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15/12/2006
-
08h40
da Folha Online
A Coréia do Norte pode executar um segundo teste nuclear para demonstrar força antes do diálogo que começa na segunda (18) em Pequim, alertou o ministério sul-coreano da Defesa.
"Devemos estar completamente preparados para enfrentar um eventual novo teste nuclear da Coréia do Norte e um possível movimento hostil como parte das negociações sobre seu armamento nuclear", afirma um comunicado do Ministério da Defesa às Forças Armadas.
As negociações multilaterais, que envolvem seis países --China, as duas Coréias, Estados Unidos, Japão e Rússia-- sobre o programa nuclear norte-coreano, suspensas há mais de um ano após o boicote de Pyongyang, serão retomadas na próxima semana em Pequim.
A Coréia do Norte causou a condenação da comunidade internacional após realizar um primeiro teste nuclear, em de 9 de outubro último.
Pyongyang negou à China--sua aliada-- a intenção de realizar um segundo teste, mas ameaçou adotar medidas "adequadas" no caso de uma pressão crescente por parte da comunidade internacional. O governo norte-coreano não especificou as medidas que seriam tomadas.
O representante americano para a questão norte-coreana, Christopher Hill, afirmou nesta semana em Washington que a proposta é "chegar a um acordo que possa ser efetivo". No entanto, ele pondera: "Não estou otimista de que chegaremos a um acordo, mas é o objetivo".
No mês passado, Hill se reuniu em Pequim com representantes de Pyongyang para oferecer um prazo para que o país abandone as armas nucleares, em troca de incentivos econômicos.
Os detalhes da proposta não foram divulgados, mas algumas informações vazaram para a imprensa. Uma das exigências seria o fechamento do principal reator nuclear norte-coreano.
Em troca, os EUA assinariam uma acordo para dar um encerramento oficial à guerra da Coréia, suspensa após um cessar-fogo em 1953 que nunca foi substituído por um acordo de paz.
Nação nuclear
Durante as negociações, a Coréia do Norte deve insistir em ser tratada como uma nação nuclear, e exigir receber mais concessões dos Estados Unidos.
"Eles pretendem obter o status de uma nação com armas nucleares", afirmou o especialista Kim Tae-woo, pesquisador do Instituto de Análise da Defesa da Coréia, em Seul.
Segundo ele, a única maneira de mudar esta atitude de Pyongyang seria "garantir totalmente a manutenção e a segurança do regime norte-coreano", e não apenas vantagens econômicas.
Apesar das sanções aprovadas pela ONU devido ao teste nuclear de 9 de outubro, os principais parceiros comerciais da Coréia do Norte --a China e a Coréia do Sul-- aparentemente não adotaram as medidas, que visam punir e isolar Pyongyang da comunidade internacional.
A falta de uma pressão maior permite que a Coréia do Norte ganhe tempo, segundo analistas.
De acordo com o ministro sul-coreano das Relações Exteriores, Song Min-Soon, que já participou das negociações com Pyongyang, disse hoje que a expectativa é que as negociações sejam "muito difíceis", mas que seu país irá se esforçar para "tentar chegar à melhor solução".
Japão
O Parlamento japonês aprovou oficialmente nesta sexta-feira a proibição das embarcações norte-coreanas em portos japoneses, de acordo com as sanções impostas pela ONU.
Com a medida, o Japão aumenta a pressão sobre o país. Desde 13 de outubro, mercadorias e cidadãos norte-coreanos estão proibidos de entrar no Japão. A decisão, que já estava sendo adotada nos portos, é retroativa e vale por seis meses a partir de outubro último.
Entre as sanções, o Japão probiu a circulação da embarcação norte-coreana Mangyongbong-92, que servia de transporte entre os dois países, em águas japonesas.
O Japão e a Coréia do Norte não mantêm relações diplomáticas.
Com France Presse e agências internacionais
Especial
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Leia cobertura completa sobre a crise da Coréia do Norte
Coréia do Norte pode realizar segundo teste nuclear, alerta Seul
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A Coréia do Norte pode executar um segundo teste nuclear para demonstrar força antes do diálogo que começa na segunda (18) em Pequim, alertou o ministério sul-coreano da Defesa.
"Devemos estar completamente preparados para enfrentar um eventual novo teste nuclear da Coréia do Norte e um possível movimento hostil como parte das negociações sobre seu armamento nuclear", afirma um comunicado do Ministério da Defesa às Forças Armadas.
As negociações multilaterais, que envolvem seis países --China, as duas Coréias, Estados Unidos, Japão e Rússia-- sobre o programa nuclear norte-coreano, suspensas há mais de um ano após o boicote de Pyongyang, serão retomadas na próxima semana em Pequim.
A Coréia do Norte causou a condenação da comunidade internacional após realizar um primeiro teste nuclear, em de 9 de outubro último.
Pyongyang negou à China--sua aliada-- a intenção de realizar um segundo teste, mas ameaçou adotar medidas "adequadas" no caso de uma pressão crescente por parte da comunidade internacional. O governo norte-coreano não especificou as medidas que seriam tomadas.
O representante americano para a questão norte-coreana, Christopher Hill, afirmou nesta semana em Washington que a proposta é "chegar a um acordo que possa ser efetivo". No entanto, ele pondera: "Não estou otimista de que chegaremos a um acordo, mas é o objetivo".
No mês passado, Hill se reuniu em Pequim com representantes de Pyongyang para oferecer um prazo para que o país abandone as armas nucleares, em troca de incentivos econômicos.
Os detalhes da proposta não foram divulgados, mas algumas informações vazaram para a imprensa. Uma das exigências seria o fechamento do principal reator nuclear norte-coreano.
Em troca, os EUA assinariam uma acordo para dar um encerramento oficial à guerra da Coréia, suspensa após um cessar-fogo em 1953 que nunca foi substituído por um acordo de paz.
Nação nuclear
Durante as negociações, a Coréia do Norte deve insistir em ser tratada como uma nação nuclear, e exigir receber mais concessões dos Estados Unidos.
"Eles pretendem obter o status de uma nação com armas nucleares", afirmou o especialista Kim Tae-woo, pesquisador do Instituto de Análise da Defesa da Coréia, em Seul.
Segundo ele, a única maneira de mudar esta atitude de Pyongyang seria "garantir totalmente a manutenção e a segurança do regime norte-coreano", e não apenas vantagens econômicas.
Apesar das sanções aprovadas pela ONU devido ao teste nuclear de 9 de outubro, os principais parceiros comerciais da Coréia do Norte --a China e a Coréia do Sul-- aparentemente não adotaram as medidas, que visam punir e isolar Pyongyang da comunidade internacional.
A falta de uma pressão maior permite que a Coréia do Norte ganhe tempo, segundo analistas.
De acordo com o ministro sul-coreano das Relações Exteriores, Song Min-Soon, que já participou das negociações com Pyongyang, disse hoje que a expectativa é que as negociações sejam "muito difíceis", mas que seu país irá se esforçar para "tentar chegar à melhor solução".
Japão
O Parlamento japonês aprovou oficialmente nesta sexta-feira a proibição das embarcações norte-coreanas em portos japoneses, de acordo com as sanções impostas pela ONU.
Com a medida, o Japão aumenta a pressão sobre o país. Desde 13 de outubro, mercadorias e cidadãos norte-coreanos estão proibidos de entrar no Japão. A decisão, que já estava sendo adotada nos portos, é retroativa e vale por seis meses a partir de outubro último.
Entre as sanções, o Japão probiu a circulação da embarcação norte-coreana Mangyongbong-92, que servia de transporte entre os dois países, em águas japonesas.
O Japão e a Coréia do Norte não mantêm relações diplomáticas.
Com France Presse e agências internacionais
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