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07/12/2006
-
16h45
da Folha Online
O presidente americano, George W. Bush, afirmou hoje que a sugestão feita pela comissão bipartidária de análise por uma mudança de rumo no Iraque é "importante", mas que irá considerar vários pontos de vista para traçar uma nova estratégia para o conflito.
As declarações foram dadas por Bush em entrevista ao lado do premiê britânico, Tony Blair. Ambos disseram concordar que o sucesso no Iraque depende "da vitória sobre o extremismo".
Os dois líderes se reuniram um dia depois que o Grupo de Estudos para o Iraque, liderado pelo ex-secretário de Estado James A. Baker e o ex-legislador republicano Lee Hamilton, divulgou um relatório dizendo que a estratégia no Iraque "falhou" e que é preciso uma vasta mudança de foco, que incluiria o início da retirada das tropas de coalizão lideradas pelos EUA.
Blair --maior aliado a política de Bush no Iraque desde o início do conflito, em março de 2003-- disse que as conclusões da comissão são "bem-vindas", apesar das críticas à política dos EUA.
"A proposta oferece uma possibilidade de um passo à frente. As conseqüências de um fracasso são grandes", afirmou o líder britânico.
Questionado quando deve começar a seguir as recomendações, Bush afirmou que irá analisar outros estudos que serão concluídos pelo Pentágono, pelo Departamento de Estado e pelo Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca antes de tomar uma decisão.
Segundo o líder americano, o documento elaborado da comissão certamente será "parte das deliberações e das discussões" a respeito de uma solução para o conflito no Iraque.
Relatório
O documento, de 79 páginas, aponta que a política de Bush no Iraque "não está funcionando" e alerta que a situação é "grave e se deteriora". A comissão pede ainda a retirada das tropas liderada pelos EUA até 2008.
"Eu sei em que aspectos não fomos bem-sucedidos tão rapidamente quanto esperávamos. Eu entendo que o progresso não é tão rápido quanto esperava. E é preciso analisar a situação para traçar táticas e estratégias e atingir o objetivo que pretendemos", afirmou Bush.
O líder dos EUA disse ainda que o sucesso no Iraque depende da vitória sobre os extremistas no Oriente Médio, aparentemente em referência a uma das conclusões do relatório.
Tanto Bush quanto Blair disseram que o governo do premiê iraquiano Nouri al Maliki é "crucial" para os esforços de que o Iraque possa "se defender, se governar e se sustentar" sozinho.
"O povo americano esperar de nós uma nova estratégia", disse Bush. "Eu também acredito que isso seja necessário, e é por isso que pedi ao Pentágono para analisar a questão", acrescentou.
Recomendações
Uma das principais recomendações do relatório indica que a administração de Bush inclua a Síria e o Irã nos esforços para estabilizar o Iraque. Bush rejeitou a medida anteriormente.
"Países que participam de negociações não devem financiar o terrorismo, e sim ajudar uma jovem democracia a sobreviver", disse Bush. "Se a Síria e o Irã não se comprometerem com este conceito, não vale a pena inclui-los nas conversas", acrescentou.
Blair, por sua vez, disse que o apoio iraniano a extremistas xiitas que agem no sul do Iraque é "um problema". "O Irã arma, apoia e financia o terrorismo", disse o líder britânico.
De acordo com o premiê do Reino Unido, o terrorismo faz parte de um "velho padrão" do Oriente Médio. "O terrorismo praticamente surgiu no Oriente Médio e deve ser combatido de modo que inclua a tentativa de uma solução para o conflito entre israelenses e palestinos".
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre George W. Bush
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Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Bush e Blair dizem que procuram "nova estratégia" para Iraque
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O presidente americano, George W. Bush, afirmou hoje que a sugestão feita pela comissão bipartidária de análise por uma mudança de rumo no Iraque é "importante", mas que irá considerar vários pontos de vista para traçar uma nova estratégia para o conflito.
As declarações foram dadas por Bush em entrevista ao lado do premiê britânico, Tony Blair. Ambos disseram concordar que o sucesso no Iraque depende "da vitória sobre o extremismo".
Os dois líderes se reuniram um dia depois que o Grupo de Estudos para o Iraque, liderado pelo ex-secretário de Estado James A. Baker e o ex-legislador republicano Lee Hamilton, divulgou um relatório dizendo que a estratégia no Iraque "falhou" e que é preciso uma vasta mudança de foco, que incluiria o início da retirada das tropas de coalizão lideradas pelos EUA.
Jim Young/Reuters |
Tony Blair e George W. Bush dão entrevista coletiva sobre nova estratégia no Iraque |
"A proposta oferece uma possibilidade de um passo à frente. As conseqüências de um fracasso são grandes", afirmou o líder britânico.
Questionado quando deve começar a seguir as recomendações, Bush afirmou que irá analisar outros estudos que serão concluídos pelo Pentágono, pelo Departamento de Estado e pelo Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca antes de tomar uma decisão.
Segundo o líder americano, o documento elaborado da comissão certamente será "parte das deliberações e das discussões" a respeito de uma solução para o conflito no Iraque.
Relatório
O documento, de 79 páginas, aponta que a política de Bush no Iraque "não está funcionando" e alerta que a situação é "grave e se deteriora". A comissão pede ainda a retirada das tropas liderada pelos EUA até 2008.
"Eu sei em que aspectos não fomos bem-sucedidos tão rapidamente quanto esperávamos. Eu entendo que o progresso não é tão rápido quanto esperava. E é preciso analisar a situação para traçar táticas e estratégias e atingir o objetivo que pretendemos", afirmou Bush.
O líder dos EUA disse ainda que o sucesso no Iraque depende da vitória sobre os extremistas no Oriente Médio, aparentemente em referência a uma das conclusões do relatório.
Tanto Bush quanto Blair disseram que o governo do premiê iraquiano Nouri al Maliki é "crucial" para os esforços de que o Iraque possa "se defender, se governar e se sustentar" sozinho.
"O povo americano esperar de nós uma nova estratégia", disse Bush. "Eu também acredito que isso seja necessário, e é por isso que pedi ao Pentágono para analisar a questão", acrescentou.
Recomendações
Uma das principais recomendações do relatório indica que a administração de Bush inclua a Síria e o Irã nos esforços para estabilizar o Iraque. Bush rejeitou a medida anteriormente.
"Países que participam de negociações não devem financiar o terrorismo, e sim ajudar uma jovem democracia a sobreviver", disse Bush. "Se a Síria e o Irã não se comprometerem com este conceito, não vale a pena inclui-los nas conversas", acrescentou.
Blair, por sua vez, disse que o apoio iraniano a extremistas xiitas que agem no sul do Iraque é "um problema". "O Irã arma, apoia e financia o terrorismo", disse o líder britânico.
De acordo com o premiê do Reino Unido, o terrorismo faz parte de um "velho padrão" do Oriente Médio. "O terrorismo praticamente surgiu no Oriente Médio e deve ser combatido de modo que inclua a tentativa de uma solução para o conflito entre israelenses e palestinos".
Com agências internacionais
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