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06/12/2006
-
17h52
da Efe, em Londres
O consultor italiano Mario Scaramella, que se reuniu com Alexander Litvinenko no dia em que o russo adoecera, afirmou hoje que o motivo da reunião em Londres foi alertar o ex-espião de que corria perigo.
Em declarações à televisão americana "CNN" no University College Hospital, pouco antes de receber alta após ser submetido a testes de contaminação por polônio 210, Scaramella disse que tinha mostrado a seu colega e-mails que alertavam os dois sobre sua segurança.
"Recebi várias mensagens de uma fonte que [Litvinenko] havia me apresentado anos antes, que diziam que, tanto ele como eu, éramos foco de atenção especial de pessoas hostis, e que, por isso, devíamos ter cuidado", declarou à televisão.
"O problema para mim era que esses e-mails eram tão detalhados, tão específicos, que não pareciam verdadeiros", acrescentou.
O ex-agente secreto russo Alexander Litvinenko, 43, morreu em 23 de novembro em Londres, onde vivia exilado, em decorrência de envenenamento por uma alta dose de polônio 210, substância radioativa extremamente tóxica.
Em 1º de novembro, Litvinenko havia se reunido com Scaramella, entre outras pessoas, em um restaurante japonês do centro da capital britânica.
Os dois se conheciam porque tinham assessorado a comissão Mitrokhin do Parlamento italiano, que investigou a suposta rede de colaboradores do KGB na Itália.
Após a morte do ex-espião, Scaramella foi submetido a testes médicos em Londres cujos resultados foram positivos para contaminação por polônio 210, apesar de hoje mesmo ter recebido alta por não apresentar sintomas de intoxicação.
O especialista em segurança e espionagem disse hoje que não acredita que tenha sido envenenado, já que está "bem" e em seu organismo foi encontrada uma dose de polônio 210 vinte vezes menor do que a achada no do ex-espião.
O italiano não acredita que Litvinenko tenha sido envenenado no restaurante japonês em que se reuniram, já que "simplesmente, não mais havia ninguém, nem nenhuma situação estranha", disse à "CNN".
Scaramella, que assegura que a Polícia o considera uma testemunha e não um suspeito, não comeu nada no encontro porque não gosta de "sushi", mas seu colega apreciava o prato japonês, razão pela qual escolheu esse restaurante.
Os e-mails que recebeu alertavam sobre ameaças de "pessoas vinculadas a organizações clandestinas, não sob o controle direto do poder estabelecido russo, mas da Rússia... em geral, gente aposentada dos serviços secretos", revelou Scaramella.
Em carta que deixou antes de morrer, Litvinenko acusou o governo de Vladimir Putin de envolvimento em seu assassinato.
O governo russo negou ter qualquer relação com o caso e atualmente colabora com os agentes da polícia britânica enviados a Moscou para continuar as investigações.
Além de Scaramella, um familiar de Litvinenko, que a imprensa disse ser sua mulher, Marina, também apresentou resultados positivos nos testes de radiação por polônio 210 realizados no Reino Unido, embora esteja fora de perigo.
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O consultor italiano Mario Scaramella, que se reuniu com Alexander Litvinenko no dia em que o russo adoecera, afirmou hoje que o motivo da reunião em Londres foi alertar o ex-espião de que corria perigo.
Em declarações à televisão americana "CNN" no University College Hospital, pouco antes de receber alta após ser submetido a testes de contaminação por polônio 210, Scaramella disse que tinha mostrado a seu colega e-mails que alertavam os dois sobre sua segurança.
"Recebi várias mensagens de uma fonte que [Litvinenko] havia me apresentado anos antes, que diziam que, tanto ele como eu, éramos foco de atenção especial de pessoas hostis, e que, por isso, devíamos ter cuidado", declarou à televisão.
"O problema para mim era que esses e-mails eram tão detalhados, tão específicos, que não pareciam verdadeiros", acrescentou.
O ex-agente secreto russo Alexander Litvinenko, 43, morreu em 23 de novembro em Londres, onde vivia exilado, em decorrência de envenenamento por uma alta dose de polônio 210, substância radioativa extremamente tóxica.
Em 1º de novembro, Litvinenko havia se reunido com Scaramella, entre outras pessoas, em um restaurante japonês do centro da capital britânica.
Os dois se conheciam porque tinham assessorado a comissão Mitrokhin do Parlamento italiano, que investigou a suposta rede de colaboradores do KGB na Itália.
Após a morte do ex-espião, Scaramella foi submetido a testes médicos em Londres cujos resultados foram positivos para contaminação por polônio 210, apesar de hoje mesmo ter recebido alta por não apresentar sintomas de intoxicação.
O especialista em segurança e espionagem disse hoje que não acredita que tenha sido envenenado, já que está "bem" e em seu organismo foi encontrada uma dose de polônio 210 vinte vezes menor do que a achada no do ex-espião.
O italiano não acredita que Litvinenko tenha sido envenenado no restaurante japonês em que se reuniram, já que "simplesmente, não mais havia ninguém, nem nenhuma situação estranha", disse à "CNN".
Scaramella, que assegura que a Polícia o considera uma testemunha e não um suspeito, não comeu nada no encontro porque não gosta de "sushi", mas seu colega apreciava o prato japonês, razão pela qual escolheu esse restaurante.
Os e-mails que recebeu alertavam sobre ameaças de "pessoas vinculadas a organizações clandestinas, não sob o controle direto do poder estabelecido russo, mas da Rússia... em geral, gente aposentada dos serviços secretos", revelou Scaramella.
Em carta que deixou antes de morrer, Litvinenko acusou o governo de Vladimir Putin de envolvimento em seu assassinato.
O governo russo negou ter qualquer relação com o caso e atualmente colabora com os agentes da polícia britânica enviados a Moscou para continuar as investigações.
Além de Scaramella, um familiar de Litvinenko, que a imprensa disse ser sua mulher, Marina, também apresentou resultados positivos nos testes de radiação por polônio 210 realizados no Reino Unido, embora esteja fora de perigo.
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