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13/10/2000 - 13h26

Milhares de palestinos participam de "marchas da ira" contra Israel

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da reuters
em Ramallah (Cisjordânia)

Milhares de palestinos, alguns pedindo que Tel Aviv seja bombardeada, saíram às ruas das cidades da Cisjordânia hoje em "marchas de ira" contra os ataques desferidos por helicópteros de guerra israelenses ontem.

Em Gaza, uma multidão islâmica voltou-se contra a polícia palestina e ateou fogo a um hotel e lojas que vendiam álcool, segundo informação de testemunhas. Os prédios foram danificados, mas não destruídos.

Choques irromperam durante manifestações em Ramallah, onde, segundo testemunhas, palestinos e soldados israelenses trocaram tiros com munição real, e também em Jenin, Belém e na cidade dividida de Hebron. De acordo com testemunhas, cinco palestinos foram feridos em Hebron.

Os disparos com foguetes feitos de helicópteros israelenses contra prédios da Autoridade Palestina ontem, em retaliação contra o linchamento de dois soldados israelenses por uma multidão em Ramallah, uniram os defensores de todas as facções palestinas nos protestos contra Israel.

O movimento islâmico radical Hamas convocou muçulmanos e árabes a tomarem parte nas "marchas de ira".

"Os tanques e mísseis de Barak não nos assustam", disse à multidão reunida em Ramallah Marwan Barghouti, líder da facção nacionalista Fatah, do presidente palestino Iasser Arafat.

"A Intifada (levante) e os confrontos vão continuar", disse Barghouti, acusado por Israel de incitar boa parte da violência.

Mais de 3.000 pessoas participaram da marcha de protesto em Ramallah. Delegacias de polícia palestinas e o prédio da rádio "Voz da Palestina" na cidade foram atingidos por mísseis israelenses ontem.

Em Hebron, palco de choques frequentes mesmo antes do início da recente onda de violência em Cisjordânia e na faixa de Gaza, os manifestantes gritaram palavras de ordem de apoio ao movimento islâmico militante Hamas.

"Bombardeiem Tel Aviv", gritava a multidão.

Dezenas de israelenses foram mortos em uma onda de atentados suicidas do Hamas em 1996. Desde que começou a atual onda de violência, Israel acusou a Autoridade Palestina de libertar dezenas de membros do Hamas e do grupo Jihad Islâmica de suas prisões.

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