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01/12/2006
-
09h45
da Efe
O premiê de Israel, Ehud Olmert, e o titular da Defesa, Amir Peretz, ordenaram às Forças Armadas do país que negociem com os chefes da segurança palestina a criação de um mecanismo para consolidar o cessar-fogo na faixa de Gaza, segundo um jornal local publicado nesta sexta-feira.
Os primeiros contatos já foram feitos com os chefes palestinos do governo do grupo extremista islâmico Hamas, liderado pelo premiê Ismail Haniyeh, segundo a edição de hoje do jornal "Yedioth Ahronoth".
O chefe da Divisão de Gaza, coronel Moshé Tamir, já se reuniu com um representante da segurança palestina no território autônomo sob controle da Autoridade Nacional Palestina (ANP), acrescenta o jornal, e em breve o fará o general Yoav Galant, chefe da região militar do sul de Israel.
Cessar-fogo
Israel aceitou no último sábado (25) uma proposta das milícias de Gaza para um cessar-fogo, depois de o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, líder do movimento nacionalista Fatah, ter comunicado a Olmert que a trégua havia sido firmada com as diferentes facções palestinas.
Nos partidos direitistas que militam na oposição parlamentar e entre alguns chefes das Forças Armadas, há a impressão de que a trégua em Gaza é "uma armadilha", e que as milícias a aproveitarão para se reorganizar e rearmar, após sofrer duros golpes durante as operações do Exército israelense.
O general Galant debaterá com os generais da ANP a necessidade de impedir o contrabando de armas e munição do Egito para as milícias de Gaza, que continuam apesar da trégua, segundo fontes militares de Israel.
Exceto algumas violações menores do cessar-fogo em reação às operações militares do Exército israelense na Cisjordânia, a trégua --que incluiu a retirada das tropas israelenses que operavam em Gaza-- segue vigente.
Crítica velada
O chefe das Forças Armadas, general Dan Halutz, disse nesta semana, ao ser questionado no Parlamento (Knesset), que o governo aceitou a trégua dos palestinos após "consultar parcialmente" o Estado-Maior militar, mas desmentiu que essa descrição fosse uma crítica velada contra a decisão de Olmert e Peretz.
A rádio pública informou hoje que Halutz e outros oficiais superiores se opõem a estender o cessar-fogo --como exigem os palestinos e espera Olmert-- ao território ocupado da Cisjordânia, separado de Gaza pelo deserto israelense do Neguev.
As fontes militares citadas pela emissora sustentam que são cruciais as operações do Exército e dos agentes secretos do Serviço de Segurança Geral (Shin Bet) na Cisjordânia para impedir ataques de suicidas palestinos em cidades de Israel.
Essa é uma das recomendações que as Forças Armadas farão no próximo domingo (3), quando comparecerem ao Gabinete para Assuntos de Segurança, cujos membros foram convocados por Olmert para analisar os resultados da trégua em Gaza e a possibilidade de aceitá-la também na Cisjordânia.
Mortes
Militares israelenses mataram dois palestinos que os atacaram na cidade de Nablus e em Hebron nas últimas 24 horas, e detiveram outros 29 --22 deles militantes do Hamas.
Algumas das facções que participam do cessar-fogo ameaçam romper a trégua se Israel persistir em suas operações contra os palestinos na Cisjordânia.
Se o governo decidisse pôr fim a essas operações na Cisjordânia, os palestinos substituiriam rapidamente a infra-estrutura que o Exército e os serviços secretos, por meio de detenções e a busca diária de armas e explosivos, conseguiu desmantelar, disseram os chefes militares à emissora.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, assim como o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, pediram nesta quinta-feira a Olmert que prossiga seus esforços para impor o cessar-fogo também na Cisjordânia com objetivo de desbloquear as estagnadas negociações para conseguir a paz com os palestinos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Condoleezza Rice
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Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Premiê israelense ordena consolidação de trégua com palestinos
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O premiê de Israel, Ehud Olmert, e o titular da Defesa, Amir Peretz, ordenaram às Forças Armadas do país que negociem com os chefes da segurança palestina a criação de um mecanismo para consolidar o cessar-fogo na faixa de Gaza, segundo um jornal local publicado nesta sexta-feira.
Os primeiros contatos já foram feitos com os chefes palestinos do governo do grupo extremista islâmico Hamas, liderado pelo premiê Ismail Haniyeh, segundo a edição de hoje do jornal "Yedioth Ahronoth".
O chefe da Divisão de Gaza, coronel Moshé Tamir, já se reuniu com um representante da segurança palestina no território autônomo sob controle da Autoridade Nacional Palestina (ANP), acrescenta o jornal, e em breve o fará o general Yoav Galant, chefe da região militar do sul de Israel.
Cessar-fogo
Israel aceitou no último sábado (25) uma proposta das milícias de Gaza para um cessar-fogo, depois de o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, líder do movimento nacionalista Fatah, ter comunicado a Olmert que a trégua havia sido firmada com as diferentes facções palestinas.
Nos partidos direitistas que militam na oposição parlamentar e entre alguns chefes das Forças Armadas, há a impressão de que a trégua em Gaza é "uma armadilha", e que as milícias a aproveitarão para se reorganizar e rearmar, após sofrer duros golpes durante as operações do Exército israelense.
O general Galant debaterá com os generais da ANP a necessidade de impedir o contrabando de armas e munição do Egito para as milícias de Gaza, que continuam apesar da trégua, segundo fontes militares de Israel.
Exceto algumas violações menores do cessar-fogo em reação às operações militares do Exército israelense na Cisjordânia, a trégua --que incluiu a retirada das tropas israelenses que operavam em Gaza-- segue vigente.
Crítica velada
O chefe das Forças Armadas, general Dan Halutz, disse nesta semana, ao ser questionado no Parlamento (Knesset), que o governo aceitou a trégua dos palestinos após "consultar parcialmente" o Estado-Maior militar, mas desmentiu que essa descrição fosse uma crítica velada contra a decisão de Olmert e Peretz.
A rádio pública informou hoje que Halutz e outros oficiais superiores se opõem a estender o cessar-fogo --como exigem os palestinos e espera Olmert-- ao território ocupado da Cisjordânia, separado de Gaza pelo deserto israelense do Neguev.
As fontes militares citadas pela emissora sustentam que são cruciais as operações do Exército e dos agentes secretos do Serviço de Segurança Geral (Shin Bet) na Cisjordânia para impedir ataques de suicidas palestinos em cidades de Israel.
Essa é uma das recomendações que as Forças Armadas farão no próximo domingo (3), quando comparecerem ao Gabinete para Assuntos de Segurança, cujos membros foram convocados por Olmert para analisar os resultados da trégua em Gaza e a possibilidade de aceitá-la também na Cisjordânia.
Mortes
Militares israelenses mataram dois palestinos que os atacaram na cidade de Nablus e em Hebron nas últimas 24 horas, e detiveram outros 29 --22 deles militantes do Hamas.
Algumas das facções que participam do cessar-fogo ameaçam romper a trégua se Israel persistir em suas operações contra os palestinos na Cisjordânia.
Se o governo decidisse pôr fim a essas operações na Cisjordânia, os palestinos substituiriam rapidamente a infra-estrutura que o Exército e os serviços secretos, por meio de detenções e a busca diária de armas e explosivos, conseguiu desmantelar, disseram os chefes militares à emissora.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, assim como o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, pediram nesta quinta-feira a Olmert que prossiga seus esforços para impor o cessar-fogo também na Cisjordânia com objetivo de desbloquear as estagnadas negociações para conseguir a paz com os palestinos.
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