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11/12/2006
-
20h37
da France Presse, em Berlim
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, admitiu nesta segunda-feira que Israel está entre os países que possuem arma nuclear, durante uma entrevista à TV alemã.
"Nunca ameaçamos aniquilar um país, e o Irã ameaça aberta e explicitamente apagar Israel do mapa. Podemos dizer que se trata do mesmo nível de ameaça, enquanto [os iranianos] aspiram ter armas nucleares, como a França, os americanos, os russos e Israel", disse Olmert à rede de TV alemã N24 Sat1.
Logo após a entrevista, Miri Eisin, a porta-voz de Olmert, negou qualquer admissão do primeiro-ministro no sentido de que Israel possuiu uma bomba nuclear.
"Israel não será o primeiro país a introduzir a arma nuclear na região", declarou a porta-voz, retomando uma fórmula empregada há décadas sobre o dossiê nuclear militar israelense.
O próximo secretário americano da Defesa, Robert Gates, incluiu na semana passada Israel entre as potências nucleares da região.
As declarações de Olmert motivaram uma polêmica em Israel. O deputado do Likud (oposição de direita) Youval Steinitz pediu a demissão do premiê em seguida a este "lapso irresponsável que questiona uma política praticada há cerca de meio século".
O deputado de extrema direita Arieh Eldad afirmou por sua vez que estas declarações refletem uma mudança de política. "Israel deve prevenir o mundo livre que, se não se decidir a impedir o Irã de prosseguir com seu programa nuclear, o Estado israelense se encarregará disso qualquer que seja o preço".
O deputado de oposição de esquerda Yossi Beilin denunciou "as propostas de Ehud Olmert, que não fazem senão reforçar as dúvidas sobre suas capacidades de permanecer no cargo de primeiro-ministro".
O vice-primeiro-ministro Shimon Peres havia dito na quinta-feira passada que Israel deveria manter sua "política de ambigüidade" em relação à questão nuclear.
Israel não tem nada a dizer se dispõe ou não de arma nuclear, basta infundir o temor de que a possui e este medo representa por si só um elemento de dissuasão", havia afirmado Shimon Peres.
No entanto, ele mesmo revelou em 2001 num documentário divulgado pela televisão israelense intitulado "A Bomba Escondida" como a França aceitou, em 1956, dotar Israel de "capacidade nuclear" como parte das negociações secretas entre os dois países sobre os preparativos da operação de Suez contra o Egito.
Especialistas estrangeiros estimam que Israel possua até 200 mísseis de longo alcance com capacidade de transportar ogivas nucleares, o aquele Estado sempre se recusou a confirmar ou a desmentir.
Especial
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Ehud Olmert admite que Israel possui arma nuclear
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O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, admitiu nesta segunda-feira que Israel está entre os países que possuem arma nuclear, durante uma entrevista à TV alemã.
"Nunca ameaçamos aniquilar um país, e o Irã ameaça aberta e explicitamente apagar Israel do mapa. Podemos dizer que se trata do mesmo nível de ameaça, enquanto [os iranianos] aspiram ter armas nucleares, como a França, os americanos, os russos e Israel", disse Olmert à rede de TV alemã N24 Sat1.
Logo após a entrevista, Miri Eisin, a porta-voz de Olmert, negou qualquer admissão do primeiro-ministro no sentido de que Israel possuiu uma bomba nuclear.
"Israel não será o primeiro país a introduzir a arma nuclear na região", declarou a porta-voz, retomando uma fórmula empregada há décadas sobre o dossiê nuclear militar israelense.
O próximo secretário americano da Defesa, Robert Gates, incluiu na semana passada Israel entre as potências nucleares da região.
As declarações de Olmert motivaram uma polêmica em Israel. O deputado do Likud (oposição de direita) Youval Steinitz pediu a demissão do premiê em seguida a este "lapso irresponsável que questiona uma política praticada há cerca de meio século".
O deputado de extrema direita Arieh Eldad afirmou por sua vez que estas declarações refletem uma mudança de política. "Israel deve prevenir o mundo livre que, se não se decidir a impedir o Irã de prosseguir com seu programa nuclear, o Estado israelense se encarregará disso qualquer que seja o preço".
O deputado de oposição de esquerda Yossi Beilin denunciou "as propostas de Ehud Olmert, que não fazem senão reforçar as dúvidas sobre suas capacidades de permanecer no cargo de primeiro-ministro".
O vice-primeiro-ministro Shimon Peres havia dito na quinta-feira passada que Israel deveria manter sua "política de ambigüidade" em relação à questão nuclear.
Israel não tem nada a dizer se dispõe ou não de arma nuclear, basta infundir o temor de que a possui e este medo representa por si só um elemento de dissuasão", havia afirmado Shimon Peres.
No entanto, ele mesmo revelou em 2001 num documentário divulgado pela televisão israelense intitulado "A Bomba Escondida" como a França aceitou, em 1956, dotar Israel de "capacidade nuclear" como parte das negociações secretas entre os dois países sobre os preparativos da operação de Suez contra o Egito.
Especialistas estrangeiros estimam que Israel possua até 200 mísseis de longo alcance com capacidade de transportar ogivas nucleares, o aquele Estado sempre se recusou a confirmar ou a desmentir.
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