atentados de 11 de setembro de 2001, já que sua "tarefa principal é proteger os americanos".

No dia 22 de julho de 2004, a comissão concluiu que estes atentados ocorreram porque o governo dos EUA não calculou a gravidade da ameaça terrorista. O relatório final pediu uma profunda reforma das estruturas de segurança do país. O documento expôs uma série de erros nas estruturas de segurança dos EUA e pediu medidas rápidas para que futuros ataques fossem impedidos.

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