Publicidade
Publicidade
01/12/2006
-
08h35
da Folha Online
O conservador Felipe Calderón assumiu na madrugada desta sexta-feira o cargo de presidente do México num ato na residência oficial de Los Pinos, onde recebeu a faixa presidencial das mãos de seu antecessor, Vicente Fox. O evento aconteceu à 0h (4h de Brasília) e foi transmitido pela televisão. Um cadete recebeu de Fox a faixa presidencial e outro entregou a Calderón uma bandeira mexicana.
Numa mensagem à nação, imediatamente após o ato, Calderón afirmou que se apresentará ao Congresso para prestar juramento como presidente.
"Apelo ao respeito do Congresso, à necessidade de fortalecer a vida institucional do México e ao patriotismo dos parlamentares para que tudo aconteça com pleno respeito", disse.
O recado foi motivado pela crise que começou há três dias no Congresso, cuja tribuna está ocupada por deputados de esquerda e pelos conservadores. A oposição tenta impedir a cerimônia de posse, e os governistas procuram garantir que ela aconteça.
"Não ignoro a complexidade do momento político que vivemos nem nossas divergências", disse Calderón, pedindo "um ponto final" nos desencontros para "iniciar uma nova etapa, que tenha como único objetivo sobrepor o interesse nacional às diferenças".
"Desejo que a cerimônia de posse siga a lei e seja respeitada por todos os mexicanos, que, com seu voto, abriram a nova etapa que hoje começa", disse. "Estou assumindo a Presidência da República e com ela o mandato legítimo de servir pelos próximos seis anos, como chefe de Estado e de governo."
Impasse
Na Câmara dos Deputados, as negociações para liberar a tribuna não avançaram. Os deputados do Partido da Revolução Democrática (PRD), de oposição, mantiveram a sua postura de impedir a cerimônia. Os conservadores do Partido Ação Nacional (PAN), de Calderón, prometem garantir a posse.
Cerca de 30 deputados dos dois lados se mantêm desde terça-feira na tribuna. Valentina Batres, do PRD, disse à imprensa que seu partido não dava importância ao ato em Los Pinos e mantém sua postura de impedir o ato no Congresso.
Na última quarta-feira (29), a Câmara dos Deputados do México instaurou uma "sessão permanente" até que se resolva o impasse.
Na terça-feira (28),, deputados mexicanos do PRD (de esquerda) e do Pan (de direita) disputaram a tapas a tribuna da Câmara. O PRD acusa Calderón de fraude eleitoral.
Três dias antes da cerimônia de posse, os legisladores de ambos os partidos trocaram empurrões e tapas para ganhar espaço. Depois de mais de nove horas nas quais a TV local mostrou atos de violência entre os políticos, os legisladores do Pan permaneciam na tribuna, enquanto os deputados do PRD ocupavam a área próxima. Os dois grupos anunciaram que permanecerão fixos até sexta-feira.
O candidato do PRD López Obrador perdeu a eleição para Calderón por uma diferença ínfima e denunciou uma fraude eleitoral supostamente orquestrada pelo atual presidente, Vicente Fox, também do PAN.
A Câmara dos Deputados do México tem 500 assentos, dos quais o PAN ocupa 206; PRD, 127; PRI, 106; Partido Verde, 17; Convergência, 17; Partido do Trabalho, 12; Nova Aliança, 9; Alternativa Social-Democrática, 5; e um independente.
Com Efe
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Felipe Calderón
Leia o que já foi publicado sobre as eleições no México
Felipe Calderón toma posse hoje como presidente do México
Publicidade
O conservador Felipe Calderón assumiu na madrugada desta sexta-feira o cargo de presidente do México num ato na residência oficial de Los Pinos, onde recebeu a faixa presidencial das mãos de seu antecessor, Vicente Fox. O evento aconteceu à 0h (4h de Brasília) e foi transmitido pela televisão. Um cadete recebeu de Fox a faixa presidencial e outro entregou a Calderón uma bandeira mexicana.
Numa mensagem à nação, imediatamente após o ato, Calderón afirmou que se apresentará ao Congresso para prestar juramento como presidente.
"Apelo ao respeito do Congresso, à necessidade de fortalecer a vida institucional do México e ao patriotismo dos parlamentares para que tudo aconteça com pleno respeito", disse.
O recado foi motivado pela crise que começou há três dias no Congresso, cuja tribuna está ocupada por deputados de esquerda e pelos conservadores. A oposição tenta impedir a cerimônia de posse, e os governistas procuram garantir que ela aconteça.
"Não ignoro a complexidade do momento político que vivemos nem nossas divergências", disse Calderón, pedindo "um ponto final" nos desencontros para "iniciar uma nova etapa, que tenha como único objetivo sobrepor o interesse nacional às diferenças".
"Desejo que a cerimônia de posse siga a lei e seja respeitada por todos os mexicanos, que, com seu voto, abriram a nova etapa que hoje começa", disse. "Estou assumindo a Presidência da República e com ela o mandato legítimo de servir pelos próximos seis anos, como chefe de Estado e de governo."
Impasse
Na Câmara dos Deputados, as negociações para liberar a tribuna não avançaram. Os deputados do Partido da Revolução Democrática (PRD), de oposição, mantiveram a sua postura de impedir a cerimônia. Os conservadores do Partido Ação Nacional (PAN), de Calderón, prometem garantir a posse.
Cerca de 30 deputados dos dois lados se mantêm desde terça-feira na tribuna. Valentina Batres, do PRD, disse à imprensa que seu partido não dava importância ao ato em Los Pinos e mantém sua postura de impedir o ato no Congresso.
Na última quarta-feira (29), a Câmara dos Deputados do México instaurou uma "sessão permanente" até que se resolva o impasse.
Na terça-feira (28),, deputados mexicanos do PRD (de esquerda) e do Pan (de direita) disputaram a tapas a tribuna da Câmara. O PRD acusa Calderón de fraude eleitoral.
Três dias antes da cerimônia de posse, os legisladores de ambos os partidos trocaram empurrões e tapas para ganhar espaço. Depois de mais de nove horas nas quais a TV local mostrou atos de violência entre os políticos, os legisladores do Pan permaneciam na tribuna, enquanto os deputados do PRD ocupavam a área próxima. Os dois grupos anunciaram que permanecerão fixos até sexta-feira.
O candidato do PRD López Obrador perdeu a eleição para Calderón por uma diferença ínfima e denunciou uma fraude eleitoral supostamente orquestrada pelo atual presidente, Vicente Fox, também do PAN.
A Câmara dos Deputados do México tem 500 assentos, dos quais o PAN ocupa 206; PRD, 127; PRI, 106; Partido Verde, 17; Convergência, 17; Partido do Trabalho, 12; Nova Aliança, 9; Alternativa Social-Democrática, 5; e um independente.
Com Efe
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice