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29/11/2006
-
09h34
da Folha Online
da EFE
No último dia de uma reunião dominada por discussões sobre o Afeganistão, classificado como a missão mais difícil já enfrentada pela organização, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar liderada pelos EUA) declarou nesta quarta-feira que está plenamente operacional sua Força de Resposta Rápida (NRF, sigla em inglês).
Os países membros da aliança se reuniram durante dois dias em Riga (capital da Letônia). O anúncio da NRF revela a existência de um grupo de elite formado por 25 mil soldados aptos a responder a crises imprevistas, que representa o projeto mais ambicioso do processo da transformação da aliança.
A força "tem hoje uma capacidade operacional plena", o que constitui um "acontecimento-chave" dentro do processo de transformação, anunciou o comunicado final da cúpula da Otan.
No grupo de elite da Força de Resposta Rápida há 25 mil membros das forças naval, aérea e terrestre, pronta para atuar num prazo de cinco dias em missões que vão das humanitárias às de combate.
Vitória
Em resposta à pressão dos Estados Unidos e das lideranças da Otan, durante o encontro em Riga vários países suavizaram as restrições aos movimentos e às missões de suas tropas no Afeganistão, anunciou hoje o secretário-geral da aliança, Jaap de Hoop Scheffer.
A decisão indica que, dos 32 mil soldados que a Otan dirige no Afeganistão, 25 mil "serão mais utilizados", afirmou De Hoop Scheffer na entrevista coletiva que encerrou a cúpula.
Scheffer também disse que os países da organização se comprometeram a enviar mais meios materiais e financeiros para a reconstrução e o desenvolvimento do Afeganistão.
Afeganistão
Ontem, Scheffer havia afirmado que considera "inaceitável" que as forças da aliança continuem sem receber os reforços solicitados no sul do país, cenário de violentos combates com a resistência Taleban [grupo extremista islâmico deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001, que controlava mais de 90% do Afeganistão].
Segundo ele, ainda não foram enviados 20% dos soldados pedidos para a missão no sul. O comandante-em-chefe da Otan, o general americano James Jones, pediu em várias oportunidades 2.500 oficiais adicionais --entre eles mil soldados de combate-- para o sul do país, com o objetivo de vencer os insurgentes talebans, que oferecem uma dura resistência há vários meses.
Scheffer reiterou, em Riga, o pedido para que membros da Otan com tropas no Afeganistão flexibilizem suas "caveats" (restrições ao mandato de operação de suas tropas), para poder deslocar soldados posicionados em zonas tranqüilas do país.
"Os 'caveats' impedem a eficácia operacional", disse o secretário-geral da Otan, lembrando que muitas situações de combate foram enfrentadas até o momento por soldados britânicos, holandeses e canadenses. O eixo anglo-saxão pressiona Espanha e Alemanha para que enviem mais soldados ou aceitem deslocar para o sul os soldados posicionados no oeste e norte do país, respectivamente.
Com 31 mil soldados mobilizados desde outubro em todo o Afeganistão, a Otan realiza a maior operação terrestre de sua história fora da Europa. A necessidade de não fracassar na missão provoca grandes tensões entre os aliados, no que diz respeito ao tamanho e à distribuição geográfica das tropas.
Sérvia
Em outra novidade, a Otan ofereceu hoje à Sérvia que se una incondicionalmente ao grupo chamado Associação para a Paz, num primeiro passo para a cooperação com a aliança.
Segundo um comunicado, a oferta foi feita também à Bósnia-Herzegovina e a Montenegro e, segundo a Aliança Atlântica, leva "em conta a importância da estabilidade de longo prazo nos Bálcãs".
A Otan reafirmou a importância que dá ao cumprimento dos valores da aliança e disse que "espera, sobretudo, que a Sérvia e a Bósnia cooperem plenamente com o Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII)".
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da EFE
No último dia de uma reunião dominada por discussões sobre o Afeganistão, classificado como a missão mais difícil já enfrentada pela organização, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar liderada pelos EUA) declarou nesta quarta-feira que está plenamente operacional sua Força de Resposta Rápida (NRF, sigla em inglês).
Os países membros da aliança se reuniram durante dois dias em Riga (capital da Letônia). O anúncio da NRF revela a existência de um grupo de elite formado por 25 mil soldados aptos a responder a crises imprevistas, que representa o projeto mais ambicioso do processo da transformação da aliança.
A força "tem hoje uma capacidade operacional plena", o que constitui um "acontecimento-chave" dentro do processo de transformação, anunciou o comunicado final da cúpula da Otan.
No grupo de elite da Força de Resposta Rápida há 25 mil membros das forças naval, aérea e terrestre, pronta para atuar num prazo de cinco dias em missões que vão das humanitárias às de combate.
Vitória
Em resposta à pressão dos Estados Unidos e das lideranças da Otan, durante o encontro em Riga vários países suavizaram as restrições aos movimentos e às missões de suas tropas no Afeganistão, anunciou hoje o secretário-geral da aliança, Jaap de Hoop Scheffer.
A decisão indica que, dos 32 mil soldados que a Otan dirige no Afeganistão, 25 mil "serão mais utilizados", afirmou De Hoop Scheffer na entrevista coletiva que encerrou a cúpula.
Scheffer também disse que os países da organização se comprometeram a enviar mais meios materiais e financeiros para a reconstrução e o desenvolvimento do Afeganistão.
Afeganistão
Ontem, Scheffer havia afirmado que considera "inaceitável" que as forças da aliança continuem sem receber os reforços solicitados no sul do país, cenário de violentos combates com a resistência Taleban [grupo extremista islâmico deposto por uma coalizão liderada pelos EUA no final de 2001, que controlava mais de 90% do Afeganistão].
Segundo ele, ainda não foram enviados 20% dos soldados pedidos para a missão no sul. O comandante-em-chefe da Otan, o general americano James Jones, pediu em várias oportunidades 2.500 oficiais adicionais --entre eles mil soldados de combate-- para o sul do país, com o objetivo de vencer os insurgentes talebans, que oferecem uma dura resistência há vários meses.
Scheffer reiterou, em Riga, o pedido para que membros da Otan com tropas no Afeganistão flexibilizem suas "caveats" (restrições ao mandato de operação de suas tropas), para poder deslocar soldados posicionados em zonas tranqüilas do país.
"Os 'caveats' impedem a eficácia operacional", disse o secretário-geral da Otan, lembrando que muitas situações de combate foram enfrentadas até o momento por soldados britânicos, holandeses e canadenses. O eixo anglo-saxão pressiona Espanha e Alemanha para que enviem mais soldados ou aceitem deslocar para o sul os soldados posicionados no oeste e norte do país, respectivamente.
Com 31 mil soldados mobilizados desde outubro em todo o Afeganistão, a Otan realiza a maior operação terrestre de sua história fora da Europa. A necessidade de não fracassar na missão provoca grandes tensões entre os aliados, no que diz respeito ao tamanho e à distribuição geográfica das tropas.
Sérvia
Em outra novidade, a Otan ofereceu hoje à Sérvia que se una incondicionalmente ao grupo chamado Associação para a Paz, num primeiro passo para a cooperação com a aliança.
Segundo um comunicado, a oferta foi feita também à Bósnia-Herzegovina e a Montenegro e, segundo a Aliança Atlântica, leva "em conta a importância da estabilidade de longo prazo nos Bálcãs".
A Otan reafirmou a importância que dá ao cumprimento dos valores da aliança e disse que "espera, sobretudo, que a Sérvia e a Bósnia cooperem plenamente com o Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII)".
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